segunda-feira, outubro 30, 2006

Ora então, boas férias!

Para mim, claro!

Agora que enraiveci os meus poucos leitores (tirar férias quando todos os outros já as fizeram tem destes efeitos, bem sei), devo referir que:
1. Praticamente não fiz férias este ano
2. Trabalhei muito e são merecidas
3. E mai nada, que não tenho tempo para grandes listas, entre preparar a mala e arranjar-me para ir tomar café - sim, tenho compromissos sociais (chamemos-lhe assim) até quase à última.

Posto isto, só terão notícias minhas lá para meio do mês, quando voltar, com as baterias (ainda mais) carregadas e um sorriso de orelha a orelha.

sexta-feira, outubro 27, 2006

O padrão repete-se

Mas agora passou para a Quarta e não à Quinta... que acontecem coisas boas (bolas, será que tenho de explicar tudo?).

A companhia excedeu largamente as minhas expectativas; o jantar foi longo, tranquilo, fluido e muitíssimo apreciado. A saída foi excelente.

Resultados:
1. Dormir 4 horas e ir trabalhar que nem uma moura
2. Passar o dia a sorrir
3. Rir-me de qualquer palhaçada (ainda mais do que o normal)
4. Ter o ego massajado e insuflado

A repetir. Seguramente.

terça-feira, outubro 24, 2006

Olha, olha! A Floribella passou para a TVI!

Lá estou eu a precipitar-me de novo. Ainda por cima, sinto a obrigação moral de limpar a minha imagem. Sim, porque ter a fama e não ter o proveito não é bom, embora não esteja a ver bem que gozo posso obter vendo essa novela. A verdade é que nunca assisti a um episódio inteiro. Nem meio, mesmo. Foi só a fazer zapping. Nem conheço o enredo. Mas não me fascina. Eu é mais Fox e AXN.

É no que dá ficar em casa e ter a TV ligada no canal errado a fazer ruído de fundo. Quando dei conta, estava a estrear a Floribella II, perdão a Doce Fugitiva (chiça, estou mesmo impressionada com a Wikipedia – será que já escreveram lá os números do próximo Euromilhões?).

Confesso que gostei do seguinte:
- A Rita Pereira (que faz de Estrelinha) é mais bonita
- O rapazinho por quem se vai apaixonar (ops, acho que já estou a contar o fim e ainda agora começou) é mais bem-parecido que o outro
Não posso alongar a lista porque não conheço a versão da SIC.

Será que se estivesse em casa no dia em que começou a Floribella teria ficado interessada? Bolas, logo agora que deixei de ver os Morangos com Açúcar

Escrever ou não escrever: eis a questão

Estive a ler o post deste blog, cujo link me foi enviado por mail hoje, lá para o meio-dia. Como já tinha saído para almoçar, li a seguir ao péssimo repasto que tenho o desprazer de degustar na cantina (ora aí está uma antítese, porque degustar é sinónimo de saborear e aquela comida é pouco gostosa).

Voltando ao assunto: não quero aqui gerar grande controvérsia sobre o Miguel Sousa Tavares, até porque nutro uma considerável admiração por ele enquanto escritor. Acredito que para escrever sobre personagens que não serão propriamente personagens, porque efectivamente existiram (passaram pelo planeta em certa altura, foram pessoas de carne e osso), seja necessário colar alguma informação retirada de algum outro registo. Mas realmente, parece um bocadinho demais! Ainda assim, adorei o Equador, que devorei enquanto o Diabo esfregava um olho (pudera, com tanta chama no Inferno, devem ser só faúlhas a entrar nas vistas).

É por essas e por outras que não creio que alguma vez eu publique um livro. É que já existe uma Margarida Rebelo Pinto (também essa acusada de auto-plágio – estaremos a entrar numa crise de imaginação em Portugal? Sinceramente não me parece, estou mortinha por ler o último do José Rodrigues dos Santos) e acho que o livro que escreveria seria um tudo-nada parecido. Semelhante. Quase, quase igual. A qual, perguntam vocês? A qualquer um deles, respondo eu. Convenhamos que os temas não mudam muito, embora eu só tenha lido dois “folhetins”. Ou seriam três?

Ora, como não há aqui factor diferenciador, não há mercado, logo, não há livro da Actriz Principal… o que é uma pena, porque:
1. Título já tem
2. Dedicatória também
3. Os agradecimentos são sentidos
4. A frase (que fica sempre bem) tem tudo a ver comigo
5. A introdução é um mimo
6. Até prólogo tem!

Só faltava escrevê-lo e dar-lhe um toque de novidade. Mas não sou jornalista nem figura pública…

Nota 1: isto de criar hyperlinks é giro!
Nota 2: sim senhora, a wikipedia está mesmo actualizada! Ainda no domingo o livro A Fórmula de Deus foi publicado e já é mencionado no site. Estou impressionada!

domingo, outubro 22, 2006

"Tudo o que é bom na vida pode começar com um café

Não fique aí a dormir."

Na Sexta passada, trouxe um postal de uma marca de café com este slogan.

É verdade que comecei algo de bom com um café; logo, a frase está correcta.
Devia era ter olhado com mais atenção para o dito ontem à noite. Porque se o tivesse feito, em vez de adormecer no sofá antes de dar o João Pestana e ter-me mudado para a cama à hora a que a carruagem da Cinderela se transforma de novo em abóbora, teria curtido cumó caraças no BBC! Burra!

Ao que parece, eram paletes de gajos giros lá. Há quem pense que podiam ser os efeitos da iluminação, porque aquilo era do melhor.

E eu? Em casa a dormir.

Mental note: não me deixar levar pelo sono... e pela chuva... e pelo cansaço acumulado. Pois, era demais.

sábado, outubro 21, 2006

Para quem não percebia nada disto...

... até estou a tornar-me uma profissional.

Pois é, decidi colocar publicidade e o contador de visitas no blog. Ao fim de 3 meses, bem sei, mas digamos que é um work in progress, continuous improvement, 6 Sigma e tal.

Um destes dias até começo a escrever posts de jeito...

Regresso a casa

E porque vim a ouvir esta música para casa (a letra, cá para nós que ninguém nos ouve, diz tudo), cá fica:

Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe

Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Ele não é de nada

Ai, Maria Rita, você canta tão bem!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Nostalgia

Hoje lembrei-me de ti.

Segui o conselho que me deste para este dia. Contudo, não correu lá muito bem. Não importa, não fiquei interessada. Ainda assim, sempre deu para treinar um bocadito.

Gostaria de te contar os detalhes, é sempre bom falar contigo. Aliás, essa será talvez a parte que mais sinto falta. Sentia-me tão segura quando estávamos juntos, que tinha a certeza que seria assim para sempre.
Lembro-me quando me perguntaste se me sentia desconfortável com os silêncios. Disse-te que não e não estava a mentir. A tua presença bastava.

Recordo o pouco tempo que passámos juntos como se fosse tudo perfeito. E foi! Intenso, pleno de emoções, forte, como se estivesse a acontecer na altura certa. A entrega sem restrições, sem desconfiança, sem juízo, e com todo o coração.

Sigo em frente, despedi-me do que já passou. Quem vive do passado é museu.
Mas hoje lembrei-me de nós.

Retomar hábitos mais ou menos recentes

Há alguns meses atrás (sei lá, praí em Junho, ou o camandro, ou o catano, ou o caneco – sim, fui ver o Filme da Treta e recomendo) deram-me um kefir.

Lá comecei eu a tratar daquilo, a mudar o leite a cada 24 horas, e a vê-lo a multiplicar-se com tal rapidez que até os cogumelos e os chineses ficariam verdes de inveja (eles gostam do calorzinho, e o meu apartamento é um pequeno forno no Verão). Foi uma simbiose perfeita, eu alimentei-o com leite e ele deu-me “iogurte natural”, que eu misturava com cereais e chocolate e comia ao pequeno-almoço. Ainda devo ter poupado umas coroas, pois deixei de comprar iogurtes e actimeis. Gostava bastante daquela colónia de bactérias. Lembra-me os iogurtes que a minha avó fazia.

Mas tratar daquilo dava um certo trabalho: é preciso mudar o leite, lavar o kefir, não pode ser coado com um coador de metal, etc e tal. Um dia, lá desisti da ideia. Mais tarde arrependi-me.
A minha sorte é ter colegas simpáticos que me cedem um kefirzinho. Vou recomeçar a simbiose perfeita, já hoje. Prometo que desta vez vou estimá-lo, tratá-lo muito bem e este não terá o mesmo fim do anterior: sanita abaixo.
Agora que penso nisto: estava mesmo muito chateada nesse dia!

domingo, outubro 15, 2006

Estes taxistas só podem ser loucos

Tenho os meus limites. Após um jantar bem regado na Quarta, outro jantar muito alternativo ontem, e outro hoje, sinto-me cansada; confesso que não consegui ter pedal para acompanhar o pessoal até ao Plateau, fiquei-me pelo Bairro.

Como amigo não empata amigo, lá apanhei um táxi para voltar para casa. Tudo bem que esteja cansada e que queira vir para o meu canto. Mas o raio do taxista tinha mais pressa do que eu. Parecia que ia salvar a mãe da forca! 110km/h no centro de Lisboa? A fazer rali? A ultrapassar (imagine-se) outros táxis? E a mandar vir com todos os outros condutores? Chiça!

Já percebi: ele queria mesmo era ser piloto de aviões. E agora voa baixinho, como o crocodilo...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Mulheres fortes

Fui ver o filme do Almodovar. Gostei. Muito. Recomendo. Uma vez mais, anda à volta de mulheres, fortes, com coragem para resolver problemas, ultrapassar contrariedades e seguir em frente de cabeça lenvantada.

Todos cometemos erros (e eu estou bem acima da média). A diferença é que nem todos o fazem de propósito, sobretudo quando dão SEMPRE o seu melhor. Há sempre uma luz ao fundo do túnel. Amanhã será melhor que hoje. E sim, custa muito mais quando nunca tinha acontecido antes.

Este post é dedicado a uma mulher fantástica, por quem eu nutro uma imensa admiração. Quero muito ser como ela e faço por isso. Porque é um exemplo a seguir. Porque só o facto de existir já me dá força para levantar a cabeça em momentos menos bons e ver o Sol em dias de nevoeiro. Porque é humana, em todos os sentidos que a palavra tem.
Minha querida, ADORO-TE e estarei sempre contigo. Para mim, és perfeita! Só gostava de encontrar alguém igual a ti, mas em versão masculina, s.f.f.

Tenho sono...

... ou não fosse Quinta!

Descobri um vinho novo. Não me lembro do nome, e desconfio que ainda sejam os efeitos do vinho (embora não seja nada conveniente a estas horas) que bebi ontem ao jantar.

Acho que não irei ter problemas de oxidação tão cedo na minha vida. Afinal de contas, o vinho é um poderoso anti-oxidante, certo?
E mata os neurónios mais fracos, contribuindo muito positivamente para a selecção natural, tornando-me mais inteligente (como se fosse possível - mas gosto sempre de alargar os meus limites).

Já que estou numa de auto-promoção - o blog é meu, só meu e posso escrever todas as verdades que quiser - devo dizer que devo ser extremamente competente e eficiente no trabalho. Tive a confirmação, uma vez mais, numa reunião hoje à tarde, que estive envolvida em TODOS os projectos que os meus colegas mencionaram, estarei envolvida nos próximos que andam à espreita, para além de resolver merdinhas que ficam pendentes desde o tempo da outra senhora. Agora, até em senhor do fraque dei, fui tão insistente, enviei tanto mail, fiz tanta chamada, escalei tanto, que já começam a pagar dívidas que andavam por aí perdidas há dois anos.
QUERO UM AUMENTO!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Comprei umas calças de ganga

Fixe para ti, pensarão vocês. Mas:
1. Foi logo na primeira loja
2. Foram as primeiras que vi (embora enquanto esperava por elas tenha experimentado outras)
3. Não foram caras
4. Nunca (repito, nunca) consegui encontrar uns jeans à primeira
5. Ficam-me bem

Rápido, eficiente, eficaz. E tem mais, foi a única compra que fiz!

Deveria ser assim tudo na vida. Pena que a última que me aconteceu fosse rápida, eficiente, mas não lá muito eficaz... mas também não ando a vingar-me nas compras.

domingo, outubro 08, 2006

Por falar em moda e em quilos a menos

Amanhã vou ao outlet. Antes de começar a perder a cabeça e a gastar o que não tenho, quero ver o que há de barato. O objectivo é comprar umas calças de ganga que não sejam caras, mas que me fiquem bem. Também quero ver se há sapatos giros e uma ou outra blusa para ir trabalhar, antes de ir às lojas da moda.

Como emagreci bastante (mas já ando com um apetite brutal novamente), fico ridícula com a maior parte das vestimentas que se acumulam no armário. Bolas, como é possível não conseguir vestir a maior parte dos trapos em Março (podiam rebentar pelas costuras a quaquer momento, tive de aprender a não respirar fundo) e agora ver que não me ficam bem de tão largas que me estão! Chiça, estava mesmo gordita! Ou melhor, muito gorda, porque forte é o Tarzan Taborda. Quer dizer, estava inchada, balofa, parecia uma porca, muito luzidia, com uma pança grande e pesadona. Estava nojenta, parecia que largava gosma... bom, chega de Gato Fedorento.

Por falar nisso, vi o Zé Diogo Quintela no Lux na Sexta. E antes disso, vi umas actrizes dos Morangos com Açúcar no Estado Líquido. A Sónia Brazão (que faz de professora Julieta) é bem mais nova do que parece na novela e melhor ao vivo. Enfim, as celebridades são mais facilmente "encontráveis" na capital do que lá em cima (embora tenha visto o Rui Reininho no Pop na semana passada). Eu é que ainda não me tornei numa...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Poll: deverei comprar o novo livro do Paulo Coelho?

Ontem foi um dia tranquilo, a contrastar com a noite de Quarta; eu bem digo que as minhas noites são bem mais interessantes que os meus dias.

Como estava em modo lento - habitual no day after a long drinking night -, só no final da tarde é que fui ao supermercado fazer as compritas em falta. Obviamente, é um erro ir ao supermercado ao fim da tarde, é seguro que se apanha a peak busy hour, mas enfim, uma pessoa tem que se alimentar, e o frigorífico não se enche com um estalar de dedos.

Tudo isto para dizer que vi, pela segunda vez, na fila para pagamento, estrategicamente colocado, o novo livro do Paulo Coelho.
Já li todos os anteriores. Foi um prazer decrescente, apenas comparado à sede: o primeiro golo sabe pela vida, o segundo muito bem, ao terceiro já se está melhor, e acaba-se o copo para não ficar meio cheio. Ou seja, a aplicação prática da lei dos benefícios marginais decrescentes: vai-se gostando sempre, mas cada vez menos do que na vez anterior.

Ainda assim, subsiste a dúvida: deverei comprá-lo ou nem por isso? Como está claro, enquanto esperava na fila pela minha vez para pagar, lá fui lendo a contracapa, a introdução, etc. Acho que vou passar a ir ao supermercado àquela hora, para poder ir lendo mais uns bocaditos. Afinal de contas, quero ser uma compradora informada! Isto se o comprar...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Tinha muito por onde ir, mas fico por cá

Há já mais de uma semana que sei que os planos para este fds foram ao ar. Azarito, a vida continua. Entretanto, vi as várias opções:
- ir ao Porto
- ir passar um fds (demasiado) tranquilo na aldeia
- ir ao Algarve visitar amigos
- espetar facas nas costas em casa
- arranjar um programa para o fds e ficar por cá

Pois é, se afinal de contas Lisboa tem tanto para oferecer, porque não? Foi-se a ver, e já tenho é que arranjar uma secretária para me agendar os tempos livres. É que eu não me chamo Santo António - não consigo estar em dois ou três sítios ao mesmo tempo. Será que a minha baby-sitter não se importa de acumular funções?

segunda-feira, outubro 02, 2006

A diferença que faz passar a noite nos copos...

... com água!

Tenho o meu quê de tresloucada, pois só me apetece sair e dançar. Mas sou consciente, e estive bem à rasca na semana passada. Para além disso, sei que é passageiro; logo, mais vale aproveitar.

Ora vamos lá ver:
1. Três dias enfiada em casa com o organismo em modo automático de limpeza
2. Sem o giraço (the famous hit and run)
3. Ao quarto dia vou ver pessoal num palco a fazer nem sei bem o quê (é verdade, liguei à minha prima e houve mais pessoal a aguentar até ao fim - quase que juro que serão os amigos dos bailarinos!!!)
4. Precisava de repor o nível de líquidos (a dormir não dá)

Então, nada melhor que:
1. Sair na Quinta
2. Sair na Sexta
3. Sair no Sábado

Mais do que isso: acordar nos dias seguintes bela e fresca! Para isso, basta beber água a noite toda.

Acho que vou passar a fazer isso de vez em quando, mas não esta semana... é que também tenho de repor os níveis de minerais no corpinho, que já estão a fazer falta...

domingo, outubro 01, 2006

Ainda a propósito do ballet moderno

Aquilo foi assim:

Começa a música. Entra o encenador (baixinho e corcunda) muito devagar, caminha até ao centro, olha em frente, e com a maior das calmas chama um nome. Essa pessoa aparece, muito devagar, e coloca-se ao lado do encenador, também virado para a frente. O encenador chama outro nome, outra pessoa aparece, muito devagar, e coloca-se junto ao encenador virado para a frente. Isto com DOZE pessoas!
Primeiro pensei: Que seca! Depois pensei: OK, foi a apresentação.

Mas os gajos ficaram ali, especados, a olhar em frente durante uma eternidade! À 15ª música, o encenador começa (muito devagar, já se sabe), a dar pequenos passinhos para trás. Isto levou aí uns 3 minutos. Depois, os outros artistas, cada um ao seu ritmo (devagar, claro está) começaram a dar uns passinhos para trás. E eu a ver a minha vida a andar para trás!

Respirei fundo. Olhei para os lados. Duas pessoas já dormiam.

O encenador pega num recipiente de vidro com água, noutro sem água, e numa concha de sopa de madeira. Um tipo aproxima-se para lhe serem lavadas as mãos. Após isso, fica ele com a concha e aproxima-se outro para lhe serem lavadas as mãos. Após isso, fica ele com a concha, etc e tal... DOZE vezes! E eu já a agitar-me na cadeira.

Formam-se 4 grupos de 3 pessoas, sentadas no chão... a brincar com berlindes. Isto foi coisa para aí umas 5 músicas. Volta e meia, algum se levantava e trocava com outro. Tudo isto, já se sabe: com a maior das calmas. E eu já com um nervoso miudinho a subir-me à garganta...

Respirei fundo. Olhei para trás. Já havia desistentes a dar o bazo.

Bom, não vou continuar com a descrição. Aguentei pouco mais de uma hora. Fiz a boa acção do ano.