quinta-feira, dezembro 28, 2006

Adenda ao post anterior

Esta revolta toda surgiu por ter recebido mais dois mails, supostamente do Orkut, a dizer que o meu blog tem conteúdos de pedofilia. Links para vírus, é o que é...

Se eu ganhasse 1€ por cada mail de SPAM que recebo...

...seria uma pessoa rica (a complementar a rica pessoa que já sou).

Quando é que este pessoal percebe que:
1. Não tenho pénis nem pretendo ter (implantado, entenda-se)
2. Não quero que a minha boa/má disposição seja um estado químico. Para isso já basta o estado alcoólico meia volta, que é como quem diz, volta e meia. Logo, "Xanacses" "Prozaques" e afins não marcham goela abaixo
3. Para que é que eu iria comprar "Biagra"?
4. Sou avessa a cartões de crédito e só os uso para um de três fins: em viagens de trabalho, para efectuar compras na net, e para palitar os dentes. Tenho apenas um, porque estou constantemente a recusar os das outras duas contas bancárias. Assim sendo, porque raio insistem em oferecer-me crédito assim ao desbarato, de bancos que eu nem conheço?
5. Não estou interessada em ver beldades nuas e muito jovenzinhas na net. Logo, não me mandem mails a dizer que me faziam isto e aquilo. É que eu não sou lésbica.
6. Gosto do meu corpo tal como é e nunca iria levar a sério a possibilidade de aumentar as mamas por causa de um mail cujo título (que vai variando) seria qualquer coisa tipo "Boost your breasts".

Enfim, com os outros tipos de SPAM até posso bem, mas estes 6 deixam-me doentinha.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Aviso de vírus ao pessoal

Recebi o seguinte mail e não fui a única (se eu não tiver conseguido retirar os hyperlinks, NÃO CLIQUEM!!!):

"De:
Enviado: quinta-feira, 21 de Dezembro de 2006 6:19:42
Para:
actriz.principal@hotmail.com
Cc: accounts-noreply@google.com
Assunto: Recebemos uma denuncia sobre seu PROFILE no Orkut

Fomos notificados sobre, denuncias graves em seu profile, algumas delas como PEDOFILIA.
Você, tem 2 dias uteis para entrar e abrir o link a baixo para cancelar a evocação e o
pedido de cancelamento do seu orkut para cancelar a evocaçao clice no link abaixo
logo em seguida va em executar e pronto
http://www.orkut.com/profile/RP?c=-2672970687388433803&hl=pt_BR
Se você clicar no link acima e ele não funcionar, copie e cole o URL em uma nova
janela do navegador.Obrigado por usar o Google,Orkut.
Em caso de dúvidas ou preocupações em relação à sua conta, visite as Perguntas
freqüentes (FAQs) do Google no endereço
http://www.google.com/help/faq_accounts.html
Esse correio é apenas para envio de mensagens. As respostas para essa mensagem
não serão monitoradas nem respondidas."


Ao pessoal que receba mensagem semelhante, é favor não abrir, os links não são os que aparentam e trata-se dos nossos inimigos vírus.

Depois não digam que não avisei. E acreditem que fui verificar ao meu amigo Google.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Eu sabia que ias conseguir agora

E conseguiste! Já és doutora! Sim senhora, a única da casa que acabou os estudos no tempo regulamentar.

Parabéns mana! És o meu orgulho e eu adoro-te!

Agora é que vais ver o quanto a vida de estudante era boa...

Mais um ano que está a acabar

Para o próximo é que vai ser! O quê? Não faço a mínima! Só sei que este ano foi... indescritível:
1. As voltas que deu
2. Os sonhos desfeitos, novamente criados, desfeitos de novo
3. Pelos planos que foram pelo cano abaixo... duas vezes
4. As pessoas fantásticas que conheci e as que se revelaram uma bela trampa
5. Os meus maravilhosos 30 anos
6. Uma infinidade de tretas que nem merecem ser lembradas
7. Uma imensidão de alegrias que ficarão para sempre na memória (na minha memória, que muita coisa não vê a luz deste blog).

A certeza que o próximo será seguramente melhor, muito melhor. Ou seja, para o ano é que vai ser! O quê? Não faço a mínima! Mas estou confiante!

O mundo é mesmo muuuuuuiiiiiiiito pequeno

Não estou a dar nenhuma novidade. De certeza que já aconteceu a muitos encontrar exactamente quem não se quer em alguma festa; ou descobrir que o vizinho da prima da amiga foi nosso colega na escolinha primária (está sempre a acontecer)... ou que o nosso ex-possível mais-que-tudo é ex-namorado da melhor amiga da irmã do nosso ex-namorado (ok, isso já é mais difícil, mas também já cá cantou).

Agora ainda mais difícil: descobrirem que um colega da empresa mora na casa onde já habitaram e deixaram há dois anos e meio... sendo essa casa numa terreola perdida em Itália, quero ver quem supera!

Ah, pois é! Então foi assim: uma vez que os colegas italianos descobriram que existe uma portuguesa que fala a língua deles por terras de mouros, entram em contacto com a Actriz Principal, a ver se ela consegue ajudá-los a resolver SEJA O QUE FOR!
Desta feita, lá me liga um deles por causa de um assunto que nem tem nada a ver com ele. Lá ficamos cerca de 45 minutos na conversa (era um dia pacato, finalmente!) a dissertar sobre o Natal, os pratos do Natal, restaurantes bons no Norte de Itália, os 3 anos que passou na China, etc e tal. Lá lhe disse onde estive nos meus bons tempos. Depois, resolvi o problema do colega dele e fui almoçar, após emails de agradecimentos profundos.

Quando voltei do almoço tinha um mail a perguntar: por acaso não moravas na Rua XPTO? E sim, eu morava na Rua XPTO! Como raio é que o gajo sabia? Resposta: um outro colega foi morar para lá e recebia o meu correio. Lá deve ter ouvido falar de mim e juntou 2+2.

Espero bem que fossem apenas cartas da faculdade e postais inocentes...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Bangkok propriamente dita

Há que dizer que não fui de férias. Há que dizer igualmente que, se já ia por pouco tempo, com o atraso do voo e com 7 horas de diferença (jet lag, doença chique), menos ainda daria para ver.

O que fica são momentos e imagens.

Muita poluição! Imensa, mesmo. O céu não é azul, mas sim acinzentado. O trânsito é descomunal e fica-se horas sem avançar um metrinho que seja. Contudo, as pessoas são dotadas de uma paciência infinita. E muito simpáticas, também. Elas são, na generalidade, bonitas e graciosas. Eles também não.

Gente por todo o lado. A cidade nunca descansa, há gente na rua a toda a hora. Bancas de comida em qualquer passeio, a vender desde fruta descascada, sopas feitas na hora, espetadas, vermes fritos (argh!), tudo no meio da confusão e do fumo que sai pelos tubos de escape.

Visitei alguns templos, o Grand Palace, o mercado nocturno; andei de barco. Gostaria de ter ido ao Floating Market, mas não foi possível.

Agora, uma coisa ficou: a verdadeira massagem tailandesa! Há que desmistificar: não tem nada a ver com sexo nem sensualidade. Simplesmente, a menina que faz a massagem quase que se senta em cima do(a) massajado. É para dar mais jeito.

Para além disso, aproveitei para ter os pés massajados. Duas vezes. Excelente!

Quero ir à Tailândia novamente. Mas da próxima, que seja de férias, por duas semanitas, e quero ir às ilhas também.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Bangkok - Parte 0

Eu bem disse que tenho azar com os aviões. Senão, vejamos:

Viagem com escala de uma horita em Amesterdão. Aquilo até estava a correr bem. Partimos de Lisboa a horas, aterrámos a horas, embarcámos no voo seguinte a horas e partimos a horas.

O mal de não levar relógio é não fazer ideia de quanto tempo passou. Para além disso, tomei um comprimido para o enjoo, que me deixou K.O. de sono. Quase sem dar conta, o João Pestana já se tinha sentado ao meu lado. Portanto, ao fim de, sei lá, uma hora, o comandante informa que temos um problema numa das portas e que temos de voltar para trás*. Nada de pânico, simplesmente não seria possível corrigir a situação com o avião em andamento. Teríamos de gastar combustível e, pasme-se!, largar algum ao mar! Fiquei para a minha vida! É que ainda são algumas toneladas de gasolina, ou gasóleo, ou lá que raio seria. Isto deve criar um problema ambiental dos grandes, mas seria efectuado como medida de precaução, pois era um Boeing 747 (mesmo muito grande e muito pesado).

O que se seguiu após a aterragem foi uma pouca-vergonha, to say the least. Quem quisesse, saía para a sala de embarque, lá nos deram um sumito de laranja horroroso e uns bolitos holandeses de amêndoa, cada um deles devia ter mais calorias diárias necessárias ao normal funcionamento de uma pessoa mediana. Comi 3 (tinha fome e sono e estava a ver a minha vida a andar paratrás).
O problema seria resolvido depressa. Aparentemente. A realidade foi outra: estamos quase a conseguir; ops, afinal precisamos de outra peça, está a caminho. Se calhar temos de mudar de avião. Mas isso leva cerca de 3 horas. Ah e tal... às 2 e meia da manhã (ao fim de quase 5 horas!!!) lá adiaram o voo para o dia seguinte, às 3 da tarde.

Conclusão: se já ia por pouquíssimo tempo, ainda atrasei mais um dia; em vez de ficar num hotel 5 estrelas em Bangkok fiquei na porcaria do Ibis perto doAeroporto, sem sequer poder aproveitar para visitar as coffee shops (só por curiosidade, que não iria matar esta gata).

* O discurso do capitão explica a correria de TODA a tripulação para o fundo do avião pouco depois de termos descolado. Lembro-me vagamente de ver o pessoal de bordo a correr, de comentar com o meu colega que devia haver algum terrorista no meio dos restantes passageiros, de me ter rido com a minha própria graçola (sou um público fantástico) e de voltar a cair num sono profundo por causa do comprimido para o enjoo.

terça-feira, dezembro 05, 2006

E entre duas viagens, descubro cada coisa!

Fiquei fascinada com o Tango Argentino. Que não hajam dúvidas quanto a isso. Mas (há sempre um, certo?) fui, digamos, como explicar... bom... OK, fui a uma discoteca de Kizomba (este link tem som, é só para avisar, depois não digam ah! e tal, o meu chefe reparou) na margem Sul.

Digamos que não terá o ambiente do BBC, ou nem do Lux ou do Plateau, mas dança-se! Beeeeem, descobri que sei dançar Kizomba mas não sabia que sabia. E, pelos vistos, até me mexo bem. Fiquei cliente. E tenho par para as próximas danças (acho).

Só tenho um pedido: da próxima vez vamos a um sítio mais perto…

Argentina - Parte 2 e última...

...até porque entretanto já fiz muita coisa e o blog anda muuuuiiiiito atrasado.

Voltando ao tango argentino: bom, o segundo pianista era cá um pão! E tinha 4 pares a dançar com emoção, aquilo é que era, fiquei mesmo fã!
Ah, e também tinha um grupo que tocava música andina lá pelo meio (e muito bem, diga-se de passagem).
Pois e haviam outros cantores, sendo o equivalente em português: a Maria da Fé, o Marco Paulo e uma senhora que era igualzinha à Betty Grafstein, mas sem o Castelo Branco e com os tornozelos tão inchadinhos, coitada... que para descer as escadas precisava de apoio. Dá-me a ideia que os sapatos não poderiam ser tirados dos pés, sob pena de nunca mais lá encaixarem.

Após Buenos Aires, seguiu-se Ushuaia, a famosa Terra do Fogo. Para quem não sabe (como eu não sabia) é a cidade mais austral do mundo. Fica abaixo do Estreito de Magalhães, pertinho do Canal de Beagle.
Andei no comboio do Fim do Mundo, vi o Parque Natural, cheio de coelhinhos e castores (que, entretanto, se tornaram uma verdadeira praga), dei uma volta de catamaran para ver leões marinhos e mais umas avezitas (mas essa parte até foi uma seca, pois estava um tempo péssimo e os animais tresandavam a peixe), enfim, o contacto com a Natureza.

Ah, e a especialidade daquela zona: marisco… que peninha! E também cordeiro, mas isso é que eu não gosto mesmo nada. Escolhi o marisco.

Seguiu-se a viagem de avião até El Calafate. Eu tenho azar com os aviões, e a prova até seguirá num próximo post. Desta feita, foram todos lá à frente… menos eu! Ainda por cima, ao lado de um franciú que tinha um cheirinho… socorro! O que vale é que havia um lugar vago mais lá à frente e eu mudei-me, evitando desta forma o enjoo que seguramente iria sentir se estivesse mais 15 segundos a suportar aquele smell.

Lá estive dois dias a ver os glaciares (Perito Moreno, Upsala e Spegazzini). Fabuloso! Indescritível!

Nos últimos dias estive em Puerto Madryn, onde vi fantásticas baleias (baleia franca austral) e pinguins (de Magalhães)! Foi simplesmente fantástico! O guia era uma enciclopédia ambulante, explicava tudo e mais alguma coisa. Até nos falou mais sobre Buenos Aires do que a guia que tivemos lá.

Aqui termina o relato das férias na Argentina. Agora tenho de ganhar coragem para dedicar umas linhas à curta passagem por Bangkok na semana passada.