segunda-feira, agosto 21, 2006

Afinal já não mereço Oscar nenhum

Quando dizia que a minha vida dava um festival de cinema, achava que estava a brincar. Quer dizer, o facto de me rever em 48 personagens das novelas da TVI só quer dizer duas coisas:
1. A TVI repete-se em cada novela (basta ouvirmos a música do genérico – os nomes desses programas não terão de ter necessariamente/sempre o título de músicas, algumas delas bem fatelas)
2. A TVI está rodeada de pessoas que me conhecem sem eu saber e buscam em mim a sua inspiração, ainda por cima sem me pagarem direitos de inspirador.

Quando for grande, vou para musa. Ouvi dizer que pagam bem.

Bom, estou a esquivar-me do assunto, mas isso virá num outro post.

domingo, agosto 20, 2006

Há que dizê-lo: mereço um Oscar

Tive muita lata e não fui desajeitada (penso eu de que).
Não estive com rodeios, saquei o número e liguei.
Disse quem era e ele lembrou-se de mim.
E tem mais: fomos tomar café... e adorei!
Moral da história:
1. Já o conheço melhor
2. Gostei (o giraço é o máximo!!!)
3. Ele gostou
4. Ele não tem namorada (pelo menos parece...)
5. Ele tem o meu número e enviou mensagem a agradecer

Agora, é esperar pela sequela: Vamos Tomar Café - O Regresso

quarta-feira, agosto 16, 2006

Como é que se descobre se o giraço tem namorada?

Aceito sugestões. Mas existem alguns entraves:
1. A pessoa em questão é-me praticamente desconhecida
2. É do Norte, mas está no Sul
3. Trabalha na mesma empresa (é uma empresa muuuuuiiiito grande)
4. Não quero fazer figura de idiota (esgotei o meu leque de cenas tristes nesta vida e já devo às próximas 3 reencarnações)
5. Não sei muito sobre ele e pode revelar-se desinteressante - isto obriga igualmente a uma válvula de escape, para o caso de deixar de me interessar
6. Prazo: até meio de Setembro
7. Não tenho propriamente muita latosa e sou tendencialmente desajeitada

SOCORRO!

terça-feira, agosto 15, 2006

Porque a vida não está fácil...

...porque a situação é precária, porque nada me prende...
Alto! Não é bem assim; pelo que percebi, no Norte ainda se pode passar algo de muuuuuuiiiiiito interessante (cof cof).
Porque a minha intuição (e uma certa e determinada informação me chegou aos ouvidos) me diz que o futuro não é aqui... vou mexer-me e retomar alguns contactos. Pode ser que resulte...

segunda-feira, agosto 14, 2006

Gastei tempo e dinheiro...

...fui ver o Código Da Vinci. Farta de esperar por um convite que não há-de chegar (até porque ainda não sei quem é o meu príncipe encantado), lá fui com a minha baby-sitter. Para quem leu o livro, o filme é mau. Para quem não leu... não sei, já tinha lido, nada a fazer.

Nada a fazer. O que está feito, feito está e não dá para voltar atrás. Noutro dia estava a pensar o que faria se soubesse no passado o que me iria acontecer no presente. Ou seja, passar um dia da minha vida presente, que seria um futuro possível caso pudesse voltar atrás e mudá-lo. Durante esse dia, seria capaz de ver como me sentia, o que andava a fazer, com quem estava, e se estava satisfeita com a minha vidinha.
Se pudesse escolher, seria uma Sexta-feira. Ainda dava para saber os números do Euromilhões com antecipação, porque dinheiro nunca é demais.

Iria descobrir que as pessoas nunca são como nós pensamos e que nada é certo na vida. Isto já o sei hoje. Mas era bom sabê-lo há... sei lá... três anos atrás?

terça-feira, agosto 08, 2006

Tragédia grega em 3 actos

Só escrevi um, e é este que fica: o sonho em forma de carta

"Gostava muito de te enviar esta carta. Mas não vou. Nem é uma questão de orgulho; orgulho é o primeiro sentimento a pôr-se de lado quando se ama. É porque não existe esperança para nós.

Na semana em que fizeste a viagem definitiva (?) para Portugal, tive a certeza que éramos almas gémeas. Vi-nos juntos para sempre, o que quer que isso significa. Vi-nos a envelhecer juntos, a apoiar-nos um ao outro, eu tomava conta de ti e tu de mim. Éramos já velhinhos e continuávamos a sair de casa sempre de mão dada. Tu falavas da história de Portugal, e eu ouvia-te deliciada. Tínhamos a M.D. e o J.P., dois filhos fabulosos, educados à nossa maneira, que sempre nos trouxeram imensas alegrias. Estávamos já na reforma, passávamos os nossos dias juntos. Tínhamos uma casinha com uma horta, tratávamos dela juntos, e as minhas sopas eram tão saborosas! Ao Domingo, os nossos filhos iam lá almoçar e passar a tarde; levavam os filhos deles, ainda pequenos e lindos. Então a R.!, parecia um anjo: moreninha de olhos verdes enormes, com o cabelo ainda encaracolado, as mãozinhas papudas e uma esperteza fora do comum para uma criança de três anos.

Imaginei-nos a educarmos os nossos filhos adolescentes, a tentar encaixar o nosso amor e a nossa compreensão com as regras do bom-senso e protecção. Como é difícil ter uma atitude positiva e manter o meio-termo entre a liberdade e o firme “não”. Sabemos lá como são as modas agora, se fazemos o que fizeram os nossos pais, provavelmente estamos a remar contra a corrente, hoje em dia já tudo mudou. Ainda assim, não nos podemos queixar: eles falam connosco abertamente, aceitam alguns dos nossos conselhos, apresentam-nos os seus amigos; a escola deles corre lindamente, as actividades extracurriculares também.

Visualizei todos os detalhes do nosso casamento. Tantos convidados! Queríamos organizar a cerimónia numa capela, mas logo tivemos de desistir da ideia. Como é que foi tanta gente? A minha família, a tua, os meus amigos e os teus, os convidados especiais – a M., a L., a B. e o D., o L., o F. – até parecia uma multinacional!, a reflectir bem a nossa vivência.
Eu estava linda, mas não era do vestido cor de pérola, a acompanhar delicadamente as minhas curvas, muito simples e que me assentava maravilhosamente; nem era do penteado, que segurava a véu que me cobriu a cara até chegar ao altar; nem da maquilhagem, leve, a condizer com o meu gosto. Era da felicidade que irradiava, cada poro transpirava alegria, a emoção de chegar ao dia mais esperado da minha vida, em que o céu e a terra se juntavam para testemunhar os nossos votos de amor eterno. Não era suficiente dizer-te “sim, aceito”. Por isso, preparei umas palavrinhas:
- Todos os dias luto para te fazer feliz e para ser feliz ao teu lado. Todas as noites adormeço tranquila porque sei que o consegui. Prometo estar sempre contigo, alimentar os teus sonhos e sentir-me recompensada por saber que também o fazes. Dizer que te amo é pouco para exprimir o que sinto por ti. E para sempre existirá este sentimento, esta recompensa de te ter ao meu lado. Sou tua incondicionalmente.

Preparei aquela que iria ser a nossa primeira casa em Portugal antes da tua vinda. Estava arrumada, com fotografias nossas. Imaginava a nossa primeira noite finalmente juntos aqui. Não é como lá fora, não eram fins-de-semana que vinhas cá. Era o começar da nossa vida em conjunto cá, o desejo que nutri durante o último ano.

E nada disto aconteceu. Não entraste na nossa casa nesse dia. No dia em que entraste, não eras bem-vindo. Nem serás mais. Pelo menos dessa forma"

E agora que voltei a lembrar-me...

Eu até pensava que era obstinada nas minhas recordações. Pelos vistos, sou capaz de deixar outras bem fortes nos outros. E daí... não, apenas tive o azar de me cruzar com alguém que não jogava com o baralho todo.
Só pode.
Senão, vejamos: tínhamos 18 anos quando acabou. Nessa altura ninguém é capaz de morrer de amor. Claro que pode ameaçar fazer uma loucura, mas não cedo a chantagens, e ele até percebeu que por essa via não iria conseguir nada.
Uns anos mais tarde, liga para casa dos meus pais e vamos tomar café. Tenta combinar jantar e festa de anos, tralalá... sem efeito.
Mais recentemente, encontramo-nos por acaso, falamos e ele parece distante. Óptimo, pensei, deve andar na vida dele. Puro engano. Arranja o meu número e cá vai disto: às seis da manhã, já está a enviar sms a convidar para almoçar no dia seguinte.
Agora, após mais de dez anos (socorro!) sente que devo saber que amargou muito com a nossa separação. Até compreendo. Há coisas que só se ultrapassam quando as revelamos aos outros. Mas... porquê agora?

segunda-feira, agosto 07, 2006

Filmes antigos

A memória é uma coisa fantástica: por vezes, somos felizes porque não nos lembramos de alguém. De repente, cai-nos no prato da sopa... arranja o nosso número de telemóvel, e eis que tenta entrar na nossa vida novamente.
Haja paciência!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Começar um filme pelo fim é sempre complicado. Quer dizer, deve ser, que eu de cinema... só na plateia, de preferência com pipocas.
Bom, a verdade é que nos últimos tempos nem lá tenho ido. Acho que estou à espera do convite da pessoa certa para ir ver uma fita. Parece-me é que, por este andar, quando for, já pago meio bilhete (basta apresentar o BI para provar que estou na terceira idade...).
É melhor ir mesmo sozinha!

E o filme do dia é:

E assim se começa um festival de cinema.
Vamos lá ver quanto tempo dura o novo passatempo...