domingo, novembro 26, 2006

Argentina - Parte 1

Buenos Aires seria facilmente confundida com uma capital europeia. A cidade é bonita, com edifícios bem conservados, cosmopolita, pessoas bem arranjadas e muito simpáticas. Só a raio da guia é que era burra e só falava em sítios para fazer boas compras (será que tinha comissão em algumas lojas? Nããããã!).

No primeiro dia… OK, íamos às compras. Quer dizer, fomos. Mas antes, demos uma “granda” volta. Quem é que teve a ideia peregrina de deixar a minha rica mãezinha liderar as tropas (aka, parte do grupo) com o mapa na mão? A verdade é que tem imensas qualidades, mas o seu sentido de orientação é, digamos, fraquito. E também não ajuda nada não saber ler mapas lá muito bem.

Contudo, até foi bom, fomos parar a Puerto Madero, vimos a Ponte das Mulheres; enfim, fomos para Sul por Sudoeste, ou qualquer coisa do género, que eu nem o mapa tinha na mão e ia para onde me levassem, afinal de contas estava de férias, e eu de férias ando (ainda mais) bem-disposta.
Passámos a famosa e recente Ponte das Mulheres, vimos as esplanadas dos restaurantes, os barquitos, e lá seguimos para o centro.

Tomámos café no famosíssimo Tortoni. É muito bonito e típico.
Vimos outros edifícios importantes, praças e ruas bonitas, um regalo para os olhos.
E sim, fizemos compras. E jantámos muito bem (carne argentina). E bebemos ainda melhor.

No dia seguinte, fizemos um pequeno tour em que, entre outros lugares, visitámos o bairro La Boca. Simplesmente fantástico! Uma animação impressionante, casais a dançar o tango na rua vestidos a preceito, feiras de quadros e recuerdos, casas pintadas com cores alegres.

À noite, depois de um jantar muito (mas mesmo muito) mal amanhado num sítio a que só fomos porque estava no programa (sim, porque se soubéssemos que era aquilo, teríamos preferido até umas sandes de coiratos), assistimos à verdadeira noite de Tango Argentino, no Viejo Almacen. Isso sim! Depois de assistir ao espectáculo, a minha nova definição de tango argentino é: sexo na vertical! Sensual, poderoso, forte, cheio de energia. Onde é que posso ter aulas?

O post já está longo. Tenho de condensar o resto sob a forma de lista, senão nem o pai morre nem a gente almoça…

sábado, novembro 25, 2006

Argentina - Parte 0

A pedido de duas ou três famílias, então cá vai:

A partida não foi fácil. O título deste post, que pouco tem a ver com a Argentina em si mesma, poderia ser:
Portugueses no embarque em SBY? Que raio de lugar é esse? Ou,
Ensaio sobre o chinfrim que um grupo mais ou menos decente consegue fazer, ou,
Ou vamos todos ou o avião não descola…

Assim que chegámos ao aeroporto e nos encontrámos, a prioridade foi dada ao pequeno-almoço. O check-in viria assim que os nossos exigentes estômagos estivessem confortavelmente recheados. Até porque tínhamos imenso tempo… mas essa parte, pelos vistos, era discutível.
Faríamos escala em Madrid, mas o check-in seria directo com saída em Buenos Aires. A antipática senhora que nos atendeu começou a comentar que já estávamos atrasados e que deveria fazer tudo com pressa (grande mentira, tínhamos tempo cumó caraças). Lá nos deu os cartões de embarque. O MPDMU (Melhor Pai Do Meu Universo – para não criar conflitos com a CK) lá reparou que não tínhamos lugares atribuídos para o voo seguinte. A burra da senhora disse que nos seriam atribuídos no balcão de embarque lá na terra dos nuestros hermanos. Na nossa inocência, lá pensamos que seria normal e que o resto do grupo teria bilhetes semelhantes.

Chegados ao ponto de efectuar o segundo embarque, somos barrados, dizem-nos que estamos em stand-by (daí o SBY no cartão de embarque), que o voo tem overbooking, que temos de esperar até os restantes passageiros entrarem, e que depois se veria. Foi nessa altura que percebemos que éramos só três nestas condições, o resto do grupo tinha assentozinho para os rabinhos.

Lá tivemos de esperar que todos entrassem. Entretanto, o resto do grupo, do outro lado, à nossa espera, recusava-se a entrar na manga sem saber o que nos poderia acontecer. Só sei que, a páginas tantas, estava a minha família a dizer que não tinha jeito nenhum, que deveria haver lugares para nós, que estamos num grupo, que temos actividades programadas, etc e tal, rebeubéu pardais ao ninho. Metade do pessoal de terra a explicar que, por lei, podem vender até 10% mais de bilhetes, que nos colocariam no próximo voo (nessa noite ou na manhã do dia seguinte), e a outra metade a tentar mandar o resto do grupo para o avião. Chegaram a ameaçar chamar a segurança do aeroporto. E eu caladinha…

Depois de todos os passageiros passarem, lá começaram a dizer os sobrenomes dos passageiros que ainda não tinham embarcado. O grupo estava tão fulo, que só eu dei conta de terem mencionado o nosso. Lá entrei em acção, confirmei os nomes… e embarcamos.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Adenda ao post anterior

Há algumas listas que não gosto, nomeadamente a das compras do supermercado (lá vou eu carregada com os sacos elevador acima) e a de prendas a comprar no Natal.
E eis que o mesmo se aproxima. E as lojas estarão cheias de compradores ávidos. E os centros comerciais cheios. E eu, como sempre, sem saber o que comprar ao pessoal. E com orçamento limitado. Porra, acho que este ano irei comprar as prendas pela net. Agradeço sugestões de sites interessantes.

Já disse: não tenho tempo!

Como eu gosto de listas (e não sou a única, mas esta é uma private joke), temos o seguinte:
1. Estive de férias duas semanas (sim, fui à Argentina e ok, irei desenvolver)
2. Por causa disso, tenho trabalho até dizer chega
3. Irei a Bangkok para a semana (em trabalho)
4. Por causa disso, tenho trabalho até dizer chega
5. Ainda ando cansada e com sono por causa do jet lag
6. Não ajuda quando se tem trabalho até dizer chega
7. Tenho uma vida pessoal ocupada e Sábado foi de arromba
8. Por causa do ponto anterior, deitei-me à hora a que me levanto para ir trabalhar (e, como já mencionei, tenho trabalho até dizer chega)

Posto isto: talvez amanhã faça um update decente.

Um beijinho muito especial à minha baby-sitter, que está doentinha. Miúda, põe-te fina depressa!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Voltei, voltei!

Ai que férias fantásticas! Estava mesmo a precisar...

Pontos principais:
1. Consigo andar sem telemóvel e sem relógio (este último já não uso há cerca de 3 anos), mas não consigo deixar de ler os mails sempre que possível (incluindo os do trabalho);
2. Alarguei os meus horizontes, enriqueci-me culturalmente, vi terras lindíssimas, paisagens fabulosas e animais fantásticos;
3. O vinho argentino é óptimo e comida também (mental note: ir ao ginásio ASAP!!! - já cá vão mais quase 4 quilinhos... ainda assim, não estou nada mal);
4. Reparei que a vida continua por cá (olha a novidade!), mas que, mais coisa menos coisa, vai dar sempre ao mesmo ponto (não irei desenvolver este tema...);
5. Tive o azar de apanhar o início do mau tempo assim que me meti no carro para voltar para Lisboa: chuva o tempo todo, desastres na A1 a cada 50km.

Enfim, de volta à vidinha agitada. No emprego nem sei por onde me virar, ainda agora cheguei e daqui a uma semana já vou outra vez para fora, desta feita em trabalho (não se pode ter tudo). Resmas de mails para ler, assuntos pendentes para resolver, apresentações para tratar... isto vai ser bonito, vai.

Ainda por cima, a minha baby-sitter tratou de preencher a minha agenda social até quase mais não poder. Estou-lhe muito agradecida!

To sum up: estou de volta! E sim, para alegria de muitos!