segunda-feira, julho 30, 2007

O fim do mundo está próximo?

A minha opinião é: SIM, definitivamente o fim do mundo está ali ao virar da esquina. Mas desde quando é que matemáticos (portugueses, ainda por cima! OK, este é metade romeno) escrevem livros com alguma piada?

Ou seja, para variar, subtraí temporariamente – paizinho, está lido, levo-o de volta este fds, para que possas lê-lo também tu; e obrigada por partilhares! - um livro com o título deste post, tendo apenas uma vaga ideia sobre do que trataria.
Perdi-me a lê-lo, o que me obrigou a roubar horas ao sono, pois os outros compromissos não eram elásticos; enfim, certas manias nunca irão abandonar-me, e perder a noção do tempo e do espaço enquanto me delicio a desfrutar da leitura de um (bom) livro será, seguramente, uma delas. E até posso comer uma peça de fruta ao mesmo tempo, se calhar até me faz melhor...

Sempre gostei de matemática, nas suas várias vertentes. Correndo o risco de ser internada após escrever isto, aqui confesso que adorei estudar para a prova de aferição e para a específica de matemática, no longínquo ano de 1994. Tinha um livro cheio de exercícios e testes para estudar e treinar. Nessa altura, em vez de fazer um intervalo de hora a hora, descontraía entretendo-me a fazer uns testes de entrada para umas universidades que não menciono aqui, pois não me fica bem... adiante, que se faz tarde!

Tive igual prazer em 2002, quando mergulhei no maravilhoso mundo do GMAT, ainda que, neste caso, apenas 40% do exame teria a ver com matemática.

Voltando ao livro: gostei. E muito!

Explica de uma forma acessível uma data de raciocínios, mostra aplicações práticas (e, já agora, úteis) desse monstro de 7 cabeças que a maior parte dos putos (e não só) se orgulha em dizer que detesta.
Responde a perguntas, deixa outras no ar.
Fala de génios (sem lâmpada) vivos e de referências que já cá não estão; junta algumas intrigas e diz-que-disse, dando um ar humano (tipo, mulher do soalheiro... ou dona da padaria) à coisa.
Aproveita até para espetar (ainda mais!!!) a lança no estado do ensino em Portugal...

Peca por se repetir volta e meia. Acredito igualmente que o Jorge Buescu goste muito de futebol, já que, também ele, tem um pouco a mania de se referir a si mesmo* na terceira pessoa (o autor destas linhas aqui... o autor destas linhas ali...).

Resta esperar que os outros dois livros (este e este – pai, clica naqueles estes, se faz favor), apareçam milagrosamente lá em casa. (Percebeste, pai querido?)

Ah, e sim, a pergunta sobre o fim do mundo é respondida...

*- Ó Teresa: “se referir a si mesmo” é um pleonasmo de primeira espécie inventadinho por esta mente retorcida (a saber: a minha) ou é assim mesmo que se escreve? “Obrigadinhus”



E a música, não é fabulosa? E aquela parte do obrigado?

sexta-feira, julho 27, 2007

E eu que pensava que era a rainha da desconversa!*

Eu até consigo imaginar a cara de disfarce dessa tal Miriam, a olhar para o lado e a assobiar com as mãos nos bolsos...
Moral da história: que saudades de ler o consultório íntimo da revista Maria**! Aquilo sim, eram perguntas profundas, com direito a respostas com nível...
...agora isto...
...desconfio que, se a Mrs (por quanto mais tempo?) B estivesse interessada em saber qual seria o problema do carro, teria enviado mail para a Auto-motor... ou Expomotor... ou algo do género.
É nestas alturas que me sinto um verdadeiro génio! Sem lâmpada...
* Estou a resistir à vontade de titular este post como "Tanta estupidez junta deveria dar direito a prisão. No mínimo!"
** Após ler alguns dos textos, ainda fiquei na dúvida: deveria manter o link ou nem por isso? É que alguns são inclassificáveis! Se calhar é por isso que se inclui numa categoria à parte e não na dos classificados (vende-se, aluga-se, oferece-se, ...) - ai, piadinha mais seca, livra!...
OK, adenda ao post: para quem não consegue ler, clique na Miriam (salvo seja!)

quarta-feira, julho 25, 2007

Post telegráfico - ando muito ocupada, que querem?

Serve o presente apenas (única e exclusivamente) para assinalar a reunião das 4 Cangalheiras do Apocalipse, algures em Lisboa.

A única coisa que posso afirmar é que nunca mais nada será igual (olha que expressão mais linda!!! Não quer dizer nadinha, mas fica mesmo bem, bolas!). Se não se acreditam, perguntem aos senhores do restaurante, que tão simpáticos e pacientes (muito pacientes, de facto!) foram connosco.

Eu sei que o post está uma caca, mas ando às voltas com o tempo; contudo, não poderia deixar passar em branco um dos acontecimentos mais ou menos importantes - sim, se eu disser que é dos mais importantes, pensarão que nenhuma de nós tem mais que fazer na vida (e coordenar agendas foi quase desesperante! Mas, havendo vontade...); se disser que é pouco importante, estarei a desconsiderar tão agradáveis companhias... presa por ter cão e presa por não ter, não é? Daí eu dizer que a virtude se encontra no meio... - deste Verão, bem melhor do que muitos festivais com concertos de música, miúdos giros, bebidas à borla e outras coisas que poderiam fazer sombra (mas não fazem) a este evento! Enfim, do melhor...

E para passar a cores e não em branco, cá fica o registo:



Ora digam lá que não somos todas lindas e maravilhosas, hum? Hehe...
E a música vem mesmo a calhar, não vem?

Ah, já me esquecia: ADOREI!!!!!


Ass: Cangalheira Famosa

P.S. Pena que até agora não tenha percebido quem é esse tal de Apocalipse... sou mesmo distraída!

sexta-feira, julho 20, 2007

Pára-quedismo

No seguimento de várias compilações que fui lendo nas últimas semanas em blogs – esses sim – de jeito, também eu pesquisei resultados de procuras que trouxeram visitantes enganados ao meu estaminé.

Sendo uma expert em estatítica e análise de resultados, encontrei pelo menos 3 padrões e agrupei de forma lógica estas pérolas de search no Google. Os dados referem-se a buscas feitas entre 18 e 19 de Julho, apenas* e somente**.

Comecemos pelos padrões: temos música, biografias e… esoterismo (muito boa, esta!!!).


Música***:

- grace kelly-mika letra: o meu blog aparece logo em primeiro lugar… creio que tenho mercado aqui, deverei transformar este meu espaço em musicoblog ou algo semelhante e tentar fazer dinheiro a partir daí? – ó pra mim com os olhinhos a brilhar!!!

- letra da música Grace Kelly do cantor Mika: agora, pergunto eu: seria necessária tanta precisão? Haverá quem bata tão exaustiva descrição?

- Dasse! E não é que há mesmo? tiene una forma seductora de moverte frente a mi, nena me haces vibrar tu cuerpo rima con tu cara y me seduce tu mirada: colega, se já sabes a letra da Mistica dos Orishas de trás para a frente, porque raio andas à procura da mesma? Ele tem gente… neste, a Biografia até aparece em primeiro lugar! Qual lyrics.com, qual quê!

- e ficar a ouvir a radio no ar a chuva a cair eu vou-te abraçar: aqui, aparece em segundo lugar; moral da história: se o objectivo é criar ratoeiras para incautos nos virem visitar, ao invés de escrever textos longos e explícitos sobre sexo, experimentem colocar algumas letras de músicas. Ao que parece, o Amanhã de manhã continua muito em voga, hehe!

- ainda na mesma música e esta deixou-me de olhos em bico: "vamos acordar" + pito [pausa] + pito?! Pior ainda: a Biografia aparece em primeiro lugar das pesquisas do Google. E isto porquê? Porque era um post em que eu “cantava” esse grande êxito das Doce e o Melões, com a sua sensibilidade e elegância de elefante em loja de porcelanas Vista Alegre (os Ming já eram...) lembra-se de comentar algo sobre gajas de pito aos saltos (estava no blog errado, bem sei...)

- e para provar que essas divas da década de 80 ainda hoje são procuradas e não será pouco, temos novamente vou ficar a ouvir a chuva a cair (revivalismo, oh yeah...)


Biografia:

- bruno nogueira+biografia (OK, parece-me pacífico)
- biografia do nuno gomes (esta veio através de um comentário da Xô Dona Marta, num post em que eu sugiro torcer por jogadores da bola em vez de torcer por clubes)
- no seguimento desse mesmo post – que não tinha pontinha por onde se lhe pegasse – e ainda dentro dos comentários, o Mr. Dumal atraiu quem procurava Biografia eva Longoria assim como beyonce biografia altura (se alguém me souber explicar esta da altura aqui no meio, agradeço e sinto que já poderei morrer menos burra)
- biografia sete dedos: aceito teorias minimamente fundamentadas sobre estas três palavras juntas e sua subsequente lógica…


Passando directamente à parte esotérica, temos leitura da borra do café, cartas tarot - ler a chávena e ainda jogo de búzios. Assim sendo, Teresa, Aenima, Diabba, Marta, Mulheka: diria que podemos avançar com a sociedade ;-)


Prémio “sou veloz cumó caraças ou tenho o dom da ubiquidade”:
- onde está o wally (esta veio a partir do Brasil)
- aonde esta o wally ?\ (esta veio apenas algumas horas após a busca anterior – só que foi feita a partir da Bélgica; ora, isto só prova que o Wally, para além de ir a todo o lado, é igualmente rápido nas suas deslocações; ou terá o dom da ubiquidade? – a.k.a. Síndrome de Santo António? Ou anda tão à frente que é teletransportado? Aviso ao meu amigo Wally, o verdadeiro: se te atreves a mandar postas sem jeito, juro que te mando 4 meses para o Yemen! E nós sabemos muito bem o que aconteceu ao último desgraçado que lá foi…)


Avulso temos:

- "reiki as raízes japonesas", que é um dos livros que li

- grandes expressões (se estão à espera de retirar frases altamente filosóficas e profundas, não podiam estar mais enganados; aqui é só pérolas, regionalismos e bocas foleiras. Mas gostei…)

- biografia engraçada: mas engraçada o quê? De-sas-tra-da, tá? Olha agora engraçada… até é mais desgraçada, ou desengraçada... irra!

- para terminar em beleza: bares privados para despedidas de solteira zona de Sintra. Pá, se alguém me souber explicar esta, merece um prémio. É que esta… óbalhamedeus!


* E se em pouco mais de 24 horas aparecem estas preciosidades, imagino que mais terá trazido tanta gente aqui...
** É que, parecendo que não, tenho outras coisas para fazer na vida.
*** Caso estejam desatentos, já tratei de dar tags a alguns posts e a colocar as discografias passadas. Ah pois é!

Pronto! E agora vou deixar o blog em paz até ao fim do mês. (Ó pra mim a criar a ideia de que vou de férias, ou o camandro. Era bom, era…)

quinta-feira, julho 19, 2007

Poliquê?

Nota prévia (antes que comece): o presente texto não pretende, de forma alguma, tecer juízos de valor acerca das escolhas dos outros, cada um tem as suas preferências e saberá o que é melhor para si próprio. Não sou moralista nem conselheira, pois:
- se os conselhos fossem bons... não os dava: vendia-os!

- se nem sempre sei gerir a minha própria vida, porque raio deverei teorizar sobre a dos outros

- tenho vida própria (e este argumento bastaria por si só, mas eu gosto de escrever baboseiras)

Siga...


Enquanto dou uma de Big Brother is watching you (1984, George Orwell – ou pensavam que era invenção da cabeça loira do Piet Hein*, hum?) vendo através de que palavras-chave é que certos e determinados pára-quedistas vêm parar aqui ao engano** (sim, porque ninguém no seu perfeito juízo assenta arraiais neste blog por vontade própria), aproveito este espaço (o meu speaker’s corner privado – ai que eu hoje estou tão culta!) para deixar umas palavritas sobre... poliamor!


Ontem ao final da tarde, já pela fresquinha, voltava feliz e contente para casa na minha banheirola estilosa e confortável, quando prestei atenção ao programa que estava a passar na rádio, a saber: Prova Oral, da Antena 3.

E pronto, lá descobri que, para além de ser poliglota e multifacetada, sou igualmente poliamorosa!

Bom, antes que comecem a chover mails com frases de empatia e/ou convites alternativos, passo a explicar: eu amo-me incondicionalmente. Sem restrições, mesmo! E sei isto porque, mesmo quando faço asneirada da grossa, lá me recrimino um pouco, auto-censuro-me e tal... mas continuo a adorar-me como se fosse a mais bela criação actualmente a passear pela Terra***.

E depois, como tenho muitos interesses, vou-me “desmultiplicando” nas minhas várias facetas, de acordo com o que estou a fazer na altura. E gosto sempre desse meu eu, ou não fosse hedonista...

Agora, se me colocam a questão: e não tens ciúmes? Quer dizer, ao amares tantas personalidades, algumas delas influentes e tudo, não terás medo que também elas se virem amorosamente umas para as outras?

Pois, aqui é que a porca torce o rabo! É que, há uma parte de mim que é ciumenta... e outra que não é! Mas até agora tenho conseguido manter “ambas as duas” neste parco equilíbrio. Desde que não se cruzem...

Com tanto amor distribuido já por mim, desconfio ser capaz de amar e me dedicar apenas a uma outra pessoa para além de mim própria. O difícil será encontrar alguém que reúna o consenso e a aprovação dos meus vários eus. É que há-de haver um ou outro que irá torcer o nariz a algum aspecto que seja de encaixe mais difícil...

É que para além de ser “multipersonalizada”, sou também esqui... esqui... esquisita, é isso!

E a fidelidade, onde é que fica? Bom, eu serei sempre fiel... a mim própria! Não é à toa que uma das minhas frases favoritas é mesmo a “I love me so much, I wanna kiss myself!”


Começo a dar razão ao meu pai quando ele me diz que já leu outros blogs e que esses eram inteligíveis... cá pra mim, ou falavam de sexo ou de futebol...


Banda sonora... ora cá está uma das minha músicas favoritas de todos os tempos. Laid, dos James. Nunca percebi porque raio sempre fiquei fascinada com ritmos cujas letras são do pior, mas enfim. Às tantas, é mais uma das minhas personalidades que ainda não se definiu... medo!

Hum... irei criar brevemente a lista das músicas que já aqui passaram... [Actriz, em modo organizado]


* Porra, só eu é que não apareço na Wikipedia! Ainda...

** E tem cada pérola! Céus, fico na dúvida: deverei rir que nem uma tonta, ou chorar quem nem uma Madalena?

*** Há uma faceta minha que insiste em dizer-me que sou mesmo a “ultimate masterpiece of creation”, mas creio que foi de férias; é que já há uns tempos que não me acompanha...

terça-feira, julho 17, 2007

Na minha busca da Luz

Luz, nome dado ao último álbum do Pedro Abrunhosa, esse Senhor Gajo que, não sabendo cantar, safa-se lindamente como poeta e compositor.
Ora, luz, lâmpada, iluminação, ideias luminosas... vai daí, analisei esmiuçadamente a letra da música 3 de seu nome... Ilumina-me. Eis o resultado:

Gosto de ti como quem gosta do sábado,
(isso é bom, certo? Já se me dissesses que gostas de mim como quem gosta da segunda-feira de manhã, ficaria com dúvidas... é que ou és masoquista ou não gostas de mim nem à lei da bala)

Gosto de ti como quem abraça o fogo,
(pois sim... fica sabendo que eu, meu caro, nem a mãozinha meto no fogo por ninguém, não vá ficar a cheirar a porco queimado, quanto mais abraçar... e nunca te disseram que se brincas com o fogo, irás fazer chichi na cama, não? Ah pois é...)

Gosto de ti como quem vence o espaço,
(dizem que, em 1969, uns senhores americanos pisaram a Lua; antes disso, foi a Laika e uns senhores russos; quiduxo, o espaço já foi conquistado... ou nunca viste nenhum episódio do Star Treck?)

Como quem abre o regaço,
(hey!, que facilidade é essa? O pessoal não curte assim... dado, ok? É controlar as hormonas, sff)

Como quem salta o vazio,
(espaço, vazio... hum, tu andas na droga?)

Um barco aporta no rio,
(olha filho, se tentas conquistar-me com iates e coisas dessas, fica já sabendo que não é por aí; aqui a je enjoa que nem uma pescada – expressão mais idiota esta – com barcarolas e afins; houve uma vez em Cuba... bom, deixa lá isso)

Um homem morre no esforço,
(ah valente! É por aí, sim! Quer dizer, mas até lá deste tudo, certo?)

Sete colinas no dorso
(realmente, já vi corcundas muito corcundas, mas sete!? SETE!?)

E uma cidade p’ra mim.
(estás enganado no termo, tu queres dizer vila; ou seja, uma daquelas propriedades chiquérrimas, com uma casa térrea, finésima, piscina e jardins lindos de morrer; se assim for, estás a entrar no caminho certo, já viste que barco não, mas vila sim)


Gosto de ti como quem mata o degredo,
(assassino! Eu realmente não gosto de insectos – degredo é um insecto, certo? – mas como não morde, deixa-o estar)

Gosto de ti como quem finta o futuro,
(sobre isso, é melhor falares com o José Rodrigues dos Santos, que o tipo tem uma teoria determinista sobre livre-arbítrio e coisas dessas; mas olha, fuma uma daquelas coisas que fazem rir antes disso, para ajudar a descontrair e abrir a mente para novas perspectivas)

Gosto de ti como quem diz não ter medo,
(é de macho peludo bater com o punho no peito cheio enquanto diz “quantos são? Venham eles!”. Pena que eu não goste...)

Como quem mente em segredo,
(Também detesto a mentira, tu andas a dar uma no cravo e outra na ferradura... assim não sei, não)

Como quem baila na estrada,
(olha do que me foste recordar: das festas da mala aberta que fazíamos no parque de estacionamento da faculdade! Estás a ganhar mais meio ponto)

Vestido feito de nada,
(assim sendo, recomendo que vás ao Meco)

As mãos fartas do corpo,
(não será o corpo farto das mãos? O celibato tem destas coisas...)

Um beijo louco no porto
(Pudera! Se a abstinência for muito longa, até um aperto de mão poderia dar azo a outras coisas que me abstenho de escrever aqui, pois este blog, não sendo de família, é-o quando me interessa)

E uma cidade p’ra ti.
(Vila, pá! Bolas, que és de compreensão lenta...)


Enquanto não há amanhã,
(Amigo, esta é de borla: o amanhã existe! Ainda há cerca de duas semanas tive essa confirmação, que já devia ter idade para me lembrar de beber muita água antes de me deitar, considerando que iria ficar desidratada – a.k.a. ressacada - , e o amanhã foi muito sentido; demasiado sentido, até!)

Ilumina-me, Ilumina-me.
(andas por becos escuros e depois queres que te oriente! Não querias mais nada, já agora.)
Enquanto não há amanhã, Ilumina-me, Ilumina-me.


[Pausa técnica]

Na prática, este monstro do marketing com um gajo careca de óculos de Sol algures no meio – e com a mania que tem estilo a vestir-se –, foi capaz de mexer comigo logo da primeira vez que ouvi esta música. Vénia a ele, pois este coração empedrenido (o meu) dificilmente se comove com uma musiquita.

Felizmente, vou tendo a capacidade de dar a volta ao texto (literalmente, neste caso) e gozar com o que me toca. Porque a letra é linda! E quem me dera ser alguma vez capaz de me exprimir assim:

Gosto de ti como uma estrela no dia,
Gosto de ti quando uma nuvem começa,
Gosto de ti quando o teu corpo pedia,
Quando nas mãos me ardia,
Como silêncio na guerra,
Beijos de luz e de terra,
E num passado imperfeito,
Um fogo farto no peito
E um mundo longe de nós.

Enquanto não há amanhã, Ilumina-me, Ilumina-me. Enquanto não há amanhã, Ilumina-me, Ilumina-me.

Enfim, é bom conseguir gozar com aquilo que me acompanhou no fim do poço...

sexta-feira, julho 13, 2007

Expressões que eu gosto – II

...guiar com o quico no côto, destrocar caixa duas abaixo, desfazer a rotunda de ladeiro e seguir de gazonete...

É a verdadeira expressão à guna! Mai nada! Lindo!

Tenho mais umas na algibeira, mas estas merecem destaque. É que ando a treinar para a concentração de Faro do próximo fim-de-semana...

Músicas: como só posso mudá-las em casa, só mais daqui a pouco é que irá acontecer. E estou com dúvidas entre o Baila Morena do Zucchero (baila morena.... sotto questa luna piena...), o Feeling Alive do Gomo (Hey, I'm feeling alive, I was loaded as dice, Sweet and sticky inside, I'm feeling love…) ou ainda o Caviar do Zeca Pagodinho (você sabe o que é caviar? Nunca vi, nem comi, eu só ouço falar...). E esta é a minha shortlist mental. Muito ortodoxa, portanto...

OK, está escolhida. Bom fim-de-semana!

quinta-feira, julho 12, 2007

E quando nada faz sentido

Hoje desejava escrever sobre mais expressões que gosto; graças à Ms D. e ao meu bom amigo-vizinho-motoqueiro-tripeiro (na falta de nome melhor, fica Motard Favorito… para facilitar) juntei mais umas boas.

Gostava igualmente de mandar umas piadas de valente humor negro ao meu colega-amigo (só para o chatear, vai ficar com o nome de Wally – tem o passaporte mais carimbado que o Mário Soares quando era Presidente da República) que, a esta hora, estará a voltar de… Islamabad. Sim, aquela cidadezeca no Paquistão onde aconteceram umas coisas a uma mesquita encarnada… assim, uns fogos de artifício e o catano. Porra, passei dois dias inteiros a enviar-lhe mails só para me certificar que o gajo ainda vivia! É no que dá sentir-me culpada por enviar colegas para estes destinos… exóticos?!

Apreciava conseguir concentrar-me para definir uma estratégia com um mínimo de coerência para algo de importante que irei ter hoje ao fim do dia. Assentar ideias, preparar perguntas.

Queria que o tempo não voasse e me fugisse entre os dedos como tem acontecido nos últimos… tempos? É um paradoxo: teoricamente, quanto mais avanço no tempo, mais certezas deveria ter; na prática, anda tudo a ser adiado. A cada dia que passa, parece que perco qualquer coisa mais; se ainda perdesse o apetite, até nem me importava por aí além… mas infelizmente não é isso.

Não é isso, mas é tudo o resto. Parece que o Grande Teatro Universal se lembrou de me ensinar uma bela lição, fazer-me ver que não controlo rigorosamente nada, recordar-me que sou pequenina e, por vezes, frágil.

Nunca pensei tanto na (minha) vida como nestes últimos tempos. Nunca vivi tão intensamente nem experimentei tantas perspectivas novas como desde que voltei para Portugal. Em altura alguma conheci tantas pessoas ou aprendi e me interessei tanto sobre tantos assuntos como agora.

E quanto mais tento não pensar, mais a pergunta me assalta: mas quem raio sou e que quero eu fazer comigo mesma?

E quanto mais o tempo passa, menos certezas tenho;
E quanto mais vejo, menos sei;
E quanto mais conheço, menos percebo;
E quando acho que bati no fundo do poço… ainda havia um puto de um alçapão, só para me lixar ainda mais! Porra, já chega, não?

Estou a reaprender a cortar todas as amarras e a andar na corda bamba olhando para a frente e nunca para baixo, pois a rede… não está lá.
Tudo o que tento agarrar, tudo pelo qual me interesso… simplesmente escapa-se por entre os meus dedos.

Pois eu… ainda que tenha sido ensinada a jogar pelo seguro, a não trocar o certo pelo incerto… foi quando decidi arriscar que dei os maiores e melhores saltos na minha vida.
Olhando para trás, vejo que tudo foi uma mistura de esforço, fé, luta… e alguma dose de descontracção e estupidez natural, claro está. Porque só sendo um bocado parva e crente é que teria ido pelos caminhos por onde fui. Mas resultou! E a verdade é que houve uma altura em que tinha tudo o que queria, os acontecimentos positivos encadeavam-se com naturalidade, a boa vida fluía.

Sempre tive a maior facilidade – mais do que isso, sempre tive vontade – de começar de novo, por outro caminho; para experimentar, para ver como é; fartava-me com facilidade do que tinha e dava um salto noutro sentido. Ainda hoje adoro estrear cadernos, é o início de uma nova fase. Sempre me senti um camaleão, fui tendo vários grupos de amigos, gostos musicais e literários, formas de ocupar o tempo… até o meu guarda-roupa não segue um padrão. Só este blog é que tem sido mantido, ainda que já tenha pensado fechá-lo e começar outro completamente diferente... várias vezes.

Volta e meia sinto que sou várias pessoas numa só, não sabendo ao certo quem sou, apenas que tenho “aqueles” princípios dos quais nunca irei abdicar… o resto é cinzento.
Agora, que queria mais era sopas e descanso, a roda da vida continua a sua marcha e parece não ter percebido que já não é por aí que quero ir!

Por outro lado, se sempre foi assim que funcionou, porque raio é que agora me está a custar tanto desapegar? Provavelmente, é por estar tudo a acontecer ao mesmo tempo.

Se calhar a resposta está em acreditar. Em mim. Ir contra o que, à primeira vista, parece lógico.

E se, até agora, tudo foi acontecendo na altura certa e eu fui conseguindo tirar daí uma lição para a vida, porque não acreditar que há-de continuar assim?
Contudo, a dúvida persiste: onde está a fronteira entre o não ir contra porque o caminho não será por aí, e o simples baixar os braços porque faltam forças para lutar?

Porque parece que tenho todas as possibilidades, porque nada me prende e não estou presa a nada. Esta é a altura em que posso decidir fazer o que realmente quero.
Mas não estou a saber ouvir-me!

(...)
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?
Quem me leva os meus fantasmas,
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
(Pedro Abrunhosa - Quem me leva os meus fantasmas)

domingo, julho 08, 2007

Sexo ou romance?

Nota 1: para quem veio aqui parar através de alguma pesquisa do google, aviso já que, muito provavelmente, aquilo que eventualmente procuram não se encontra aqui; ainda assim, vejam os vídeos, são giros!

Nota 2: não, não será sobre mim. É claro que, se me pedirem opinião sobre algo relacionado com o título deste post, muito provavelmente direi: "Sim! Muito! Dos dois!" enquanto arregalo os olhos e bato palminhas de contentamento; ainda assim, vejam os vídeos, são giros!

Assim a frio, cá está o primeiro (cuidado com as imagens chocantes e os barulhinhos estranhos... é que estamos a falar de cinema europeu...):



Ou seja, fiquei a saber através desta notícia, que os dinheirinhos da UE andam, entre outras políticas bem mais idiotas (assim de repente, a PAC é a que me faz mais espécie - outra expressão que gosto, fazer espécie) e pouquíssimo lucrativas, a ser utilizados (e muito bem, neste caso), na promoção do cinema europeu.

Acho bem. Ponto.

Agora, a pergunta que se coloca é: o teaser não será um pouco exagerado? Quer dizer, façamos a comparação com este vídeo, que promove exactamente o mesmo (cinema europeu), é financiado pelos mesmos gajos (nós, os que pagamos impostos aqui na UE) e feito igualmente a partir de cenas de filmes... europeus: [esta é a altura em que o Lauro Dérmio entra e diz "letas luc éta treila ande faleite aguene"]





É bonito. Queriducho. Fofo, até.

Mas acho bem mais chamativo o anterior.
E gosto do slogan: "let's come together". Dá a ideia de união. Afinal de contas, estamos a falar de União... Europeia, certo?

Concluindo, neste caso teremos:
Sexo - I
Romance - 0


Ora a banda sonora...
E que voz mais sensual que a da Carla Bruni para acompanhar?
Música: Le ciel dans une chambre (cantado pela Carla, o original é italiano e não sei de quem é a autoria, mas esta versão é linda e muito, muito sensual)
...ainda que a música que não me sai da cabeça seja outra...

quinta-feira, julho 05, 2007

Há dias em que me sinto assim...

Quando me olho ao espelho e gosto do meu sorriso,
Pisco o olho ao meu próprio reflexo ao sair de casa

E reparo nos olhares que me seguem por onde passo...

Gosto de brincar com quem me olha a medo.
Caminho;
De repente, olho para trás
E surpreendo quem não teve coragem de me fitar
E vejo os olhares a fugirem novamente, desconcertados, incapazes de enfrentar o meu.

Rio-me sozinha, baixinho,
Só eu e a minha altivez.

Mas hoje… hoje quero dançar!


(…)

se te ve pasar con tu genio
se te ve pasar con tu caminar
se te ve pasar con tu genio
se te ve pasar

mistica la musica tuya mulata
bien coqueta, muy hermosa pero saca
tu cuerpo de mi cabeza; llega, ataca
parte de mi cerebro que sobrecalienta y me mata
la idea de pensar que por ahi tu andes suelta
pero cuelga ya tus guantes que ahora te daras de cuenta
que tu genio mas que gratuitos da que pensar
y luego pide a gritos compasion
y en el fuego de la accion, relajamiento
bien te encanta jugar en todos esos buenos momentos

tienes una forma seductora de moverte frente a mi
nena me haces vibrar
tu cuerpo rima con tu cara
y me seduce tu mirada
y ese calor que te envuelve
me llega y me toca
ay me quema!

tienes una forma seductora de moverte frente a mi
nena me hace vibrar (a mi)
dama, arañas como una gata
dama, eres hija de una diabla

yo soy quien buscas baby
por que te enfadas en mi
si yo te quiero, te adoro
me tienes loco lady
que pasa mama, orgullo mala fama
mira, ama si tienes gana
si te decides llama
tu princesa hermosa
de la flor la rosa
tu preciosa, eres la semilla
tus ojos son la octava maravilla
que en este mundo se ha logrado
tu cuerpo perfecto como Da Vinci a pintado
la Mona Lisa ya es tu risa que ha marcado
el sufrimiento de este tonto pobre hombre enamorado
ya que has llegado, entra ....... pasa
estas en tu casa
tuyo juntos solos para amarnos
nena pasa

tienes una forma seductora de moverte frente a mi
nena me hace vibrar (a mi)
llama, arañas como una gata
llama, eres hija de una diabla

se te ve pasar con tu genio
se te ve pasar con tu caminar
se te ve pasar con tu genio
se te ve pasar

tienes una forma seductora de moverte frente a mi
nena me haces vibrar
tu cuerpo rima con tu cara
y me seduce tu mirada
y ese calor que te envuelve
me llega y me toca........sht
ay me quema!

(…)

Orishas, Mistica

Mental note: está na altura de colocar banda sonora na Biografia… irei tratar do assunto.

quarta-feira, julho 04, 2007

Ideias sem nexo – II (Short Version*)

Este post acaba mais ou menos como o anterior. Será seguramente mais curto e menos engraçado. Mas não fui eu quem começou...

Sem mais delongas, temos a ideia sem nexo Gama: a instituição do Dia Nacional da Fruta!

Na minha humilde e pouco fundamentada opinião, trata-se de uma ideia descabida porque:
- não envolve quem de direito, a saber: agricultores, produtores, importadores ou exportadores de fruta
- o site que o promove está mal conseguido
- não percebo porque raio se deverá trocar a bela da fruta fresca por uma papa embalada
- quando o Sol nasce é para todos, e haverão alimentos que se ressentirão pelo facto das respectivas classes a que pertencem não terem dia próprio.

Passemos a algumas sugestões da minha parte:

- Ideia sem nexo Delta: a criação do Dia Nacional da Hortaliça
- Ideia sem nexo Épsilon: a instituição da Manhã Internacional dos Cereais
- Ideia sem nexo Digama: a divulgação do Lusco-Fusco Mundial do Iogurte de Aromas de: Baunilha, Banana, Morango, Pêra e Alperce.
- (…)

O que, de facto, me incomoda, é: com tanto dia disto e daquilo, a coisa até perde grandemente a sua importância relativa. Porque, no fundo, ao criarmos dias para tudo e mais alguma coisa, estaremos a fazer com que assuntos que são realmente merecedores da atenção de todos, sejam diluídos no meio de outros “dias de”.

* - Toma lá morcão! É para não dizeres que não tenho poder de síntese... hehe! Beijos grandes!

Ideias sem nexo - II

Ainda não sei muito bem como irá acabar este post, mas avizinham-se aí umas três… vá lá, quatro ideias sem nexo, sendo todas no seguimento de uma outra ideia perfeitamente descabida… que (e isto é verdadeiramente inacreditável) não é minha! (leitura: o mundo está perdido; há mais quem ouse ter ideias sem nexo… e as divulgue).

Bom, agora que deixei passar aí umas 48 horas desde que devo ter ouvido falar desta ideia pela primeira vez, creio que já consigo mencionar o assunto sem urticária. Penso.
Sem mais delongas, temos a ideia sem nexo Gama: a instituição do Dia Nacional da Fruta!

Para começar, não vê envolvida nenhuma associação de agricultores, produtores, importadores ou até mesmo exportadores (e a lista pode continuar desde que as palavras terminem em “ores”) de… fruta? Como tal, não me parece ver aí uma grande massa associativa. Sim, porque nestas coisas de “dias de algo”, há que imaginar o pessoal todo junto a formar número, massa crítica, com cartazes e palavras de ordem.

Para continuar, o barulho do site irrita-me até mais não poder, pois não suporto o ruído do bater de asas de insectos. Não compreendo como é que alguém teve a ideia (peregrina) de meter um moscardo (ou lá que bicho nojento é) pelo meio.

Depois, porque não estamos a falar de fruta… como colocar isto?... hum… sei lá… fresca? Inteira? Por descascar e trincar? Quer dizer, onde é que está a dificuldade de pegar numa maçã, lavá-la… e comê-la?

Terminando as críticas fáceis e baratas (se era hoje que pensavam que iriam ler um post com contraposições sérias e já se tinham levantado para celebrar, esqueçam, isso não irá acontecer proximamente; contudo, e uma vez que já se levantaram, tragam-me um copo com água, por favor), alerto para a possível rebelião que possa surgir no seio de outros alimentos, com especial destaque para o aipo, a fartura, o bife da vazia e o patê de cogumelos. Aliás, tenho quase a certeza que isto ainda vai dar molho, pois iremos assistir a uma verdadeira luta pelo protagonismo da espécie, os alimentos ir-se-ão reunir nas suas classes e aí quero ver quem é que vai pôr termo a isto.

Mas tenho umas sugestões, que isto não é só crítica a atirar para o gratuito:
- Ideia sem nexo Delta: a criação do Dia Nacional da Hortaliça
- Ideia sem nexo Épsilon: a instituição da Manhã Internacional dos Cereais
- Ideia sem nexo Digama: a divulgação do Lusco-Fusco Mundial do Iogurte de Aromas de: Baunilha, Banana, Morango, Pêra e Alperce.
- (…)

Bem sei que nada disto faz sentido, mas, reparando bem, nem fui eu quem começou…
…mas verdade seja escrita: com tanto dia disto e daquilo, a coisa até perde grandemente a sua importância relativa. Porque, no fundo, ao estar a fazer com que tanta treta seja especial com o “dia nacional”, “dia internacional”, “dia mundial” (um dia hei-de dedicar-me a perceber a diferença entre estes dois últimos, mas agora tenho outras ideias sem nexo para pensar), fazendo até com que o mesmo dia seja dia de uns bons sete ou oito temas que não deverão ter rigorosamente nada a ver entre si, obtém-se o resultado inverso, ou seja, a banalização do mesmo.
Infelizmente, desta forma estaremos a fazer com que assuntos que são realmente merecedores da atenção de todos, sejam diluídos no meio de outros “dias de”.



E tudo isto porque se fosse a escrever sobre o que me ocupa a cabeça, teria saído qualquer coisa sobre oportunidades, certezas, timings e preços.

terça-feira, julho 03, 2007

Às vezes...

... torna-se difícil distinguir a fronteira entre o certo e o errado.

Aliás, a mesma parece não existir.

Ou serão esses conceitos que não farão sentido?

Às vezes... é tão mais fácil não pensar!