(Nota: tu – obrigada por mais um Schmooze, já o vendi; sou uma gaja preguiçosa e não gosto de limpar o pó, aspirar ou lavar a loiça; daí não mostrar prémios, fazer nomeações… ah!, e quebro desafios como quem ignora chain letters. A maldição da múmia que enviou por mail a última destas coisas, aí há uns 5.300* anos atrás** deve ter-se abatido sobre a minha pessoa, a avaliar pela gripe com que estou)
O meu blog hoje serve para felicitar esta menina pelo seu aniversário! Parabéns, sua chungosa, espero que passes um dia excelente, que tenhas muitas prendinhas e que o futuro continue a sorrir-te, pois bem o mereces!
Serviu igualmente para me manter agarrada à promessa que fiz a mim mesma de deixar de fumar. Quanto mais publicitei, mais subi a parada… e mais frases de apoio recebi… e estou há quatro meses sem tocar num cigarro. E ainda trepo pelas paredes (se usasse as cuequinhas por cima das calças, teria sido facilmente confundida com a mulher-aranha, essa pindérica), mas estou bem melhor. Obviamente, não foi pelo facto de dizer a meio mundo (e a mais um jovem toxicodependente oriundo de uma família de risco) que tinha deixado de fumar, e sim porque disse a mim mesma que o faria. Mas as frases de apoio ajudaram.
O meu blog serve para exorcizar os meus fantasmas. Publiquei alguns textos que escrevi enquanto salgava a roupa com lágrimas e muito ranho (enfim, um nojo, coisa para esquecer...), de cara inchada e “brumelha”, a soluçar, tristinha, tristinha... outros (aqueles mesmo pesados) nem sequer aqui apareceram... e já foram devidamente eliminados do laptop (eu escrevo e publico por impulso; a excepção é mesmo esta reflexão sobre o blog que, por ser comprida, teve de ser minimamente estruturada).
À conta de ter um blog, conheci algumas pessoas, todas elas com blog. Nem todas são o que apregoam ser mas, e como muito bem escreveu o Melões no seu post, “E se metade do que leio é mentira, também será metade do que ouço.”; ou seja, ninguém está livre de ser desagradavelmente surpreendido, não necessita de ser através da net que vem a facada. Os maiores desgostos que tive foram com pessoas de carne e osso que pensava conhecer... if you know what I mean...
Ultimamente, tenho usado o meu blog para ordenar (de modo a ter sempre à mão) músicas que gosto (ou pensavam que era para os meus 4 leitores mais ou menos fieis, a saber: mãe, pai, mana e gata… estava era a dar-vos música!).
Eu digo sempre a quem me lê: não tentem perceber-me através do que está escrito no meu blog.
Por vezes são opiniões, a maior parte devidamente infundada.
Outras (a maioria, mesmo) são o que os dedos começam a escrever. Cada vez mais, se tiver uma frase à minha frente, torna-se mais ou menos fácil escrever sobre a mesma, ou fugir dela e fazer uma ligação mais ou menos coerente no fim.
Fiquei lixada da vida esta semana, quando recebi um telefonema em que, no meio da conversa, me disseram: “Olha, estive no teu blog e li o que escreveste. Sabes o que quer dizer cara metade? É que estás a dizer que és lésbica! O que vale é que a maior parte das pessoas que te lê não te conhece, senão ficará a pensar coisas erradas a teu respeito.” Bom, eu diria precisamente o contrário: quem me conhece, sabe como sou e não dá a mínima para as patacoadas que escrevo. Por outro lado... e se fosse?
Curiosamente, até há quem não me conheça e que me comente volta e meia, o que eu acho fantástico, considerando que existe uma infinidade de blogs muito mais interessantes e melhor estruturados do que o meu***. Mas o meu é para mim. Acontece que está na net e há quem cá venha. E serão sempre bem-vindos, desde que venham por bem!
Já agora, para quem se dá ao trabalho de me ler: para que serve um blog?
E, mudando completamente de pergunta: para que serve o vosso blog?
* - Para que não achem um exagero a data, vão aqui. Por mera coincidência, tinha colocado este número, depois eu própria achei um exagero. Mas fui verificar aqui e interessei-me pelo tal Ötzi. Deixei ficar e concluí que o meu blog também tem aspirações didácticas…
*** - Este fenómeno pode ser explicado à luz da teoria económica que considera a informação imperfeita e os custos de acesso à mesma, medidos através do tempo que se gasta à sua procura. Uma vez que andamos à procura de algo que nos entretenha, não será necessário encontrar o melhor blog de todos os tempos, bastando um que seja razoável. Certo?