Eu até pensava que era obstinada nas minhas recordações. Pelos vistos, sou capaz de deixar outras bem fortes nos outros. E daí... não, apenas tive o azar de me cruzar com alguém que não jogava com o baralho todo.
Só pode.
Senão, vejamos: tínhamos 18 anos quando acabou. Nessa altura ninguém é capaz de morrer de amor. Claro que pode ameaçar fazer uma loucura, mas não cedo a chantagens, e ele até percebeu que por essa via não iria conseguir nada.
Uns anos mais tarde, liga para casa dos meus pais e vamos tomar café. Tenta combinar jantar e festa de anos, tralalá... sem efeito.
Mais recentemente, encontramo-nos por acaso, falamos e ele parece distante. Óptimo, pensei, deve andar na vida dele. Puro engano. Arranja o meu número e cá vai disto: às seis da manhã, já está a enviar sms a convidar para almoçar no dia seguinte.
Agora, após mais de dez anos (socorro!) sente que devo saber que amargou muito com a nossa separação. Até compreendo. Há coisas que só se ultrapassam quando as revelamos aos outros. Mas... porquê agora?
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1 comentário:
intiresno muito, obrigado
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