sexta-feira, março 30, 2007

Remexendo no baú das memórias

Faz hoje um ano que tomei a decisão certa. Ou melhor, tomei a decisão.

Após 11 noites de insónias, a dar voltas na cama. E assim continuei por mais seis meses. E isso, no meu calendário, é muuuuiiiiito tempo.

A re-aprender a dormir sozinha.
O ver o futuro como incerto.
A chegar à sexta-feira e pensar: que raio irei fazer o fim-de-semana todo? E nas férias, onde vou, com quem vou?
Afinal de contas, que quero eu da minha vida?
A chegar todos os dias a casa (aquela que ia ser a nossa casa) com a sensação de vazio. A deixar acumular a roupa fora do armário, a louça suja na cozinha, a adiar encontros com os amigos. E passar noites no sofá, a acender um cigarro com a ponta do anterior, a chorar de raiva, de desilusão, de orgulho, mas nunca!, de arrependimento. E começar a perder peso vertiginosamente, tudo tinha um sabor demasiado amargo para que eu conseguisse digerir, era como pedras no estômago. E eu que passei quase três anos a sentir borboletinhas todos os dias!

O medo de saber que me tinha tornado dependente. O descobrir que tudo o que fiz foi por alguém que não merecia. O receio de ficar só para o resto da minha vida.

Tive 1001 oportunidades de voltar atrás. O convite renovou-se. Ele tentou tudo para me provar que, a partir daí, tudo seria um conto de fadas. E manteve-se coerente. E lutou.
Mas foi em vão.
Ainda me deixei arrastar algumas vezes, a ver no que dava. Desta forma, posso dizer que também eu tentei... ver se ainda se conseguia fazer alguma coisa daquele castelo em ruínas.
Ou então, foi o prazer sádico de saber que sou muito mais forte do que ele, e deixá-lo enterrar-se por uns momentos, torná-lo vulnerável e espetar-lhe a faca de seguida.
Sim, eu fui muito sádica. Viste o meu melhor? Agora, apresento-te o meu outro lado. Mas olha, só o faço porque foste tu quem bateu na minha porta, eu não fui ter contigo. Na minha casa, quem dita as regras sou eu!

Não lhe desejo mal. Nem bem. Simplesmente, não me interessa saber. Na altura, só o facto de saber que ele respirava era suficiente para me deixar incomodada.

Descobri que apaguei as memórias, pois o livro que ando a ler retrata Milão, que eu tão bem conheço. Mas já não me lembro de quase nada.

A prova dos nove aproxima-se. Vai ser a primeira vez que lá volto. E só. Andei a adiar, mas quem vou visitar merece. E é já daqui a duas semanas.

E agora, adeus, que tenho uma prima que se vai enforcar este fim-de-semnana! E eu vou assistir de pé. E com a cabeça erguida, a fazer jus ao meu nariz empinado.

Notinha: faz hoje um ano que combinei jantar com ele, pois sentia a minha falta. Eu aceitei, porque iria aproveitar para colocar o ponto final. Como surgiu um convite simpático para o mesmo dia, achei que numa horita conseguiria resolver o assunto. E assim foi. Após o chuto no traseiro, fui curtir para a festa da FHM. No dia seguinte... começou o período negro.

quinta-feira, março 29, 2007

Arghhhh!

No ano passado, fui pedida em casamento duas vezes.

Ontem à noite, recebi três pedidos.

Hoje... tive medo de sair de casa!

quarta-feira, março 28, 2007

Para ti, minha querida

Se soubesses a alegria que sinto cada vez que te vou buscar ao aeroporto... mesmo sabendo que tens o táxi pago pela empresa e que não preciso de me incomodar. Ver-te cansada, mas com a satisfação de ter voltado a casa. Abraçarmo-nos enquanto dizemos uma à outra “gosto de ti, minha querida!”, acendermos um cigarro à ida para o carro, olharmos em volta não vá aparecer um gajo bom e não darmos por ele (sim, aquele que estava à porta ontem tinha o seu quê, mas era a fugir para o baixito), e começarmos a tagarelar.

Todos os dias temos novidades para contar uma à outra; e quando não temos, há sempre algum tema que surge, ainda que os silêncios nunca nos tenham incomodado.

Levei meses a conhecer algumas pessoas, anos a conhecer outras, mas bastou um fim-de-semana para saber como és. E gostei de ti assim mesmo. E hoje, sei exactamente o que vais fazer e quando.

Só por ti é que me enfio num centro comercial (detesto fazer compras!), ando a ralinar pelos pisos à procura da estúpida da entrada por causa das toneladas de cacos que tinhas de comprar (mais uma voltinha, mais uma viagem! As crianças não pagam... mas também não andam!!!).

Só a ti fui capaz de ligar às horas que fossem, acordar-te e deixar-te revoltada com as minhas histórias, levando-te a duvidar se o telefonema tinha acontecido ou se terias sonhado.

Tu, que foste capaz de, numa sexta-feira, após uma semana louca de trabalho, ir ao supermercado, entrar em minha casa, fazer o jantar como se a cozinha fosse tua (a bem da verdade, até é) enquanto eu era incapaz de fazer outra coisa que não acompanhar-te com o olhar vazio, enterrada no sofá. Creio que chegaste a levar-me a primeira garfada à boca...

Tu, que me levas ao desespero, porque sabes que o meu ombro estará SEMPRE à tua disposição de cada vez que a vida te corre mal.

Tu, que em vez de tomares conta de mim, serves mais vinho no meu copo enquanto levantas o teu!


És das poucas pessoas que me compreendem... e me aceitam tal qual sou!

ADORO-TE, AMIGA! Obrigada por gostares de mim.


E já, agora, parabéns, é o teu dia, agora vamos lá continuar a preparar a festa.

Pequenas e grandes pérolas - I

Pequena pérola

Dª Actriz Principal,

Partiu-se o estendal.

Obrigado,

Santa

Este era o recado que a minha empregada, que deve ser burra todos os dias, me deixou em cima da mesa.

Quer dizer, não é que a santa (eu gosto de lhes chamar santas, mas esta já está a ganhar outro nome na minha cabeça) partiu o estupor do estendal (ainda estou para ver como conseguiu, porque o raio da barra é grossa) e ainda me agradece por cima! E como se não bastasse, deve ser mal resolvida, pois devia ter escrito obrigada em vez de obrigado. Enfim, preciosismos...
E o estendal é do senhorio.
E eu com uma máquina interinha de roupa por estender quando cheguei!

Já identifiquei dois ou três padrões na sua limpeza:
- as mesas da sala, como estão... ficam. A do centro, sempre descentrada; por acaso, até me poupa o trabalho de a arrastar para perto do sofá quando quero esticar as pernas. A outra, se tiver o cesto da fruta (artesanal, de qualidade, feito por... mim) fora do sítio, continua fora do sítio. Será que ela limpa a mesa mesmo?
- o balde do lixo da casa de banho é despejado vez sim vez não. Considerando que ela ficou de limpar a casinha todas as semanas, acho que irei proximamente usar o truque do cotonete atrás da sanita... para tirar as coisas a limpo!
- e ainda tem a distinta lata de comentar que a roupa para passar já vem muito torcida. Acho que vou ensinar a minha máquina de lavar roupa a dizer "obrigado", a ver se ela gosta...

segunda-feira, março 26, 2007

Já que ando numa onda de músicas

Voglio rinascere e essere una gatta

e diventare un po' più intelligente

e quando sbatto la faccia sul muro

scoprire che non era abbastanza duro!

Este é o final da letra de uma música que eu gostava muito de ouvir quando estava em Itália. Na altura, não prestava atenção ao que era dito. Hoje, foi uma das que o meu computador decidiu pôr-me a ouvir, no seu modo shuffle, enquanto trabalhava.

É a segunda música em dois dias que me fez parar e prestar atenção. Após isso, comecei a pensar.

Partindo da constatação que as pessoas, quanto mais inteligentes, mais instáveis são (e eu conheço muita gente), cheguei à brilhante conclusão: a altura em que eu fui mais estável, coincidiu com o período em que a minha mente andava mais adormecida.

A pergunta que me coloco é simples, mas não estou a chegar lá: mas onde é que entra a felicidade no meio desta história? Afinal de contas, não é disso que andamos todos à procura?

domingo, março 25, 2007

Será que alguma vez irei ganhar juízo?

Sim, porque não tenho dinheiro nem para mandar cantar um cego; logo, dificilmente consigo comprar… e juízo não é coisa que se encontre ali ao virar da esquina (normalmente nesses cruzamentos é mais drogas e afins).

Como raio é que irei conseguir levantar-me para trabalhar amanhã, se:

Ontem:
1. Levantei-me às 7h30 para fazer uma caminhada de 15 km na Serra de Sintra. Fiz uma bolha no dedo grande do pé esquerdo, que ameaçava prejudicar-me o resto do fim-de-semana
2. Tive mais um daqueles jantares com a minha fantástica baby-sitter, que, em vez de cuidar de mim, divide garrafas de Esporão e mais vinho a copo (aparentemente, desta vez uma garrafa não chegava…) em restaurante da moda com cozinha de autor (sim, porque quando vamos, vamos!)
3. Sítio do costume, pessoal novo, música do costume; objectivo: dançar. E a bolha no pé? Resposta: não faço ideia, não a senti.

Hoje:
1. Quase-ressaca, modo lento e particularmente estúpido
2. Acordei com a sensação de ter dormido pouco mas muito bem; ainda assim, precisava de mais
3. A minha costela de Maria-vai-com-as-outras impede-me de recusar tomar café com a minha perua favorita (nome carinhoso com que decidi baptizar a Ms. D., que de perua não tem mesmo nada, mais valia ter arranjado outro com mais piada, mas devia estar em dia de pouca inspiração) que falhou redondamente a saída de ontem e quer colocar a escrita em dia.

E soro, vende-se no supermercado?

quarta-feira, março 21, 2007

Dia da poesia

Sim, o amor é vão
É certo e sabido
Mas então (Porque não)
Porque sopra ao ouvido
O sopro do coração
Se o amor é vão
Mera dor mero gozo
Sorvedouro caprichoso
No sopro do coração
No sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas
Só meras brisas
Raras

Corto em dois limão
Chego o ouvido
Ao frescor
Ao barulho
À acidez do mergulho
No sangue do coração
Pulsar em vão
É bem dele É bem isso
E apesar disso eriça a pele
O sopro do coração
O sopro do coração

Mas nisto o vento sopra doido
E o que foi do
Corpo no turbilhão

Sopra doido
E o que foi do
Corpo alado
Nas asas do turbilhão
Nisto já nem de ar precisas

Só meras brisas
Raras

Clã – O sopro do coração
Letra de Sérgio Godinho


Ainda assim, falta qualquer coisa... ao poema. Contudo, confesso a minha total falta de jeito para a poesia, eu é mais bolos. Na prática, prefiro fazer o que gosto que, não curiosamente, é no que sou melhor. Chamemos-lhe especialização*. Ainda assim, como hoje é o Dia da Poesia... pronto, cá fica. E, convenhamos, até fica bem.

Feliz Primavera!

*Até tenho um acordo com a Santa Teresinha (não sei quem foi, mas sei que houve uma; por acaso até gosto mais de Ana Rita, mas isso não seria nome de santa de jeito): nem eu faço milagres, nem ela diz/escreve parvoíces. Estou a precisar de cafeína...

segunda-feira, março 19, 2007

Tão perto e, ainda assim, tão distante

Nos meus tempos áureos, já idos, quando era uma jovem universitária inconsciente, conheci um senhor. Para mim era um senhor, pois ele andava na casa dos early thirties. Era um homem bem-parecido, seguríssimo de si, com uma verborreia e um descapotável para impressionar meninas jovens.
Como eu era na altura.
Ainda assim, era uma pessoa muito culta e interessante, gostava de manter conversas estimulantes, demonstrando o seu vasto conhecimento que, diga-se em abono da verdade, não era pouco.

Fazia parte do grupo de férias, quando ia religiosamente para as termas. Durante 3 anos ou mais, fomo-nos encontrando e divertindo na única discoteca da terra.

Uma vez, no seu penúltimo dia de férias (última noite de copos, portanto), disse-me que cada vez que me via, sentia o Suplício de Tântalo. Perguntei-lhe o que era, mas ele não me quis contar. Chata como sou, ao fim de tanta insistência, lá me explicou.

Compreendi ontem o que ele queria dizer. Talvez porque estava preparada para isso. Como costumo dizer, mais vale tarde… do que ainda mais tarde!

Não sou masoquista, aliás, hedonist is my middle name, mas a fronteira consegue ser muito ténue.

quarta-feira, março 14, 2007

Homens

Quando vamos na onda, no dia seguinte eles já não estão nem aí.

Quando nem um beijo levam, caem-nos aos pés.
Oferecem-nos prendas.
Levam-nos a jantar e pagam. Nós reclamamos e eles acham que estamos a ser educadas.
Levam-nos a sair e pagam. Nós reclamamos e eles pensam que estamos a fazer fita.
Telefonam.
Enviam mails.
Enviam mails com fotos deles a olhar com ternura para a fria lente (para termos sempre presente os seus sorrisos, não vá uma gaja esquecer-se).
Querem combinar encontros para ontem.
Para hoje.
E, se ontem nem hoje dá, então que seja amanhã.
Adorariam apresentar-nos às suas avós.

Bom, já vi que terei de ser menos assertiva e mais agressiva.

Sim, gosto de ser cortejada, que me insuflem o ego, que me digam que o meu sorriso é bonito, que sou simpática, inteligente, interessante e sensual. Mas calma!

Porque é que me fizeste isso, se eu gosto tanto de ti?

És tu que me confortas com o calor que ajudas a emanar todas as manhãs, mal me levanto. Ouço o teu rumor suave, como quem diz “estou aqui para ti”. E assim vou despertando e me preparando para mais um dia. Sinto a água que temperas a levar para longe os sonhos de mais uma noite que acabou, pois o dia há-de começar bem com a tua ajuda.

És tu que me acompanhas até em tarefas que desempenho sem nelas reparar, por vezes com o pensamento longe, longe.

Até agora tivemos uma relação bonita, estável. Tu estavas sempre lá para mim e eu ia ter contigo nas alturas mais frias, tocava-te delicadamente, para estares no ponto que eu tanto gosto.



Puta da caldeira, porque é que ficaste sem pressão hoje de manhã? Deves pensar que gosto de tomar banho de água gelada, não? Irra! O que vale é que levaste com as mãos rudes do técnico que te pôs a piar fininho, despiu-te e fez-te a revisão, ali mesmo, a frio, como mereces!

terça-feira, março 13, 2007

Se o meu carro fosse como o meu metabolismo...

ATENÇÃO: todo este texto é apenas meio fundamentado, através de conversas com colegas ex-obesos, familiares com profissões na área da saúde e algumas pesquisas não muito exaustivas (tenho mais que fazer!) na Internet. Não é um guia nem o pretende ser. Se forem ao engano, não digam que não avisei…

No seguimento de uma troca de ideias com a Aenima e após ver posts da Florença e da CK, cá vai:

Se o meu carro fosse como o meu metabolismo, a minha carteira andava agradecida… e eu também!

Falemos de dietas, de perder peso, de diminuir o tamanho do pacote e coisas afins; afinal de contas, sou gaja e (embora não me importasse por aí além) não tenho uma ténia de 3 metros no intestino para alimentar – logo, não sou um pau de virar tripas, ainda que me tivessem acusado disso há uns meses atrás.

Para o bem ou para o mal, as dietas (prefiro chamar regimes alimentares – soa melhor e parece que dói menos) são para a vida.
Qual o sentido disto? Perdemos peso se o que comemos é inferior ao que consumimos. Matemática pura, certo?

Pois bem, eis que mudamos para melhor a nossa alimentação: mais equilibrada, muita fruta e verdura, pouca gordura e bolos, muita água, menos quantidades, mais vezes ao dia.

Após um tempo, a besta do metabolismo (esse animal que não é parvo nenhum) adapta-se, e começamos a ter um consumo basal mais baixo, fruto da nossa herança genética, ou o catano do raio que o parta.

Chegados a esse ponto, temos duas hipóteses:
- ou comemos como se não houvesse amanhã durante 2 meses, para pregar uma rasteira ao metabolismo, voltando a entrar nos eixos mais tarde (correndo o sério risco de ver o esforço a ir cano abaixo, mas aumentando de novo o consumo basal)
- ou continuamos SEMPRE a comer como se tivéssemos fastio.

A notícia mais ou menos (nem boa nem má, antes pelo contrário) é que fazer exercício ajuda:
- queimando calorias pelo exercício em si mesmo
- acelerando o metabolismo por via do aumento da massa muscular (que, graças à Entidade, gasta como o meu carro – mental note: já era altura de comprar um mais económico).

Portanto, caminhem, dancem, tenham sexo de qualidade (senão não vale a pena), o diabo a 4 e mais um par de botas. E não, não é fácil manter! Eu já recuperei umas coisitas.

Ser bem-disposta deveria obrigar a pagar imposto

Pelo menos é o que parece.

Somos um povo triste. Sombrio. Nostálgico. Mesmo quando tudo aparenta estar bem, o mais certo é ouvir um "Vou andando", ou um "Mais ou menos", ou até um "Nunca pior" cada vez que cumprimentamos alguém. É como se fôssemos obrigados a esconder a nossa felicidade, não vá acontecer algo mau de seguida e assim já estávamos preparados. Ou então é medo da inveja alheia, da dor de cotovelo.

Pois bem, aqui a je não é dessas ondas. Se me perguntam como estou, eu estou sempre óptima. Então se for um amigo giro e/ou simpático a perguntar-me o clássico "Estás boa?", adoro fazer o meu sorriso maroto nº 3 e dizer "Sempre boa!". Até já há quem o faça de propósito, começa a tornar-se uma imgem de marca.

Porra, que raio falta a esta gente? Parece que têm uma doença grave, não têm emprego (ou bracinhos para trabalhar) ou um tecto para viver! Chiça, aprendam a dar valor ao que têm!

segunda-feira, março 12, 2007

Uma coincidência não é mais do que... uma coincidência

E várias coincidências juntas, também!
Creio que me tornei céptica com o passar do tempo e deixei de acreditar que determinados cenários que se criam com uma grande fluidez não são obras do acaso; até porque, se assim fosse, o rumo teria sido diferente em muitas ocasiões. E não foi. Ponto.

Como é que vou explicar isso ao anjo que me caiu no prato da sopa este fim de semana?

Sim, é extremamente simpático, educado, inteligente e comunicativo.
Sim, temos um percurso semelhante e gostos parecidos.
Sim, partilhamos os mesmos valores.
Sim, massajou-me o ego e teve o dom de me fazer sentir uma rainha.
Até é bem parecido e tem muito bom gosto no que toca a modas.

Porra, que posso eu fazer? Ainda não deu o clique! Ainda...

De Espanha, nem bons ventos, nem bons casamentos. Quanto aos ventos, não sei, mas quem não anda lá muito virada para casamentos sou eu! Ainda...

E eu até gosto dos homens do Norte. Mas desta vez, parecia a cena do Forrest Gump, que desatava a correr e só parava quando o impediam de continuar. Mas não sei se o meu gosto ultrapassa a barreira do rio Minho... ainda!

terça-feira, março 06, 2007

Ainda assim, torci o nariz*

Pergunta que me consumiu até há cerca de uma hora atrás: será que alguém me saberá explicar a lógica da crónica desta manhã do Fernando Alves na TSF?

Pois que a Sinais de hoje começa bem, fiquei toda orgulhosa de mim mesma por ter reconhecido um excerto do 100 anos de Solidão logo na primeira frase, assim a seco.
Pensei: isto hoje promete, será uma lufada de ar fresco nesta rubrica, já que, embora nem sempre a ouça pois já estou a trabalhar, quando ouço fico sempre com a ideia que aquele espaço já foi bem melhor (tipo, a ideia que a maior parte das pessoas têm do Herman).

Após o excerto, eis que o mesmo foi repetido, por várias pessoas, uma de cada vez.
Bem sei que já passei (ou deveria ter ultrapassado) esta fase, lá para os oito anos de idade. Mas hoje não resisto a perguntar: porquê?

E tão teimosa sou, que fui procurar: eis aqui a resposta.

Ainda assim, não curti muito a crónica, ai não, não...


* É o mesmo que dizer: até poderia ter sido melhorzita.

segunda-feira, março 05, 2007

Extreme makeover - Sim, mudei o look do blog

Podia dedicar-me a arrumar a roupa e os sapatos que andam mal espalhados pelos armários lá de casa.

Podia deixar-me de merdas e começar a trabalhar como deve ser.

Podia até assumir que não é o blog que precisa de um novo look, mas, como mudei o meu há relativamente pouco tempo e até gosto deste, tenho de mudar qualquer outra coisa, né?

Pronto, ainda não está tudo (faltam os marcadores e actualizações de links, coisa e tal, como quem diz, rinoplastia e silicone nas mamas). A lipoaspiração (aquele cor-de-rosa já me estava a fartar um migalhito), as unhas, pestanas postiças e correcção dos dentes da frente (tretas da parte à direita) e a operação às varizes (parte dos comentários) não correram mal, a recuperação é lenta e com algumas mazelas - afinal de contas foi uma intervenção bastante invasiva.

Visto assim, como este aspecto, o meu estaminé até parece um estúdio de cinema de Hollywood (também pode ser Bollywood, há que reconhecer que esta sim, é a maior indústria de cinema do mundo).

domingo, março 04, 2007

Dia de reflexão

Domingo é o dia de reflexão por excelência. Especialmente quando fico por cá e tive noite animada no Sábado.

Pois hoje é um desses dias. Não produzo nada de jeito. OK, por vezes cozinho a sopinha para ter durante a semana, e arrumo meia dúzia de papeis que se vão acumulando na mesa da sala. Tomo banho lá para meio da tarde (done) e passo o tempo no sofá em navegações, zappings, livros, ou simplesmente a pensar na morte da bezerra (in progress).

Antes de ser arrastada para o cinema (típico da maior parte do pessoal, embora seja raro na minha pessoa) deixo o tempo passar, penso no que deveria estar a fazer mas que não me apetece mesmo nada (declaração de impostos é um exemplo) e, como sempre, concluo que, de entre os cenários de vida possíveis, escolhi o que me faz mais feliz.

Sou dotada de suficiente clareza de espírito para reconhecer a tremenda sorte que tenho com os pais e a irmã que me calharam na rifa - esses não se escolhem. Tenho as duas melhores amigas que alguém alguma vez poderia conhecer, as típicas gajas do Norte, que nunca me falharam.
Tenho uma centena de projectos na cabeça e vou avançando com alguns; os outros, a seu tempo, pois já aprendi que essa variável é fundamental (noutro dia de reflexão como este). Faço o que quero, sem me arrepender no dia seguinte.

Será que, finalmente, no alto dos meus 30 anos, me estarei a tornar uma mulher madura?
Bom, se retirarmos as bubas volta e meia, as saídas até às tantas, o facto de não estar a pensar ter a vidinha convencional que pensava ter há um ano atrás, continuar a ser sonhadora e algo ingénua, e mais duas ou três coisitas que não me recordo agora, a resposta é sim.
Embora a palavra madura me faça lembrar velha. Porra, vou mas é lavar a loiça, que isto já me está a fazer mal!

Olha agora, madura! Sensata, é mais isso. Claro que, com a quantidade de insanidades que aqui vou publicando, não terei muita credibilidade, mas enfim...

O jantar mais documentado de sempre

Há algum tempo que não me divertia tanto como ontem à noite (para ser mais exacta, há 2 semanas, quando fui à festa de aniversário da mana mais cool do bairro - a minha!).

A badalada janta do azeiteiro aconteceu. Na minha modesta opinião, foi um sucesso, a fazer inveja a qualquer evento que apareça nas revistas cor-de-rosa. Hoje de manhã até recebi sms da Caneças, da Jardim e da Raposo, que estão verdes de inveja por não terem sido convidadas.

Cutting short a long story:

1. Festa a cargo das duas miúdas com mais pedal que Lisboa já viu;

2. A comida estava boa, ou não tivesse sido feita por mim e pela PP (a.k.a. my personal baby-sitter); deu trabalho a preparar as entradas e as sobremesas, mas valeu bem a pena; o prato principal... estava divinal! PP, és uma cozinheira de mão cheia!

3. A bebida ficou a cargo dos convidados... TODOS levaram vinho tinto... e isso não é necessariamente mau, bem pelo contrário. Sobraram garrafas? Creio que nem por isso, but, who's counting anyway?

4. A música foi criteriosamente seleccionada, que deu azo a grandes risadas, momentos de nostalgia e grandes passos de dança; quem não se recorda de grandes êxitos como o "amor de Verão", "recordar é viver", "Maria Rita", "bacalhau à portuguesa", "eu tenho 2 amores" "amanhã de manhã" e tantos, tantos outros? Valeu a pena as horas que passei a escolher o musicol.

5. O pessoal divertiu-se e eu mais do que todos - estava hiper alegre! É giro juntar gente que praticamente só conhece as organizadoras e vê-los em saudável cumbíbio com os restantes.

6. Embora nem todos o fizessem, quem apareceu trajado, primou pela falta de gosto (objectivo principal para estas ocasiões). De onde é que surgiu aquele boné que rodou pelas cabeças de todo o people é que não sei, mas deve ser do avô de alguém... acho.

7. Foi tão de arrasar, mas tão de arrasar... que quando saímos para enfrentar a noite de Lisboa... desistimos e fomos para casa! Digamos que já era tarde.

8. Ai as fotos! Obrigada, Jolly Biafra pela excelente reportagem fotográfica. Nunca me tiraram tanta foto na vida, pena que na maior parte eu estivesse vestida de parola; caso contrário, até fazia um book.

Pode ser que tenha começado a época oficial das festas temáticas. Afinal de contas, a Primavera vem aí e com ela, a vontade de sair (ainda mais) da toca.

sexta-feira, março 02, 2007

Desbloqueador de conversa

Sabiam que 28% dos homens sofre de ejaculação precoce?*
Bom, se esta é a média, a avaliar pelas estatísticas, tenho tido sorte.
Menos mal.

Este post, assim tão directo, nem parece escrito por mim.

* Esta ouvi nas notícias da manhã na RTP. E lembrei-me agora.