quarta-feira, setembro 19, 2007

The end

Assim como o post de abertura era uma caquinha, este post – que se candidata a ser o de fecho – também não prima lá muito por coisa alguma.

Não vou mencionar as vezes que quis alterar o formato do blog nas últimas semanas, mas deixei estar.

Não irei descrever o enorme prazer que me deu escrever alguns textos (em regra, os mais estúpidos), ler outros em blogs vizinhos em que dava por mim a acenar com a cabeça enquanto pensava “é tão verdade!”, os momentos em que me divertia a ler e a responder aos comentários, alguns deles quase em tempo real, mais parecia um fórum; as pesquisas sobre os pára-quedistas e a tanga que levaram, coitados! E os momentos em que chorava enquanto escrevia. E as vezes em que pensava em algo, escrevia outro algo um pouco ao lado, e recebia comentários que não tinham nadinha a ver comigo… mas quem me leu sentiu-se de alguma forma identificado e quis deixar umas palavrinhas.

Não vou dizer que quando escrevi a reflexão sobre “para que serve o meu blog” não estivesse já a prever que, mais dia, menos dia, daria o golpe da misericórdia. Conheço-me melhor que ninguém para saber perfeitamente que, quando me meto a fazer contas à vida, é porque é para mudar… ou, sejamos honestos, abandonar. Foi sempre assim. A única conta que não fiz à vida, quando percebi que raio de vida era… fiz-me à vida!

Tive muito tempo para dedicar ao blog, este ano, até mudar de emprego; à conta disso, conheci muitos outros blogs, alguns dos quais comecei a visitar diariamente… e a comentar. Cheguei a conhecer alguns bloguistas, fiz algumas amizades; até ganhei uma gata lindíssima e tuditudo! E acho que tive tanta sorte, mas tanta sorte… que o raio da bichana dá-se às mil maravilhas comigo, faz-me uma companhia do caraças, é a meiguice em forma de gato, esperta até mais não… enfim, se fosse gente, falava! Não perdi a esperança de ensiná-la a limpar a casa e dar a ferro (dar a ferro: expressão linda! Cá está outra expressão que me faz sorrir)… só para passar o tempo, enquanto eu estou fora de casa a trabalhar… apenas para se distrair, claro!

Sinto que estou numa fase diferente, tenho muito para escrever, pouco tempo para o fazer; vontade, mas falta de inspiração. E deixei de ter tempo para fazer as visitas que tanto gosto. E eu, quando faço, gosto de fazer bem. Daí exigir tanto dos outros…

OK, na verdade continuo a querer escrever.
Desta vez para mim.
Apenas.


Não sobre o atentado que é deixar uma miúda de 12 anos ser a cara de uma qualquer fashion week algures na Austrália (para mim continua a ser exploração do trabalho infantil – e desta feita com o consentimento da mãe, que não deve ser nada parva e viu ali a sua reforma antecipada; isto até me faz lembrar o caso do pequeno Saul Ricardo, que, com 6 ou 8 anos – já nem me lembro bem – cantava “o bacalhau quer alho”, enquanto os pais deixaram de trabalhar para viverem às custas da fama do chavalo).


Não sobre aquele assunto em relação ao qual eu creio ter razão desde o início (e, neste caso, detesto que assim o seja); aquele que continua a ser notícia todos os dias, mas agora com contornos diferentes, sim esse mesmo do bolo de chocolate…


Não sobre o incómodo que me causa determinadas situações em que eu explico muito bem o que quero, vendo o projecto tal qual é, as equipas mostram-se mais que interessadas, mas depois de verem que não terão aquilo que querem mas que nunca lhes foi prometido, amuam e se tornam pouco profissionais (a minha sorte e o azar dessa gente é que: 1. conheço muito pessoal de muitas áreas; 2. o mercado em causa é muito concorrencial – torcem o nariz? Há quem não torça…)


Não sobre o fantástico jantar na passada sexta com as minhas gajas de sempre e para sempre (mana, PP, Lady Di e Ms D.) na companhia dos meus pais e da saída ao Twins em que estávamos todas a cair de sono… mas fomos na mesma beber um copo…. com água! É que não dava para
mais…


Porque se continuasse a fazê-lo, não iria retribuir as visitas como antes, responder aos comentários como antes, escrever como antes. Foi um tempo que já acabou.

Para mim é bom, tenho outros projectos!

De tudo isto, apenas uma coisa é certa: tudo o que aqui foi escrito… sou eu.
Como escreveu a Diabba uma vez num comentário “Quanto ao teu blog, se pensas que não te dás a conhecer, estás enganada, não vendes mentiras o que já é bom.”

Hei-de continuar as minhas visitas às favelas daqui do lado e às outras que não estão aqui, mas com menos frequência (como, aliás, já acontece há algum tempo). De modo que, se houver por aí um comentário tonto da Actriz Principal, provavelmente é meu!

E, claro, posso continuar a impressionar miúdos giros com a tirada “Ah e tal, sabes, eu tive um blog…” ;-)

Quanto à música… gostava de conseguir colocar o fantástico tema “Every time we say goodbye” do Cole Porter. Infelizmente, nas minhas procuras só encontro a versão de 30 segundos do mesmo (esta) e a minha outra eleita, dos Simply Red (esta). Ficou a outra música, que conheci pelas andanças neste estranho mundo.

Ci vediamo! Tanti baci (sou uma beijoqueira…)

domingo, setembro 16, 2007

Tininha passa férias na casa de campo*

Nota1: Sim, Teresa, as fotos (estas e outras) já se encontram no álbum, podes ir lá tirar a barriga de misérias...

Nota 2: Diabba, já te agradeci mais de 85 vezes esta semana? Obrigada!!!! Fora a conjuntivite e as noites mal dormidas, entendemo-nos na perfeição!


Não foi à toa que andei a treinar a bichana a andar de carro; afinal de contas, ia ao Porto por uns dias, acompanhada da última mais bela criação da Natureza,** convinha que a viagem corresse bem.

E correu. Foi um pouco extenuante para Tininha chegar e ser rodeada de manápulas que lhe fizeram festinhas até mais não, levando-a a refugiar-se no motor do carro (estava na garagem de casa, sem stresses...)




O primeiro dia foi cansativo e algo confuso, levando a estrela a adiar os compromissos sociais para o dia seguinte. Aliás, podemos ver o seu ar cansado nesta foto (nada que máscaras de pepino nos olhos não fossem capaz de resolver, claro).

Ora, após o merecido descanso (dela e não meu, ela continua a gostar de me acordar a meio da noite... várias vezes...), foi altura de explorar o quintal que tinha à disposição.



Sim, a fofura de pêlo estava um pouco receosa, mas isso durou pouco tempo, depressa começou a percorrer a verdadeira selva de relva e canteiros com flores giras. Atente-se na sua postura "rasteirinho", em que caminha lenta e cuidadosamente, sempre baixinho, baixinho, como o cãocrodilo...



Após ter assassinado umas 7 ou 8 borboletas, ter dado cabo dos nervos de Julinha (a gata oficial lá da casa) e destronado o seu lugar no coração da família (houve quem sugerisse*** trocar uma gata pela outra - Tininha ficaria no Porto e eu traria Julinha para Lisboa - devem pensar que ando a comer gelados com a testa, devem...), dedicou-se a posar para a foto:




Aproveitei a deixa e o resultado é a próxima. Não é linda?




* - O título do post foi inspirado nos fabulosos (not!) títulos dos livros da Anita...

** - Para os mais distraídos, a última mais bela criação da Natureza é Maria Albertina. Atente-se no facto de estar escrito "última mais bela" e não "última e mais bela". É que posso ser fascinada pela bichana, mas consigo admitir que há outras criações fantabulásticas. Eu, por exemplo...

*** - Esta foi a sugestão mais soft. A outra foi deixarmos a Maria Júlia a brincar no meio da VCI. Sim, não sou a única na família com um apuradíssimo sentido de humor... negro! (brincadeirinha, ahn! - o pessoal lá de casa adora e trata muito bem os animais que acolhe)

sexta-feira, setembro 14, 2007

segunda-feira, setembro 10, 2007

Futurismo

Há mais de um ano que estou para trocar de carro. Até agora tenho deixado andar, ainda que sempre de olho nas possíveis carripanas.

Já tive a panca das carrinhas (a Ford Focus andava a encher-me as medidas, sobretudo), os carritos giros (o BMW série 1 é catita), os bólides diferentes (gosto do Mini Cooper S), e muitos outros.
Com um olho na estética, e outro nos consumos, continuava eu indecisa.

No outro dia, descobri o carro que, de momento, condiz comigo. Pena que exista... em protótipo! É este... acho que se chama... hum... Peugeot 308 RC Z. Já que este só mesmo à porta doKubo e noutras mãos que não as minhas. Ainda que eu goste mesmo é deste...

Bolas!


(sim, ando ocupada... e a adorar!)

quarta-feira, setembro 05, 2007

Tininha - a fotoreportagem

Como se não bastasse a neura de ficar 4 dias trancada em casa a curar a constipação/gripe/seja-lá-o-que-for, ainda tive de desligar o telefone. Caras, VIP, Nova Gente, Flash.. ah! e, claro, a revista Maria: todas elas queriam ser as primeiras a mostrar as fotos inéditas de... Tininha!

Se ainda fosse para a Fuças... assim, sendo, achei por bem dividir com o resto do mundo imagens da elegância que se passeia pelo meu ap (ler Ah-pê, sff). Durante os dois primeiros dias, fugia de debaixo da cama para debaixo do sofá. Neste momento, exibe-se orgulhosamente pelo espaço todo (ou muito me engano, ou pensa que já é tudo dela... temos de conversar... isto de fazer racing atravessando a minha cama às 4 e picos da manhã não faz parte do regulamento, não)

Pois aqui podemos ver Tininha in the catwalk. Reparem na graciosidade com que estas patinhas fabulosas se deslocam; atentem igualmente no ar (estudado, claro) aparentemente distante com que Maria Abertina se desloca. Topa-se à légua que nasceu para isto!


Já nesta foto podemos apreciar a doçura de Tininha no seu sono de beleza. Vida de artista não é fácil e, para evitar rugas precoces, há que descansar muito. E nisso, ela é exímia...
Maria Albertina farta de fotos. E sim, é verdade, tinha sido uma sessão fotográfica extenuante (para mim, que andei de cu para o ar e a dar cabo dos joelhos enquanto tentava sacar a bichana para tirar mais uma foto...).

OK, só mais uma (tá bom, duas!), mas não quero habituar mal o pessoal:


Tininha à vontadinha. É tudo dela, mainada!

Finalmente, Tininha in the swimming pool. À sombra, como convém, após as quatro da tarde, e apenas por cinco minutos, o tempo para fotografar a beldade.
Os mais observadores terão reparado que comprei um peitoral com trelinha catita...

Pronto, só espero não estar a expor em demasia a princesa, mas há certas coisas fofas que merecem ser partilhadas. E a bichana é bem mais gira ao vivo!

domingo, setembro 02, 2007

A minha nova paixão

A história é curta: a mafarrica da Diabba (a esta altura do campeonato, quem não souber que eu adoro pleonasmos, é porque está a ler-me pela primeira vez) tentou impingir-me uma bichana. Eu ainda tentei a clássica do “sabes, o contrato de arrendamento do meu apartamento tem uma cláusula que não me permite ter animais” (ainda que nunca tenha informado o senhorio que tenho kefir em casa, mas isso é uma colónia de bactérias que até faz bem…); acrescentei a do “eh pá, vou ver o que diz o senhorio”, enquanto acreditava piamente que o mesmo me iria mandar passear. Quando finalmente consigo falar com o senhor, ele diz-me que sim, uma vez que eu nunca falhei, sou de confiança, nunca dei problemas… ou seja, ou o desgraçado teve inquilinos cadastrados antes de mim, ou anda muito enganado a meu respeito.

Concluindo: não tinha como escapar.

Ainda por cima (e só depois é que percebi) é gata de marca: Bosques da Noruega; e por cima do ainda, à borla; e a cereja no topo do bolo: é linda todos os dias! Tem um pêlo macio como nunca vi, um focinho todo putchi-pu-pu, e umas patinhas branquinhas tipo meia pé-de-gesso (mas a ela fica bem, ok?)

Sexta à noite lá fiz a lista com os possíveis nomes. Aqui devo fazer um parêntesis: não é fácil escolher um nome para um animalzinho de estimação. É que pode traumatizá-lo para o resto da vida. Eu sei do que falo…

Bom, possíveis nomes: Rebeca, Carlota Joaquina, Gurosan, Constança, Rita, Sostra Pigras Calaceira. A família ainda sugeriu nomes chiques, tipo Chanel, Gucci ou Dior, mas eu não fui na cantiga…

Ora, como a gata é de raça fina, e pertence à ninhada T, seria desejável encontrar-lhe um nome que começasse com essa letra… vai daí, tungas! Maria Albertina e não se fala mais no assunto! Quando a Diabba me perguntou qual foi a parte do “mas deve começar por T” que eu não tinha percebido, levou com um “Hello!!!! Chama-se Tininha!!!!!” carregadinho de pronúncia!


Diga-se de passagem que só mesmo a Maria Albertina é que me faz ir ao Continente ao Sábado de manhã, para comprar os apetrechos todos que ela necessita… e mais as paneleirices que meti no carrinho, como a escovinha, o brinquedinho, etc e tal.

No meio de um daqueles momentos em que quase que parecia que estava na Prenatal (sim, após isto, só me falta ter um crianço), corta-se a magia mal ouço uma senhora avantajada (estou a ser simpática) a gritar para o filho “Anda cá! Anda cá que vais apanhar!” Hum… eu não teria ido, sabendo ao que estava a ir, mais valia esconder-me e esperar que a mãezinha/senhora muito avantajada se acalmasse e mudasse de ideias…


Isto de publicar fotos na net é perigoso, bem sei. Acho que já estou a arriscar um pouco ao revelar o verdadeiro nome da princesa. Vai daí, fica esta foto; peço desculpa por estar a tapar-lhe os olhos, mas é assim que fazem nos jornais para esconder a identidade…

E como eu gosto de gatos independentes… anda, Tininha, vou mostrar-te onde guardo a lata com a tua comida; de seguida, irás aprender a mudar a areia do caixotinho; e não venhas com histórias de “ah! e tal, não consigo, porque não tenho oponibilidade do polegar”, que isso só é preciso para escrever. E, para dar autógrafos, basto eu, ok?

Já agora, como vais ficar lá por casa sem pagar renda, já te entretinhas a adiantar o meu jantar quando eu chegar tarde, não? E davas um jeitinho à casa para passares o tempo? Ou vais dar uma de brasonada?

Obrigada, Diabba!!! (ainda que por vezes pense seriamente em bater-te… por causa de ter de manter as janelas quase fechadas com este calor… limpar o caixote… imaginar a quantidade de pêlo que a tipinha vai espalhar por todo o lado… dividir o sofá… Aie!)

E continuo com uma constipação/gripe/febre/não-sei-muito-bem-o-quê-mas-também-não-tomo-nada… que não me deixa aproveitar o tempo excelente para ir apanhar Sol… raios! Mais um bocadinho e cai-me o nariz…