quinta-feira, dezembro 28, 2006

Adenda ao post anterior

Esta revolta toda surgiu por ter recebido mais dois mails, supostamente do Orkut, a dizer que o meu blog tem conteúdos de pedofilia. Links para vírus, é o que é...

Se eu ganhasse 1€ por cada mail de SPAM que recebo...

...seria uma pessoa rica (a complementar a rica pessoa que já sou).

Quando é que este pessoal percebe que:
1. Não tenho pénis nem pretendo ter (implantado, entenda-se)
2. Não quero que a minha boa/má disposição seja um estado químico. Para isso já basta o estado alcoólico meia volta, que é como quem diz, volta e meia. Logo, "Xanacses" "Prozaques" e afins não marcham goela abaixo
3. Para que é que eu iria comprar "Biagra"?
4. Sou avessa a cartões de crédito e só os uso para um de três fins: em viagens de trabalho, para efectuar compras na net, e para palitar os dentes. Tenho apenas um, porque estou constantemente a recusar os das outras duas contas bancárias. Assim sendo, porque raio insistem em oferecer-me crédito assim ao desbarato, de bancos que eu nem conheço?
5. Não estou interessada em ver beldades nuas e muito jovenzinhas na net. Logo, não me mandem mails a dizer que me faziam isto e aquilo. É que eu não sou lésbica.
6. Gosto do meu corpo tal como é e nunca iria levar a sério a possibilidade de aumentar as mamas por causa de um mail cujo título (que vai variando) seria qualquer coisa tipo "Boost your breasts".

Enfim, com os outros tipos de SPAM até posso bem, mas estes 6 deixam-me doentinha.

quinta-feira, dezembro 21, 2006

Aviso de vírus ao pessoal

Recebi o seguinte mail e não fui a única (se eu não tiver conseguido retirar os hyperlinks, NÃO CLIQUEM!!!):

"De:
Enviado: quinta-feira, 21 de Dezembro de 2006 6:19:42
Para:
actriz.principal@hotmail.com
Cc: accounts-noreply@google.com
Assunto: Recebemos uma denuncia sobre seu PROFILE no Orkut

Fomos notificados sobre, denuncias graves em seu profile, algumas delas como PEDOFILIA.
Você, tem 2 dias uteis para entrar e abrir o link a baixo para cancelar a evocação e o
pedido de cancelamento do seu orkut para cancelar a evocaçao clice no link abaixo
logo em seguida va em executar e pronto
http://www.orkut.com/profile/RP?c=-2672970687388433803&hl=pt_BR
Se você clicar no link acima e ele não funcionar, copie e cole o URL em uma nova
janela do navegador.Obrigado por usar o Google,Orkut.
Em caso de dúvidas ou preocupações em relação à sua conta, visite as Perguntas
freqüentes (FAQs) do Google no endereço
http://www.google.com/help/faq_accounts.html
Esse correio é apenas para envio de mensagens. As respostas para essa mensagem
não serão monitoradas nem respondidas."


Ao pessoal que receba mensagem semelhante, é favor não abrir, os links não são os que aparentam e trata-se dos nossos inimigos vírus.

Depois não digam que não avisei. E acreditem que fui verificar ao meu amigo Google.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Eu sabia que ias conseguir agora

E conseguiste! Já és doutora! Sim senhora, a única da casa que acabou os estudos no tempo regulamentar.

Parabéns mana! És o meu orgulho e eu adoro-te!

Agora é que vais ver o quanto a vida de estudante era boa...

Mais um ano que está a acabar

Para o próximo é que vai ser! O quê? Não faço a mínima! Só sei que este ano foi... indescritível:
1. As voltas que deu
2. Os sonhos desfeitos, novamente criados, desfeitos de novo
3. Pelos planos que foram pelo cano abaixo... duas vezes
4. As pessoas fantásticas que conheci e as que se revelaram uma bela trampa
5. Os meus maravilhosos 30 anos
6. Uma infinidade de tretas que nem merecem ser lembradas
7. Uma imensidão de alegrias que ficarão para sempre na memória (na minha memória, que muita coisa não vê a luz deste blog).

A certeza que o próximo será seguramente melhor, muito melhor. Ou seja, para o ano é que vai ser! O quê? Não faço a mínima! Mas estou confiante!

O mundo é mesmo muuuuuuiiiiiiiito pequeno

Não estou a dar nenhuma novidade. De certeza que já aconteceu a muitos encontrar exactamente quem não se quer em alguma festa; ou descobrir que o vizinho da prima da amiga foi nosso colega na escolinha primária (está sempre a acontecer)... ou que o nosso ex-possível mais-que-tudo é ex-namorado da melhor amiga da irmã do nosso ex-namorado (ok, isso já é mais difícil, mas também já cá cantou).

Agora ainda mais difícil: descobrirem que um colega da empresa mora na casa onde já habitaram e deixaram há dois anos e meio... sendo essa casa numa terreola perdida em Itália, quero ver quem supera!

Ah, pois é! Então foi assim: uma vez que os colegas italianos descobriram que existe uma portuguesa que fala a língua deles por terras de mouros, entram em contacto com a Actriz Principal, a ver se ela consegue ajudá-los a resolver SEJA O QUE FOR!
Desta feita, lá me liga um deles por causa de um assunto que nem tem nada a ver com ele. Lá ficamos cerca de 45 minutos na conversa (era um dia pacato, finalmente!) a dissertar sobre o Natal, os pratos do Natal, restaurantes bons no Norte de Itália, os 3 anos que passou na China, etc e tal. Lá lhe disse onde estive nos meus bons tempos. Depois, resolvi o problema do colega dele e fui almoçar, após emails de agradecimentos profundos.

Quando voltei do almoço tinha um mail a perguntar: por acaso não moravas na Rua XPTO? E sim, eu morava na Rua XPTO! Como raio é que o gajo sabia? Resposta: um outro colega foi morar para lá e recebia o meu correio. Lá deve ter ouvido falar de mim e juntou 2+2.

Espero bem que fossem apenas cartas da faculdade e postais inocentes...

quarta-feira, dezembro 13, 2006

Bangkok propriamente dita

Há que dizer que não fui de férias. Há que dizer igualmente que, se já ia por pouco tempo, com o atraso do voo e com 7 horas de diferença (jet lag, doença chique), menos ainda daria para ver.

O que fica são momentos e imagens.

Muita poluição! Imensa, mesmo. O céu não é azul, mas sim acinzentado. O trânsito é descomunal e fica-se horas sem avançar um metrinho que seja. Contudo, as pessoas são dotadas de uma paciência infinita. E muito simpáticas, também. Elas são, na generalidade, bonitas e graciosas. Eles também não.

Gente por todo o lado. A cidade nunca descansa, há gente na rua a toda a hora. Bancas de comida em qualquer passeio, a vender desde fruta descascada, sopas feitas na hora, espetadas, vermes fritos (argh!), tudo no meio da confusão e do fumo que sai pelos tubos de escape.

Visitei alguns templos, o Grand Palace, o mercado nocturno; andei de barco. Gostaria de ter ido ao Floating Market, mas não foi possível.

Agora, uma coisa ficou: a verdadeira massagem tailandesa! Há que desmistificar: não tem nada a ver com sexo nem sensualidade. Simplesmente, a menina que faz a massagem quase que se senta em cima do(a) massajado. É para dar mais jeito.

Para além disso, aproveitei para ter os pés massajados. Duas vezes. Excelente!

Quero ir à Tailândia novamente. Mas da próxima, que seja de férias, por duas semanitas, e quero ir às ilhas também.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Bangkok - Parte 0

Eu bem disse que tenho azar com os aviões. Senão, vejamos:

Viagem com escala de uma horita em Amesterdão. Aquilo até estava a correr bem. Partimos de Lisboa a horas, aterrámos a horas, embarcámos no voo seguinte a horas e partimos a horas.

O mal de não levar relógio é não fazer ideia de quanto tempo passou. Para além disso, tomei um comprimido para o enjoo, que me deixou K.O. de sono. Quase sem dar conta, o João Pestana já se tinha sentado ao meu lado. Portanto, ao fim de, sei lá, uma hora, o comandante informa que temos um problema numa das portas e que temos de voltar para trás*. Nada de pânico, simplesmente não seria possível corrigir a situação com o avião em andamento. Teríamos de gastar combustível e, pasme-se!, largar algum ao mar! Fiquei para a minha vida! É que ainda são algumas toneladas de gasolina, ou gasóleo, ou lá que raio seria. Isto deve criar um problema ambiental dos grandes, mas seria efectuado como medida de precaução, pois era um Boeing 747 (mesmo muito grande e muito pesado).

O que se seguiu após a aterragem foi uma pouca-vergonha, to say the least. Quem quisesse, saía para a sala de embarque, lá nos deram um sumito de laranja horroroso e uns bolitos holandeses de amêndoa, cada um deles devia ter mais calorias diárias necessárias ao normal funcionamento de uma pessoa mediana. Comi 3 (tinha fome e sono e estava a ver a minha vida a andar paratrás).
O problema seria resolvido depressa. Aparentemente. A realidade foi outra: estamos quase a conseguir; ops, afinal precisamos de outra peça, está a caminho. Se calhar temos de mudar de avião. Mas isso leva cerca de 3 horas. Ah e tal... às 2 e meia da manhã (ao fim de quase 5 horas!!!) lá adiaram o voo para o dia seguinte, às 3 da tarde.

Conclusão: se já ia por pouquíssimo tempo, ainda atrasei mais um dia; em vez de ficar num hotel 5 estrelas em Bangkok fiquei na porcaria do Ibis perto doAeroporto, sem sequer poder aproveitar para visitar as coffee shops (só por curiosidade, que não iria matar esta gata).

* O discurso do capitão explica a correria de TODA a tripulação para o fundo do avião pouco depois de termos descolado. Lembro-me vagamente de ver o pessoal de bordo a correr, de comentar com o meu colega que devia haver algum terrorista no meio dos restantes passageiros, de me ter rido com a minha própria graçola (sou um público fantástico) e de voltar a cair num sono profundo por causa do comprimido para o enjoo.

terça-feira, dezembro 05, 2006

E entre duas viagens, descubro cada coisa!

Fiquei fascinada com o Tango Argentino. Que não hajam dúvidas quanto a isso. Mas (há sempre um, certo?) fui, digamos, como explicar... bom... OK, fui a uma discoteca de Kizomba (este link tem som, é só para avisar, depois não digam ah! e tal, o meu chefe reparou) na margem Sul.

Digamos que não terá o ambiente do BBC, ou nem do Lux ou do Plateau, mas dança-se! Beeeeem, descobri que sei dançar Kizomba mas não sabia que sabia. E, pelos vistos, até me mexo bem. Fiquei cliente. E tenho par para as próximas danças (acho).

Só tenho um pedido: da próxima vez vamos a um sítio mais perto…

Argentina - Parte 2 e última...

...até porque entretanto já fiz muita coisa e o blog anda muuuuiiiiito atrasado.

Voltando ao tango argentino: bom, o segundo pianista era cá um pão! E tinha 4 pares a dançar com emoção, aquilo é que era, fiquei mesmo fã!
Ah, e também tinha um grupo que tocava música andina lá pelo meio (e muito bem, diga-se de passagem).
Pois e haviam outros cantores, sendo o equivalente em português: a Maria da Fé, o Marco Paulo e uma senhora que era igualzinha à Betty Grafstein, mas sem o Castelo Branco e com os tornozelos tão inchadinhos, coitada... que para descer as escadas precisava de apoio. Dá-me a ideia que os sapatos não poderiam ser tirados dos pés, sob pena de nunca mais lá encaixarem.

Após Buenos Aires, seguiu-se Ushuaia, a famosa Terra do Fogo. Para quem não sabe (como eu não sabia) é a cidade mais austral do mundo. Fica abaixo do Estreito de Magalhães, pertinho do Canal de Beagle.
Andei no comboio do Fim do Mundo, vi o Parque Natural, cheio de coelhinhos e castores (que, entretanto, se tornaram uma verdadeira praga), dei uma volta de catamaran para ver leões marinhos e mais umas avezitas (mas essa parte até foi uma seca, pois estava um tempo péssimo e os animais tresandavam a peixe), enfim, o contacto com a Natureza.

Ah, e a especialidade daquela zona: marisco… que peninha! E também cordeiro, mas isso é que eu não gosto mesmo nada. Escolhi o marisco.

Seguiu-se a viagem de avião até El Calafate. Eu tenho azar com os aviões, e a prova até seguirá num próximo post. Desta feita, foram todos lá à frente… menos eu! Ainda por cima, ao lado de um franciú que tinha um cheirinho… socorro! O que vale é que havia um lugar vago mais lá à frente e eu mudei-me, evitando desta forma o enjoo que seguramente iria sentir se estivesse mais 15 segundos a suportar aquele smell.

Lá estive dois dias a ver os glaciares (Perito Moreno, Upsala e Spegazzini). Fabuloso! Indescritível!

Nos últimos dias estive em Puerto Madryn, onde vi fantásticas baleias (baleia franca austral) e pinguins (de Magalhães)! Foi simplesmente fantástico! O guia era uma enciclopédia ambulante, explicava tudo e mais alguma coisa. Até nos falou mais sobre Buenos Aires do que a guia que tivemos lá.

Aqui termina o relato das férias na Argentina. Agora tenho de ganhar coragem para dedicar umas linhas à curta passagem por Bangkok na semana passada.

domingo, novembro 26, 2006

Argentina - Parte 1

Buenos Aires seria facilmente confundida com uma capital europeia. A cidade é bonita, com edifícios bem conservados, cosmopolita, pessoas bem arranjadas e muito simpáticas. Só a raio da guia é que era burra e só falava em sítios para fazer boas compras (será que tinha comissão em algumas lojas? Nããããã!).

No primeiro dia… OK, íamos às compras. Quer dizer, fomos. Mas antes, demos uma “granda” volta. Quem é que teve a ideia peregrina de deixar a minha rica mãezinha liderar as tropas (aka, parte do grupo) com o mapa na mão? A verdade é que tem imensas qualidades, mas o seu sentido de orientação é, digamos, fraquito. E também não ajuda nada não saber ler mapas lá muito bem.

Contudo, até foi bom, fomos parar a Puerto Madero, vimos a Ponte das Mulheres; enfim, fomos para Sul por Sudoeste, ou qualquer coisa do género, que eu nem o mapa tinha na mão e ia para onde me levassem, afinal de contas estava de férias, e eu de férias ando (ainda mais) bem-disposta.
Passámos a famosa e recente Ponte das Mulheres, vimos as esplanadas dos restaurantes, os barquitos, e lá seguimos para o centro.

Tomámos café no famosíssimo Tortoni. É muito bonito e típico.
Vimos outros edifícios importantes, praças e ruas bonitas, um regalo para os olhos.
E sim, fizemos compras. E jantámos muito bem (carne argentina). E bebemos ainda melhor.

No dia seguinte, fizemos um pequeno tour em que, entre outros lugares, visitámos o bairro La Boca. Simplesmente fantástico! Uma animação impressionante, casais a dançar o tango na rua vestidos a preceito, feiras de quadros e recuerdos, casas pintadas com cores alegres.

À noite, depois de um jantar muito (mas mesmo muito) mal amanhado num sítio a que só fomos porque estava no programa (sim, porque se soubéssemos que era aquilo, teríamos preferido até umas sandes de coiratos), assistimos à verdadeira noite de Tango Argentino, no Viejo Almacen. Isso sim! Depois de assistir ao espectáculo, a minha nova definição de tango argentino é: sexo na vertical! Sensual, poderoso, forte, cheio de energia. Onde é que posso ter aulas?

O post já está longo. Tenho de condensar o resto sob a forma de lista, senão nem o pai morre nem a gente almoça…

sábado, novembro 25, 2006

Argentina - Parte 0

A pedido de duas ou três famílias, então cá vai:

A partida não foi fácil. O título deste post, que pouco tem a ver com a Argentina em si mesma, poderia ser:
Portugueses no embarque em SBY? Que raio de lugar é esse? Ou,
Ensaio sobre o chinfrim que um grupo mais ou menos decente consegue fazer, ou,
Ou vamos todos ou o avião não descola…

Assim que chegámos ao aeroporto e nos encontrámos, a prioridade foi dada ao pequeno-almoço. O check-in viria assim que os nossos exigentes estômagos estivessem confortavelmente recheados. Até porque tínhamos imenso tempo… mas essa parte, pelos vistos, era discutível.
Faríamos escala em Madrid, mas o check-in seria directo com saída em Buenos Aires. A antipática senhora que nos atendeu começou a comentar que já estávamos atrasados e que deveria fazer tudo com pressa (grande mentira, tínhamos tempo cumó caraças). Lá nos deu os cartões de embarque. O MPDMU (Melhor Pai Do Meu Universo – para não criar conflitos com a CK) lá reparou que não tínhamos lugares atribuídos para o voo seguinte. A burra da senhora disse que nos seriam atribuídos no balcão de embarque lá na terra dos nuestros hermanos. Na nossa inocência, lá pensamos que seria normal e que o resto do grupo teria bilhetes semelhantes.

Chegados ao ponto de efectuar o segundo embarque, somos barrados, dizem-nos que estamos em stand-by (daí o SBY no cartão de embarque), que o voo tem overbooking, que temos de esperar até os restantes passageiros entrarem, e que depois se veria. Foi nessa altura que percebemos que éramos só três nestas condições, o resto do grupo tinha assentozinho para os rabinhos.

Lá tivemos de esperar que todos entrassem. Entretanto, o resto do grupo, do outro lado, à nossa espera, recusava-se a entrar na manga sem saber o que nos poderia acontecer. Só sei que, a páginas tantas, estava a minha família a dizer que não tinha jeito nenhum, que deveria haver lugares para nós, que estamos num grupo, que temos actividades programadas, etc e tal, rebeubéu pardais ao ninho. Metade do pessoal de terra a explicar que, por lei, podem vender até 10% mais de bilhetes, que nos colocariam no próximo voo (nessa noite ou na manhã do dia seguinte), e a outra metade a tentar mandar o resto do grupo para o avião. Chegaram a ameaçar chamar a segurança do aeroporto. E eu caladinha…

Depois de todos os passageiros passarem, lá começaram a dizer os sobrenomes dos passageiros que ainda não tinham embarcado. O grupo estava tão fulo, que só eu dei conta de terem mencionado o nosso. Lá entrei em acção, confirmei os nomes… e embarcamos.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Adenda ao post anterior

Há algumas listas que não gosto, nomeadamente a das compras do supermercado (lá vou eu carregada com os sacos elevador acima) e a de prendas a comprar no Natal.
E eis que o mesmo se aproxima. E as lojas estarão cheias de compradores ávidos. E os centros comerciais cheios. E eu, como sempre, sem saber o que comprar ao pessoal. E com orçamento limitado. Porra, acho que este ano irei comprar as prendas pela net. Agradeço sugestões de sites interessantes.

Já disse: não tenho tempo!

Como eu gosto de listas (e não sou a única, mas esta é uma private joke), temos o seguinte:
1. Estive de férias duas semanas (sim, fui à Argentina e ok, irei desenvolver)
2. Por causa disso, tenho trabalho até dizer chega
3. Irei a Bangkok para a semana (em trabalho)
4. Por causa disso, tenho trabalho até dizer chega
5. Ainda ando cansada e com sono por causa do jet lag
6. Não ajuda quando se tem trabalho até dizer chega
7. Tenho uma vida pessoal ocupada e Sábado foi de arromba
8. Por causa do ponto anterior, deitei-me à hora a que me levanto para ir trabalhar (e, como já mencionei, tenho trabalho até dizer chega)

Posto isto: talvez amanhã faça um update decente.

Um beijinho muito especial à minha baby-sitter, que está doentinha. Miúda, põe-te fina depressa!

quinta-feira, novembro 16, 2006

Voltei, voltei!

Ai que férias fantásticas! Estava mesmo a precisar...

Pontos principais:
1. Consigo andar sem telemóvel e sem relógio (este último já não uso há cerca de 3 anos), mas não consigo deixar de ler os mails sempre que possível (incluindo os do trabalho);
2. Alarguei os meus horizontes, enriqueci-me culturalmente, vi terras lindíssimas, paisagens fabulosas e animais fantásticos;
3. O vinho argentino é óptimo e comida também (mental note: ir ao ginásio ASAP!!! - já cá vão mais quase 4 quilinhos... ainda assim, não estou nada mal);
4. Reparei que a vida continua por cá (olha a novidade!), mas que, mais coisa menos coisa, vai dar sempre ao mesmo ponto (não irei desenvolver este tema...);
5. Tive o azar de apanhar o início do mau tempo assim que me meti no carro para voltar para Lisboa: chuva o tempo todo, desastres na A1 a cada 50km.

Enfim, de volta à vidinha agitada. No emprego nem sei por onde me virar, ainda agora cheguei e daqui a uma semana já vou outra vez para fora, desta feita em trabalho (não se pode ter tudo). Resmas de mails para ler, assuntos pendentes para resolver, apresentações para tratar... isto vai ser bonito, vai.

Ainda por cima, a minha baby-sitter tratou de preencher a minha agenda social até quase mais não poder. Estou-lhe muito agradecida!

To sum up: estou de volta! E sim, para alegria de muitos!

segunda-feira, outubro 30, 2006

Ora então, boas férias!

Para mim, claro!

Agora que enraiveci os meus poucos leitores (tirar férias quando todos os outros já as fizeram tem destes efeitos, bem sei), devo referir que:
1. Praticamente não fiz férias este ano
2. Trabalhei muito e são merecidas
3. E mai nada, que não tenho tempo para grandes listas, entre preparar a mala e arranjar-me para ir tomar café - sim, tenho compromissos sociais (chamemos-lhe assim) até quase à última.

Posto isto, só terão notícias minhas lá para meio do mês, quando voltar, com as baterias (ainda mais) carregadas e um sorriso de orelha a orelha.

sexta-feira, outubro 27, 2006

O padrão repete-se

Mas agora passou para a Quarta e não à Quinta... que acontecem coisas boas (bolas, será que tenho de explicar tudo?).

A companhia excedeu largamente as minhas expectativas; o jantar foi longo, tranquilo, fluido e muitíssimo apreciado. A saída foi excelente.

Resultados:
1. Dormir 4 horas e ir trabalhar que nem uma moura
2. Passar o dia a sorrir
3. Rir-me de qualquer palhaçada (ainda mais do que o normal)
4. Ter o ego massajado e insuflado

A repetir. Seguramente.

terça-feira, outubro 24, 2006

Olha, olha! A Floribella passou para a TVI!

Lá estou eu a precipitar-me de novo. Ainda por cima, sinto a obrigação moral de limpar a minha imagem. Sim, porque ter a fama e não ter o proveito não é bom, embora não esteja a ver bem que gozo posso obter vendo essa novela. A verdade é que nunca assisti a um episódio inteiro. Nem meio, mesmo. Foi só a fazer zapping. Nem conheço o enredo. Mas não me fascina. Eu é mais Fox e AXN.

É no que dá ficar em casa e ter a TV ligada no canal errado a fazer ruído de fundo. Quando dei conta, estava a estrear a Floribella II, perdão a Doce Fugitiva (chiça, estou mesmo impressionada com a Wikipedia – será que já escreveram lá os números do próximo Euromilhões?).

Confesso que gostei do seguinte:
- A Rita Pereira (que faz de Estrelinha) é mais bonita
- O rapazinho por quem se vai apaixonar (ops, acho que já estou a contar o fim e ainda agora começou) é mais bem-parecido que o outro
Não posso alongar a lista porque não conheço a versão da SIC.

Será que se estivesse em casa no dia em que começou a Floribella teria ficado interessada? Bolas, logo agora que deixei de ver os Morangos com Açúcar

Escrever ou não escrever: eis a questão

Estive a ler o post deste blog, cujo link me foi enviado por mail hoje, lá para o meio-dia. Como já tinha saído para almoçar, li a seguir ao péssimo repasto que tenho o desprazer de degustar na cantina (ora aí está uma antítese, porque degustar é sinónimo de saborear e aquela comida é pouco gostosa).

Voltando ao assunto: não quero aqui gerar grande controvérsia sobre o Miguel Sousa Tavares, até porque nutro uma considerável admiração por ele enquanto escritor. Acredito que para escrever sobre personagens que não serão propriamente personagens, porque efectivamente existiram (passaram pelo planeta em certa altura, foram pessoas de carne e osso), seja necessário colar alguma informação retirada de algum outro registo. Mas realmente, parece um bocadinho demais! Ainda assim, adorei o Equador, que devorei enquanto o Diabo esfregava um olho (pudera, com tanta chama no Inferno, devem ser só faúlhas a entrar nas vistas).

É por essas e por outras que não creio que alguma vez eu publique um livro. É que já existe uma Margarida Rebelo Pinto (também essa acusada de auto-plágio – estaremos a entrar numa crise de imaginação em Portugal? Sinceramente não me parece, estou mortinha por ler o último do José Rodrigues dos Santos) e acho que o livro que escreveria seria um tudo-nada parecido. Semelhante. Quase, quase igual. A qual, perguntam vocês? A qualquer um deles, respondo eu. Convenhamos que os temas não mudam muito, embora eu só tenha lido dois “folhetins”. Ou seriam três?

Ora, como não há aqui factor diferenciador, não há mercado, logo, não há livro da Actriz Principal… o que é uma pena, porque:
1. Título já tem
2. Dedicatória também
3. Os agradecimentos são sentidos
4. A frase (que fica sempre bem) tem tudo a ver comigo
5. A introdução é um mimo
6. Até prólogo tem!

Só faltava escrevê-lo e dar-lhe um toque de novidade. Mas não sou jornalista nem figura pública…

Nota 1: isto de criar hyperlinks é giro!
Nota 2: sim senhora, a wikipedia está mesmo actualizada! Ainda no domingo o livro A Fórmula de Deus foi publicado e já é mencionado no site. Estou impressionada!

domingo, outubro 22, 2006

"Tudo o que é bom na vida pode começar com um café

Não fique aí a dormir."

Na Sexta passada, trouxe um postal de uma marca de café com este slogan.

É verdade que comecei algo de bom com um café; logo, a frase está correcta.
Devia era ter olhado com mais atenção para o dito ontem à noite. Porque se o tivesse feito, em vez de adormecer no sofá antes de dar o João Pestana e ter-me mudado para a cama à hora a que a carruagem da Cinderela se transforma de novo em abóbora, teria curtido cumó caraças no BBC! Burra!

Ao que parece, eram paletes de gajos giros lá. Há quem pense que podiam ser os efeitos da iluminação, porque aquilo era do melhor.

E eu? Em casa a dormir.

Mental note: não me deixar levar pelo sono... e pela chuva... e pelo cansaço acumulado. Pois, era demais.

sábado, outubro 21, 2006

Para quem não percebia nada disto...

... até estou a tornar-me uma profissional.

Pois é, decidi colocar publicidade e o contador de visitas no blog. Ao fim de 3 meses, bem sei, mas digamos que é um work in progress, continuous improvement, 6 Sigma e tal.

Um destes dias até começo a escrever posts de jeito...

Regresso a casa

E porque vim a ouvir esta música para casa (a letra, cá para nós que ninguém nos ouve, diz tudo), cá fica:

Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe

Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Ele não é de nada

Ai, Maria Rita, você canta tão bem!

sexta-feira, outubro 20, 2006

Nostalgia

Hoje lembrei-me de ti.

Segui o conselho que me deste para este dia. Contudo, não correu lá muito bem. Não importa, não fiquei interessada. Ainda assim, sempre deu para treinar um bocadito.

Gostaria de te contar os detalhes, é sempre bom falar contigo. Aliás, essa será talvez a parte que mais sinto falta. Sentia-me tão segura quando estávamos juntos, que tinha a certeza que seria assim para sempre.
Lembro-me quando me perguntaste se me sentia desconfortável com os silêncios. Disse-te que não e não estava a mentir. A tua presença bastava.

Recordo o pouco tempo que passámos juntos como se fosse tudo perfeito. E foi! Intenso, pleno de emoções, forte, como se estivesse a acontecer na altura certa. A entrega sem restrições, sem desconfiança, sem juízo, e com todo o coração.

Sigo em frente, despedi-me do que já passou. Quem vive do passado é museu.
Mas hoje lembrei-me de nós.

Retomar hábitos mais ou menos recentes

Há alguns meses atrás (sei lá, praí em Junho, ou o camandro, ou o catano, ou o caneco – sim, fui ver o Filme da Treta e recomendo) deram-me um kefir.

Lá comecei eu a tratar daquilo, a mudar o leite a cada 24 horas, e a vê-lo a multiplicar-se com tal rapidez que até os cogumelos e os chineses ficariam verdes de inveja (eles gostam do calorzinho, e o meu apartamento é um pequeno forno no Verão). Foi uma simbiose perfeita, eu alimentei-o com leite e ele deu-me “iogurte natural”, que eu misturava com cereais e chocolate e comia ao pequeno-almoço. Ainda devo ter poupado umas coroas, pois deixei de comprar iogurtes e actimeis. Gostava bastante daquela colónia de bactérias. Lembra-me os iogurtes que a minha avó fazia.

Mas tratar daquilo dava um certo trabalho: é preciso mudar o leite, lavar o kefir, não pode ser coado com um coador de metal, etc e tal. Um dia, lá desisti da ideia. Mais tarde arrependi-me.
A minha sorte é ter colegas simpáticos que me cedem um kefirzinho. Vou recomeçar a simbiose perfeita, já hoje. Prometo que desta vez vou estimá-lo, tratá-lo muito bem e este não terá o mesmo fim do anterior: sanita abaixo.
Agora que penso nisto: estava mesmo muito chateada nesse dia!

domingo, outubro 15, 2006

Estes taxistas só podem ser loucos

Tenho os meus limites. Após um jantar bem regado na Quarta, outro jantar muito alternativo ontem, e outro hoje, sinto-me cansada; confesso que não consegui ter pedal para acompanhar o pessoal até ao Plateau, fiquei-me pelo Bairro.

Como amigo não empata amigo, lá apanhei um táxi para voltar para casa. Tudo bem que esteja cansada e que queira vir para o meu canto. Mas o raio do taxista tinha mais pressa do que eu. Parecia que ia salvar a mãe da forca! 110km/h no centro de Lisboa? A fazer rali? A ultrapassar (imagine-se) outros táxis? E a mandar vir com todos os outros condutores? Chiça!

Já percebi: ele queria mesmo era ser piloto de aviões. E agora voa baixinho, como o crocodilo...

quinta-feira, outubro 12, 2006

Mulheres fortes

Fui ver o filme do Almodovar. Gostei. Muito. Recomendo. Uma vez mais, anda à volta de mulheres, fortes, com coragem para resolver problemas, ultrapassar contrariedades e seguir em frente de cabeça lenvantada.

Todos cometemos erros (e eu estou bem acima da média). A diferença é que nem todos o fazem de propósito, sobretudo quando dão SEMPRE o seu melhor. Há sempre uma luz ao fundo do túnel. Amanhã será melhor que hoje. E sim, custa muito mais quando nunca tinha acontecido antes.

Este post é dedicado a uma mulher fantástica, por quem eu nutro uma imensa admiração. Quero muito ser como ela e faço por isso. Porque é um exemplo a seguir. Porque só o facto de existir já me dá força para levantar a cabeça em momentos menos bons e ver o Sol em dias de nevoeiro. Porque é humana, em todos os sentidos que a palavra tem.
Minha querida, ADORO-TE e estarei sempre contigo. Para mim, és perfeita! Só gostava de encontrar alguém igual a ti, mas em versão masculina, s.f.f.

Tenho sono...

... ou não fosse Quinta!

Descobri um vinho novo. Não me lembro do nome, e desconfio que ainda sejam os efeitos do vinho (embora não seja nada conveniente a estas horas) que bebi ontem ao jantar.

Acho que não irei ter problemas de oxidação tão cedo na minha vida. Afinal de contas, o vinho é um poderoso anti-oxidante, certo?
E mata os neurónios mais fracos, contribuindo muito positivamente para a selecção natural, tornando-me mais inteligente (como se fosse possível - mas gosto sempre de alargar os meus limites).

Já que estou numa de auto-promoção - o blog é meu, só meu e posso escrever todas as verdades que quiser - devo dizer que devo ser extremamente competente e eficiente no trabalho. Tive a confirmação, uma vez mais, numa reunião hoje à tarde, que estive envolvida em TODOS os projectos que os meus colegas mencionaram, estarei envolvida nos próximos que andam à espreita, para além de resolver merdinhas que ficam pendentes desde o tempo da outra senhora. Agora, até em senhor do fraque dei, fui tão insistente, enviei tanto mail, fiz tanta chamada, escalei tanto, que já começam a pagar dívidas que andavam por aí perdidas há dois anos.
QUERO UM AUMENTO!

segunda-feira, outubro 09, 2006

Comprei umas calças de ganga

Fixe para ti, pensarão vocês. Mas:
1. Foi logo na primeira loja
2. Foram as primeiras que vi (embora enquanto esperava por elas tenha experimentado outras)
3. Não foram caras
4. Nunca (repito, nunca) consegui encontrar uns jeans à primeira
5. Ficam-me bem

Rápido, eficiente, eficaz. E tem mais, foi a única compra que fiz!

Deveria ser assim tudo na vida. Pena que a última que me aconteceu fosse rápida, eficiente, mas não lá muito eficaz... mas também não ando a vingar-me nas compras.

domingo, outubro 08, 2006

Por falar em moda e em quilos a menos

Amanhã vou ao outlet. Antes de começar a perder a cabeça e a gastar o que não tenho, quero ver o que há de barato. O objectivo é comprar umas calças de ganga que não sejam caras, mas que me fiquem bem. Também quero ver se há sapatos giros e uma ou outra blusa para ir trabalhar, antes de ir às lojas da moda.

Como emagreci bastante (mas já ando com um apetite brutal novamente), fico ridícula com a maior parte das vestimentas que se acumulam no armário. Bolas, como é possível não conseguir vestir a maior parte dos trapos em Março (podiam rebentar pelas costuras a quaquer momento, tive de aprender a não respirar fundo) e agora ver que não me ficam bem de tão largas que me estão! Chiça, estava mesmo gordita! Ou melhor, muito gorda, porque forte é o Tarzan Taborda. Quer dizer, estava inchada, balofa, parecia uma porca, muito luzidia, com uma pança grande e pesadona. Estava nojenta, parecia que largava gosma... bom, chega de Gato Fedorento.

Por falar nisso, vi o Zé Diogo Quintela no Lux na Sexta. E antes disso, vi umas actrizes dos Morangos com Açúcar no Estado Líquido. A Sónia Brazão (que faz de professora Julieta) é bem mais nova do que parece na novela e melhor ao vivo. Enfim, as celebridades são mais facilmente "encontráveis" na capital do que lá em cima (embora tenha visto o Rui Reininho no Pop na semana passada). Eu é que ainda não me tornei numa...

sexta-feira, outubro 06, 2006

Poll: deverei comprar o novo livro do Paulo Coelho?

Ontem foi um dia tranquilo, a contrastar com a noite de Quarta; eu bem digo que as minhas noites são bem mais interessantes que os meus dias.

Como estava em modo lento - habitual no day after a long drinking night -, só no final da tarde é que fui ao supermercado fazer as compritas em falta. Obviamente, é um erro ir ao supermercado ao fim da tarde, é seguro que se apanha a peak busy hour, mas enfim, uma pessoa tem que se alimentar, e o frigorífico não se enche com um estalar de dedos.

Tudo isto para dizer que vi, pela segunda vez, na fila para pagamento, estrategicamente colocado, o novo livro do Paulo Coelho.
Já li todos os anteriores. Foi um prazer decrescente, apenas comparado à sede: o primeiro golo sabe pela vida, o segundo muito bem, ao terceiro já se está melhor, e acaba-se o copo para não ficar meio cheio. Ou seja, a aplicação prática da lei dos benefícios marginais decrescentes: vai-se gostando sempre, mas cada vez menos do que na vez anterior.

Ainda assim, subsiste a dúvida: deverei comprá-lo ou nem por isso? Como está claro, enquanto esperava na fila pela minha vez para pagar, lá fui lendo a contracapa, a introdução, etc. Acho que vou passar a ir ao supermercado àquela hora, para poder ir lendo mais uns bocaditos. Afinal de contas, quero ser uma compradora informada! Isto se o comprar...

quarta-feira, outubro 04, 2006

Tinha muito por onde ir, mas fico por cá

Há já mais de uma semana que sei que os planos para este fds foram ao ar. Azarito, a vida continua. Entretanto, vi as várias opções:
- ir ao Porto
- ir passar um fds (demasiado) tranquilo na aldeia
- ir ao Algarve visitar amigos
- espetar facas nas costas em casa
- arranjar um programa para o fds e ficar por cá

Pois é, se afinal de contas Lisboa tem tanto para oferecer, porque não? Foi-se a ver, e já tenho é que arranjar uma secretária para me agendar os tempos livres. É que eu não me chamo Santo António - não consigo estar em dois ou três sítios ao mesmo tempo. Será que a minha baby-sitter não se importa de acumular funções?

segunda-feira, outubro 02, 2006

A diferença que faz passar a noite nos copos...

... com água!

Tenho o meu quê de tresloucada, pois só me apetece sair e dançar. Mas sou consciente, e estive bem à rasca na semana passada. Para além disso, sei que é passageiro; logo, mais vale aproveitar.

Ora vamos lá ver:
1. Três dias enfiada em casa com o organismo em modo automático de limpeza
2. Sem o giraço (the famous hit and run)
3. Ao quarto dia vou ver pessoal num palco a fazer nem sei bem o quê (é verdade, liguei à minha prima e houve mais pessoal a aguentar até ao fim - quase que juro que serão os amigos dos bailarinos!!!)
4. Precisava de repor o nível de líquidos (a dormir não dá)

Então, nada melhor que:
1. Sair na Quinta
2. Sair na Sexta
3. Sair no Sábado

Mais do que isso: acordar nos dias seguintes bela e fresca! Para isso, basta beber água a noite toda.

Acho que vou passar a fazer isso de vez em quando, mas não esta semana... é que também tenho de repor os níveis de minerais no corpinho, que já estão a fazer falta...

domingo, outubro 01, 2006

Ainda a propósito do ballet moderno

Aquilo foi assim:

Começa a música. Entra o encenador (baixinho e corcunda) muito devagar, caminha até ao centro, olha em frente, e com a maior das calmas chama um nome. Essa pessoa aparece, muito devagar, e coloca-se ao lado do encenador, também virado para a frente. O encenador chama outro nome, outra pessoa aparece, muito devagar, e coloca-se junto ao encenador virado para a frente. Isto com DOZE pessoas!
Primeiro pensei: Que seca! Depois pensei: OK, foi a apresentação.

Mas os gajos ficaram ali, especados, a olhar em frente durante uma eternidade! À 15ª música, o encenador começa (muito devagar, já se sabe), a dar pequenos passinhos para trás. Isto levou aí uns 3 minutos. Depois, os outros artistas, cada um ao seu ritmo (devagar, claro está) começaram a dar uns passinhos para trás. E eu a ver a minha vida a andar para trás!

Respirei fundo. Olhei para os lados. Duas pessoas já dormiam.

O encenador pega num recipiente de vidro com água, noutro sem água, e numa concha de sopa de madeira. Um tipo aproxima-se para lhe serem lavadas as mãos. Após isso, fica ele com a concha e aproxima-se outro para lhe serem lavadas as mãos. Após isso, fica ele com a concha, etc e tal... DOZE vezes! E eu já a agitar-me na cadeira.

Formam-se 4 grupos de 3 pessoas, sentadas no chão... a brincar com berlindes. Isto foi coisa para aí umas 5 músicas. Volta e meia, algum se levantava e trocava com outro. Tudo isto, já se sabe: com a maior das calmas. E eu já com um nervoso miudinho a subir-me à garganta...

Respirei fundo. Olhei para trás. Já havia desistentes a dar o bazo.

Bom, não vou continuar com a descrição. Aguentei pouco mais de uma hora. Fiz a boa acção do ano.

sexta-feira, setembro 29, 2006

As minhas noites de Quinta são muito melhores que as minhas manhãs de Sexta

Ou: let the force stay with me (há que adaptar as frases às situações)

Tenho uma prima relativamente afastada, da geração dos meus pais, com quem convivo de vez em quando, e quase sempre à quinta-feira.
Lá nos encontrámos, desta feita para ver uma peça de ballet moderno (“que seca!”, disse-me o meu pai ao telemóvel, quando lhe disse o que ia fazer nas 3 horas seguintes).

Questões até agora:
1. Três (3) horas de ballet moderno? Já agora, porque não um dia inteiro, hum? Eu, pelo menos, estou sentadinha. Que raio é que farão aqueles tipos em TRÊS horas (com intervalo);
2. O meu pai avisou-me. Mas eu já tinha dito que sim, não podia dar o dito pelo não dito, que sou uma mulher de palavra; será que eu iria gostar?
3. A minha baby-sitter não quis ir. Será que ela sabia?

Não vou relatar a hora que assisti, porque já me está a dar o nervoso miudinho só de pensar naquilo. Aguentei heroicamente (ou seja, não adormeci) pouquinho mais que uma hora! Delicadamente, pedi desculpas à minha prima, disse-lhe que me ia embora, e fui espetar facas nas costas até à saída. Não fui a única, houve mais pessoal a desistir antes de mim; aliás, vou ligar à minha prima para saber se ficou alguém até ao fim (para além dela, que até parecia estar a gostar).

E como era quinta-feira... e já estou a sentir-me bem fisicamente, vamos lá apanhar uns ares nuns bares fixes em Lisboa! Com boa companhia, lá passei um serão agradável em sítios bem escolhidos.

quarta-feira, setembro 27, 2006

Post dedicado à CK-Cilinha

CK filha, fico muito satisfeita por me incluires no teu leque público de amigos neuróticos. Acredita que sinto-me muito lisonjeada!

Contudo, se queres saber, acho que devias mesmo era criar uma parte para os amigos muuuuiiiiiito neuróticos e convidar-me para Presidente do Conselho de Administração, Presidente do Conselho Fiscal, Accionista Maioritária, CEO, CFO, CMO, Quadro Médio, Colaboradora, Vogal... e o que mais por aí houver. Sou versátil e o trabalho não me assusta.

Não é armar-me em especial de corrida, é só porque gosto de manter as minhas múltiplas personalidades à tona.

E amanhã, quinta-feira, irá começar... um novo começo

Desculpem o pleunasmo, mas desde que Camões usou o “vi claramente visto” e aquilo até resultou, também eu posso dar umas pequenas calinadas. Convenhamos que até acrescenta um certo charme à coisa.

O bom da vida reside nas imensas oportunidades que temos de começar de novo.
O mundo foi feito para os fortes.
Existe uma imensidão de pessoas incrivelmente interessantes à nossa procura e nós nem damos por elas.
A mudança começa em nós.
A luz ao fundo do túnel é muitas vezes um comboio na nossa direcção; contudo, a experiência diz-me que a seguir vem algo ainda melhor.

Como diria uma senhora que eu nem conheço, mas já a admiro: “O que se faz quando se perde um comboio? Apanha-se o seguinte!”.

Acho que irei reler este post muitas vezes. É que a mentalização também tem tudo a ver...

terça-feira, setembro 26, 2006

Será vírus? Seria o álcool? Fui ver: ainda não sei

Bom, vamos esquecer o balde de água fria que levei ontem. Pelo menos é bom saber que existem pessoas correctas no mundo para além de mim e de mais meia dúzia de iluminados que tenho o prazer de conhecer.

Ainda não consegui perceber que raio é que me está a acontecer, mas parece que o meu organismo anda a querer fugir pela saída de emergência. Estou há dois dias com a maior gastroenterite de que tenho memória. E, pelos vistos, é geral. Não só na semana passada metade dos colaboradores da ilustre empresa onde trabalho passaram pelas mesmas dificuldades, como esta semana, outros coleguinhas e até pessoas que não têm rigorosamente nada a ver com a empresa andam com as calças na mão.

É que é mesmo muito desconfortável, a verdade é que nem consigo trabalhar decentemente e tenho de vir para casa de quarentena. E já lá vão 48 horas nesta brincadeira...

Ontem, com a febre e todo o mal-estar, achei por bem ir às urgências. Paguei € 8,50, fiquei à espera cerca de uma hora e meia, tinha prioridade baixa, ouvi aquilo que não queira ouvir (mas isso já é pessoal) e estava sentadinha (quetinha, pois àquelas casas de banho EU NÃO VOU!!!) ao pé de um senhor com uma fita da côr da minha (verde), a dizer para quem quisesse ouvir (e também para quem não quisesse: eu) que já lá estava há 4 horas! Conclusão 1: foi um programa alternativo para não se repetir. Conclusão 2: desisti e voltei para casa sem ser atendida.

O bom disto é que irá passar. Se eu fosse feia, já seria outra história...

quinta-feira, setembro 21, 2006

Que semana!

A partir de agora, as minhas semanas começam e acabam à Quinta. Sim, tenho a mania de ser diferente! Não é de Segunda a Domingo, como para o resto da malta ocidental. Senão, vejamos:
- foi numa Quinta que tive a distinta lata de dar o primeiro passo (e que passo!) e convidar o giraço, a.k.a. homem perfeito para tomar café;
- foi na Quinta passada que fiz 30 anos e tive a festa-surpresa da minha vida. Só depois é que encaixei alguns detalhes que não estavam a bater lá muito certo, mas enfim, caí que nem uma patinha! É no que dá ter uma baby-sitter e uma mana fabulásticas...
- hoje, Quinta-feira, acordei cansada como se fosse Segunda de manhã.

Por falar em acordar cansada: já me aconteceu de tudo, até já vi um porco a andar de bicicleta, mas nunca pensei que iria ser acordada com o telefonema do chefe do homem mais lindo do mundo (divide o título com o meu pai), que estava à espera dele há meia hora! Acho que o despertador não tocou... ou tocou muito baixinho.
Mental note: não me meter nos copos, não entrar na ideia louca de ir sair quando já estamos todos bem bebidos e, sobretudo, não comer (nem deixar que ele coma) maracujás e gengibre como se não houvesse amanhã. É que o amanhã foi hoje. Mas até pensei que poderia ser pior. Vou dormir...

quinta-feira, setembro 14, 2006

E porque hoje é um dia especial

Esqueçam tudo o que se diz sobre o 30º aniversário, pois:
1. sinto-me melhor do que nunca
2. não me estão a nascer papos debaixo dos olhos nem rugas na cara toda automaticamente
3. o futuro sorri-me e dou por mim a sorrir para ele
4. não tenho a insegurança dos 20 nem o físico dos 40
5. estou rodeada de pessoas fabulosas e as que estão longe já me ligaram, ainda que nem as tenha visto este ano
6. estou a começar uma nova fase da minha vida MUITO bem acompanhada

A partir de hoje, sei que posso sorrir e dizer com orgulho: tenho 30 anos! Até porque ninguém mos dá...

segunda-feira, setembro 11, 2006

FCP vence por 3-0 na Luz

Poderia ser a manchete dos jornais desportivos de hoje; se calhar até é, mas não os compro e os links estão vedados no lugar de trabalho.
Se calhar até nem é, porque é altamente tendencioso. Ora vamos lá ver:
- o Porto ganhou na Luz
- mas não estava a jogar contra o Benfica
Enfim, o Estrela da Amadora levou 3 secos, mas também pode sempre dizer que não estava a jogar em casa. Ora aí está outra frase tendenciosa:
- o Estrela marcou o primeiro golo, mas o miúdo estava confuso e marcou na sua própria baliza (para os mais distraídos, isto chama-se auto-golo)
- o jogo decorreu como se fosse o Estrela a jogar em casa.
Ainda assim, creio que tinha mais adeptos do Porto do que do Estrela.

Ah, e fui assistir ao jogo – afinal de contas, faz parte da cultura geral de qualquer português entrar na “catedral da Luz”, quanto mais não seja para falar mal, e eu falei. Como acho que me portei muito bem, tenho quase a certeza que estou convocada para ir assistir a mais... mas no Dragão, se faz favor, que o meu estômago é delicado.

quinta-feira, setembro 07, 2006

Universos paralelos

Há poucas semanas atrás, experimentei um joguito online (www.ogame.com.pt). Escolhi um universo (o mais recente, que eu gosto é de acompanhar as últimas tendências) e cá vai disto.

O problema é não haver muitas instruções acerca de como jogar, mas convenhamos que é bastante intuitivo.
Comecei por criar a planta de energia solar (sim, que o meu planeta é muito ecológico), para depois criar as minas de carvão (pressionado no ponto certo, ainda pode chegar a diamante) e de cristal (quero abrir uma loja da Atlantis, que é para dar uma de chique).

No dois dias seguintes, lá continuei a construir minas e sintetizadores de deutério (que não faço a mínima ideia do que é, mas acho o nome giríssimo). Bom, nem imaginam a quantidade de mensagens que recebi! Fui valentemente assediada para entrar em alianças, ah, e tal, vais ver que juntos iremos vencer este jogo, blabla, temos os melhores jogadores. Ora, como não dou letra assim sem mais nem porquê – para mim assédio e alianças são palavras demasiado sérias para serem inseridas em jogos online – deixei-me ficar. Moral da história: comecei a ser invadida e saqueada; o meu planeta, não eu.

Perdi o interesse. Mas volta e meia ainda lá passo. Normalmente, no intervalo dos Morangos com açúcar...

quarta-feira, setembro 06, 2006

A vida não chega

Ora cá está uma música linda, com uma letra ainda mais bonita. Sinceramente, nunca prestei atenção às lyrics, sempre fui pela melodia: gosto, ou não gosto. Ponto.

Mas esta... tem qualquer coisa. Ou eu é que estou com qualquer coisa. O que é uma possibilidade.
Sim, porque isto de achar que os dias andam mais bonitos, que as pessoas são mais simpáticas, que a vida flui mais tranquilamente, só pode querer dizer uma coisa: eu é que ando nas nuvens! (Nota química: cheguei a esta conclusão porque não tomo aqueles comprimidos que anunciam nos mails de spam; caso contrário, desconfiaria disso…)

terça-feira, setembro 05, 2006

Depois da tempestade, virá a bonança?

Às vezes não sei se serei ressabiada, pois há coisas que não esqueço, ou não ultrapasso. Outras vezes, tenho a certeza de ser dotada de uma fabulosa memória selectiva: não é que só recorde o que quero, é mesmo fechar o capítulo, para me recordar mais tarde como algo muito distante, até parece uma história que ouvi contar.

Após 3 semanas recheadas de acontecimentos que não lembram ao Belzebú, plenas de coincidências que nem nas novelas da TVI (outra vez essa estação – não, não tenho contrato com eles... ainda), estou a iniciar uma nova fase da minha vida, penso eu de que...

Como ainda ando em fase de testes, é melhor nem me alongar. Mas o giraço está a sair-se ainda melhor do que a encomenda! Bendita lata a minha, foi mesmo um golpe de inspiração.

segunda-feira, agosto 21, 2006

Afinal já não mereço Oscar nenhum

Quando dizia que a minha vida dava um festival de cinema, achava que estava a brincar. Quer dizer, o facto de me rever em 48 personagens das novelas da TVI só quer dizer duas coisas:
1. A TVI repete-se em cada novela (basta ouvirmos a música do genérico – os nomes desses programas não terão de ter necessariamente/sempre o título de músicas, algumas delas bem fatelas)
2. A TVI está rodeada de pessoas que me conhecem sem eu saber e buscam em mim a sua inspiração, ainda por cima sem me pagarem direitos de inspirador.

Quando for grande, vou para musa. Ouvi dizer que pagam bem.

Bom, estou a esquivar-me do assunto, mas isso virá num outro post.

domingo, agosto 20, 2006

Há que dizê-lo: mereço um Oscar

Tive muita lata e não fui desajeitada (penso eu de que).
Não estive com rodeios, saquei o número e liguei.
Disse quem era e ele lembrou-se de mim.
E tem mais: fomos tomar café... e adorei!
Moral da história:
1. Já o conheço melhor
2. Gostei (o giraço é o máximo!!!)
3. Ele gostou
4. Ele não tem namorada (pelo menos parece...)
5. Ele tem o meu número e enviou mensagem a agradecer

Agora, é esperar pela sequela: Vamos Tomar Café - O Regresso

quarta-feira, agosto 16, 2006

Como é que se descobre se o giraço tem namorada?

Aceito sugestões. Mas existem alguns entraves:
1. A pessoa em questão é-me praticamente desconhecida
2. É do Norte, mas está no Sul
3. Trabalha na mesma empresa (é uma empresa muuuuuiiiito grande)
4. Não quero fazer figura de idiota (esgotei o meu leque de cenas tristes nesta vida e já devo às próximas 3 reencarnações)
5. Não sei muito sobre ele e pode revelar-se desinteressante - isto obriga igualmente a uma válvula de escape, para o caso de deixar de me interessar
6. Prazo: até meio de Setembro
7. Não tenho propriamente muita latosa e sou tendencialmente desajeitada

SOCORRO!

terça-feira, agosto 15, 2006

Porque a vida não está fácil...

...porque a situação é precária, porque nada me prende...
Alto! Não é bem assim; pelo que percebi, no Norte ainda se pode passar algo de muuuuuuiiiiiito interessante (cof cof).
Porque a minha intuição (e uma certa e determinada informação me chegou aos ouvidos) me diz que o futuro não é aqui... vou mexer-me e retomar alguns contactos. Pode ser que resulte...

segunda-feira, agosto 14, 2006

Gastei tempo e dinheiro...

...fui ver o Código Da Vinci. Farta de esperar por um convite que não há-de chegar (até porque ainda não sei quem é o meu príncipe encantado), lá fui com a minha baby-sitter. Para quem leu o livro, o filme é mau. Para quem não leu... não sei, já tinha lido, nada a fazer.

Nada a fazer. O que está feito, feito está e não dá para voltar atrás. Noutro dia estava a pensar o que faria se soubesse no passado o que me iria acontecer no presente. Ou seja, passar um dia da minha vida presente, que seria um futuro possível caso pudesse voltar atrás e mudá-lo. Durante esse dia, seria capaz de ver como me sentia, o que andava a fazer, com quem estava, e se estava satisfeita com a minha vidinha.
Se pudesse escolher, seria uma Sexta-feira. Ainda dava para saber os números do Euromilhões com antecipação, porque dinheiro nunca é demais.

Iria descobrir que as pessoas nunca são como nós pensamos e que nada é certo na vida. Isto já o sei hoje. Mas era bom sabê-lo há... sei lá... três anos atrás?

terça-feira, agosto 08, 2006

Tragédia grega em 3 actos

Só escrevi um, e é este que fica: o sonho em forma de carta

"Gostava muito de te enviar esta carta. Mas não vou. Nem é uma questão de orgulho; orgulho é o primeiro sentimento a pôr-se de lado quando se ama. É porque não existe esperança para nós.

Na semana em que fizeste a viagem definitiva (?) para Portugal, tive a certeza que éramos almas gémeas. Vi-nos juntos para sempre, o que quer que isso significa. Vi-nos a envelhecer juntos, a apoiar-nos um ao outro, eu tomava conta de ti e tu de mim. Éramos já velhinhos e continuávamos a sair de casa sempre de mão dada. Tu falavas da história de Portugal, e eu ouvia-te deliciada. Tínhamos a M.D. e o J.P., dois filhos fabulosos, educados à nossa maneira, que sempre nos trouxeram imensas alegrias. Estávamos já na reforma, passávamos os nossos dias juntos. Tínhamos uma casinha com uma horta, tratávamos dela juntos, e as minhas sopas eram tão saborosas! Ao Domingo, os nossos filhos iam lá almoçar e passar a tarde; levavam os filhos deles, ainda pequenos e lindos. Então a R.!, parecia um anjo: moreninha de olhos verdes enormes, com o cabelo ainda encaracolado, as mãozinhas papudas e uma esperteza fora do comum para uma criança de três anos.

Imaginei-nos a educarmos os nossos filhos adolescentes, a tentar encaixar o nosso amor e a nossa compreensão com as regras do bom-senso e protecção. Como é difícil ter uma atitude positiva e manter o meio-termo entre a liberdade e o firme “não”. Sabemos lá como são as modas agora, se fazemos o que fizeram os nossos pais, provavelmente estamos a remar contra a corrente, hoje em dia já tudo mudou. Ainda assim, não nos podemos queixar: eles falam connosco abertamente, aceitam alguns dos nossos conselhos, apresentam-nos os seus amigos; a escola deles corre lindamente, as actividades extracurriculares também.

Visualizei todos os detalhes do nosso casamento. Tantos convidados! Queríamos organizar a cerimónia numa capela, mas logo tivemos de desistir da ideia. Como é que foi tanta gente? A minha família, a tua, os meus amigos e os teus, os convidados especiais – a M., a L., a B. e o D., o L., o F. – até parecia uma multinacional!, a reflectir bem a nossa vivência.
Eu estava linda, mas não era do vestido cor de pérola, a acompanhar delicadamente as minhas curvas, muito simples e que me assentava maravilhosamente; nem era do penteado, que segurava a véu que me cobriu a cara até chegar ao altar; nem da maquilhagem, leve, a condizer com o meu gosto. Era da felicidade que irradiava, cada poro transpirava alegria, a emoção de chegar ao dia mais esperado da minha vida, em que o céu e a terra se juntavam para testemunhar os nossos votos de amor eterno. Não era suficiente dizer-te “sim, aceito”. Por isso, preparei umas palavrinhas:
- Todos os dias luto para te fazer feliz e para ser feliz ao teu lado. Todas as noites adormeço tranquila porque sei que o consegui. Prometo estar sempre contigo, alimentar os teus sonhos e sentir-me recompensada por saber que também o fazes. Dizer que te amo é pouco para exprimir o que sinto por ti. E para sempre existirá este sentimento, esta recompensa de te ter ao meu lado. Sou tua incondicionalmente.

Preparei aquela que iria ser a nossa primeira casa em Portugal antes da tua vinda. Estava arrumada, com fotografias nossas. Imaginava a nossa primeira noite finalmente juntos aqui. Não é como lá fora, não eram fins-de-semana que vinhas cá. Era o começar da nossa vida em conjunto cá, o desejo que nutri durante o último ano.

E nada disto aconteceu. Não entraste na nossa casa nesse dia. No dia em que entraste, não eras bem-vindo. Nem serás mais. Pelo menos dessa forma"

E agora que voltei a lembrar-me...

Eu até pensava que era obstinada nas minhas recordações. Pelos vistos, sou capaz de deixar outras bem fortes nos outros. E daí... não, apenas tive o azar de me cruzar com alguém que não jogava com o baralho todo.
Só pode.
Senão, vejamos: tínhamos 18 anos quando acabou. Nessa altura ninguém é capaz de morrer de amor. Claro que pode ameaçar fazer uma loucura, mas não cedo a chantagens, e ele até percebeu que por essa via não iria conseguir nada.
Uns anos mais tarde, liga para casa dos meus pais e vamos tomar café. Tenta combinar jantar e festa de anos, tralalá... sem efeito.
Mais recentemente, encontramo-nos por acaso, falamos e ele parece distante. Óptimo, pensei, deve andar na vida dele. Puro engano. Arranja o meu número e cá vai disto: às seis da manhã, já está a enviar sms a convidar para almoçar no dia seguinte.
Agora, após mais de dez anos (socorro!) sente que devo saber que amargou muito com a nossa separação. Até compreendo. Há coisas que só se ultrapassam quando as revelamos aos outros. Mas... porquê agora?

segunda-feira, agosto 07, 2006

Filmes antigos

A memória é uma coisa fantástica: por vezes, somos felizes porque não nos lembramos de alguém. De repente, cai-nos no prato da sopa... arranja o nosso número de telemóvel, e eis que tenta entrar na nossa vida novamente.
Haja paciência!

quinta-feira, agosto 03, 2006

Começar um filme pelo fim é sempre complicado. Quer dizer, deve ser, que eu de cinema... só na plateia, de preferência com pipocas.
Bom, a verdade é que nos últimos tempos nem lá tenho ido. Acho que estou à espera do convite da pessoa certa para ir ver uma fita. Parece-me é que, por este andar, quando for, já pago meio bilhete (basta apresentar o BI para provar que estou na terceira idade...).
É melhor ir mesmo sozinha!

E o filme do dia é:

E assim se começa um festival de cinema.
Vamos lá ver quanto tempo dura o novo passatempo...