quarta-feira, maio 30, 2007

Intervalo para comprar pipocas

Segunda ao fim da tarde fui ao cinema. Cinema português, O mistério da estrada de Sintra. Ao contrário do que o Psyhawk diz (ainda que tenha razão) - Regra nº5- Se o filme for português tem que haver um nú frontal - neste caso, temos pena mas não há. E temos pena porquê? Porque, sendo cinema europeu (quer dizer, nem é Hollywood nem Bollywood), temos aquilo a que eu chamo de nú verdadeiro (gajos cheios de pêlos e tipas com celulite e banhita a la gorda de Picasso) e não um... sei lá como chamar... photoshop em movimento?

Por falar em photoshop, eu nao sou (muito) má lingua, mas já viram o cartaz que anda por aí da Cláudia Vieira? Bolas, já por duas ou três vezes que passo por um dos milhentos que andam a causar acidentes por Lisboa (e, creio, pelo resto do país) e comento com algum amigo que a tipa é mesmo jeitosa e ouço o mesmo comentário: "Ó Actriz, aquilo é muito photoshop...". Eu bem digo que o mundo anda a girar ao contrário. À uma (cá está outra expressão que eu gosto particularmente) porque eu é que começo a comentar de forma positiva um cartaz de uma giraça seminua; às duas (esta acompanha sempre o à uma, tem que fazer algum sentido, digo) porque quem deita abaixo são eles. Vai uma tipa esclarecida compreender este pessoal O que vale é que nem me dou ao trabalho de o fazer, sostrinha como sou...

Voltando ao filme: fui com aquela prima da geração dos meus pais com quem volta e meia me cultivo (ver isto). Cheguei à conclusão, uma vez mais (sim, por vezes, é preciso passar por elas vezes sem conta e nem assim aprender, mas não será o caso, foi apenas uma constatação), que eu e a minha prima temos gostos diferentes no que toca à arte. É que eu gostei mesmo do filme. Ela também não.

Até compreendo. É que aquilo é mais do que uma adaptação disto, é levado mais além, sai do esperado e do que possa parecer lógico, ou suportavelmente racional.
Daí ter gostado; é que, a páginas tantas, já pouca coisa fazia sentido, haviam histórias a mais, versões mais ou menos aderentes à realidade, trama e intriga levada ao extremo. Confunde-se ficção com vida real. O que efectivamente foi e nunca se saberá; o que nunca aconteceu pois não passou de uma história inventada; e a adaptação da versão, imaginada ou não. Demasiado parecido com a realidade, quanto a mim.

E eu tenho tendência para gostar daquilo que me faz sentir identificada, sobretudo se é complexo. Porque os opostos se atraem*... e eu sou sofisticadamente simples.

[Pausa]

Ir ao cinema fez-me lembrar... a última vez que fui ao cinema (coerente, hein?)
Curiosamente, aqui em Lisboa, com a mana mais fixe do mundo (a minha, claro!)... em Janeiro!
O filme? Babel. Excelente filme, diga-se.

[Nova pausa]

Entre um filme e outro, uma série de curtas-metragens, filmes mudos e conversas de surdos, comédias e tragédias (tragicomédias), melodramas de chorar baba e ranho, terrores e horrores, suspenses de arruinar a minha paciência, foram sucedendo à frente dos meus ricos olhos castanhos. Escuros. A condizer com as sardas que começo a ganhar no nariz.

[Ainda outra pausa]

Porque tenho uma vida para ser vivida e outras preocupações que me consomem tempo e paciência...
...outros objectivos, projectos e interesses
...amigos e família que ando a descurar
...leituras para colocar em dia
...exercício físico e actividades ao ar livre

Creio que estará na altura de fazer uma pausa mesmo. Daquelas a sério.

Voltarei no início do Verão. Prometo! E eu, para além de não mentir e só inventar fora da vida real (ou seja, aqui), cumpro as minhas promessas... o que não sei bem ainda é se é no início DESTE Verão ou mesmo O QUE É PARA MIM o Verão, mas isso são filmes meus, hehe... ai a beleza das palavras, podem querer dizer tudo e nada ao mesmo tempo, dependendo dos filtros que estamos a usar, do que queremos ver, ou até do que nos parece mais conveniente. Irei, definitivamente, curar-me deste vício também... ainda que escreva por impulso e compulsão. Mas também isso tem cura.

Quem me conhece, sabe onde me encontrar (questão relevante: e quererão encontrar-me?) e sabe os meus contactos. Quem não me conhece, não perde nada, logo, o assunto está por si mesmo resolvido! E podem sempre deixar comentário ou enviar mail. Simpática como sou, até seria gaja para responder aos mails.

Beijos, abraços e até à segunda parte! Nos entretantos, vou matar saudades de mim mesma. E visitar e comentar de vez em quando, ok?

* Os opostos atraem-se... e tocam-se no infinito, pois muitas vezes são espelho um do outro.

Creio que bati o record de links neste post. Se calhar é por pensar que está tudo interligado... ou não! (não resisti, foi mais forte do que eu)

terça-feira, maio 29, 2007

Promessas por cumprir ou a minha opinião sobre a lei do tabaco para Portugal

O que vale é que não são eleitorais. Qual a diferença? É que essas raramente são cumpridas, mesmo! Quanto às outras, ainda existe a esperança.
E porque gosto muito do JMA (temos MESMO de ir para a frente com aquele texto a 4 mãos, amigão!), dedico este post a ele. Contudo, o conteúdo não será muito diferente do comentário que deixei no seu modesto casebre há... quantas semanas, mesmo?

Como é meu apanágio, venho, uma vez mais, opinar sobre assuntos em relação aos quais não possuo todo o conhecimento. Começo a acreditar que é também uma forma de inteligência, já que no fim a coisa até nem sai mal de todo e transmite a ideia de saber bastante sobre o assunto. Provavelmente, são os filtros que terão sido mudados há pouco e ainda funcionam, tendo a capacidade de captar a parte relevante.

Aliás, correcção seja feita: eu não vou opinar sobre a lei do tabaco, mas sobre a opinião do JMA sobre “o direito dos proprietários dos estabelecimentos a decidir o que querem naqueles espaços”. E isso sim, é muito mais à frente (opinar sobre as opiniões, entenda-se).

Eu sou a favor da liberdade de escolha, ou não fosse da geração pós 25 de Abril, que faz parte daquele grupo de gajos que dá certos valores como dados, tipo as liberdades… e essas coisas pelas quais a geração anterior se fartou de lutar…
Mas, a verdade é que nem sempre o que se considera o melhor caminho terá o efeito prático desejado. Vejamos:

Então temos que, à semelhança do que se passa em Itália desde Janeiro de 2005 e em Espanha um ano mais tarde, nós, por aqui, andamos a debater a possível lei do tabaco para o nosso paraíso à beira-mar plantado, vulgo, República das Bananas (please, não confundir com um pequeno arquipélago que teve eleições recentemente e cujo resultado terá, com certeza, surpreendido tudo e todos... ou não!).

Do pouquíssimo que li, verifiquei que é para cortar mesmo! É que não se poderá fumar em quase lado nenhum! Resumindo (retirado daqui): [parte chata, passar à frente]
- “locais onde estejam instalados órgãos de soberania, serviços e organismos da administração pública e pessoas colectivas públicas”
- “locais de trabalho”
- “estabelecimentos onde sejam prestados cuidados de saúde, nomeadamente hospitais, clínicas, centros e casas de saúde, consultórios médicos, postos de socorros, laboratórios, farmácias e locais onde se dispensem medicamentos não sujeitos a receita médica”
- “lares e outras instituições que acolham pessoas idosas ou com deficiência ou incapacidade”
- espaços “destinados a menores de 18 anos, nomeadamente infantários, creches e outros estabelecimentos de assistência infantil, lares de infância e juventude, centros de ocupação de tempos livres, colónias e campos de férias e demais estabelecimentos similares”

Mais ainda:
- “nas salas e recintos de espectáculos e noutros locais destinados à difusão das artes e do espectáculo, incluindo as antecâmaras, acessos e áreas contíguas”

E como se não bastasse...o fumo deverá ser proibido também:
- “nos recintos de diversão e recintos destinados a espectáculos de natureza não artística”
- “nos conjuntos e grandes superfícies comerciais e nos estabelecimentos comerciais de venda ao público”
- “nos estabelecimentos hoteleiros e outros empreendimentos turísticos, onde sejam prestados serviços de alojamento”

Haverão excepções feitas (“pacientes fumadores em hospitais psiquiátricos, serviços, centros de tratamento e reabilitação e unidades de internamento de toxicodependentes e de alcoólicos”, assim como “nos estabelecimentos prisionais, unidades de alojamento, em celas ou camaratas, para reclusos fumadores”), mas, como se vê, pouquinhas pouquinhas. E sim, vou abster-me de tecer comentários sobre esta parte, ainda que os dedos vibrem com a vontade de escrever umas tontices com um mínimo de piada…

E, como se não bastasse, ainda se prevêm multas astronómicas, em comparação com as previstas para o abuso de drogas! Lindo!
[fim da parte chata]

E agora, a fundamentação da minha opinião…
Como tenho a mania de falar por cima, cá vai disto:

Temo que, no caso dos espaços privados, se for dado o poder de escolha do proprietário no que toca a ter o seu espaço como livre de fumo (à semelhança do que se passa em Espanha), o resultado será que, muito provavelmente, na maior parte dos cafés, restaurantes, bares, discotecas e afins a coisa não mude nem uma unha negra! Existe uma infinidade de motivos que podem ilustrar esta opinião. Contudo, para mim, a realidade prova mais do que debitar teorias mais ou menos patetas (ainda que vontade não falte e a imaginação tenda a acompanhar). E a realidade é esta:

- Passei o ano de 2005 em Itália sem poder fumar em espaços públicos. Por muito estranho que nos possa parecer, passei noites em discotecas em que tinha de ir à porta para tirar umas passas. Fumei muito menos, cheguei a casa com a roupa a cheirar… olha, não tresandava a tabaco! E note-se que eu era gaja para fumar bastante! (Obviamente, estou a resumir um pouco, já que existe a possibilidade de haverem espaços para fumadores, mas os critérios são tão exigentes e as licenças tão caras, que a perspectiva desencoraja quase por completo os donos dos estabelecimentos em avançarem com essa possibilidade).

- Passei 5 dias em Madrid no fim de Abril e em TODOS os tascos onde parei (mas todinhos mesmo!, e não os escolhi, fui lá parar por acaso, porque outro alguém escolheu) permitiam o fumo! Porquê? Porque os donos dos espaços podiam optar. Invariavelmente, escolheram que o seu espaço fosse “poluído”.

A moral da história é: se dermos aos proprietários a liberdade de escolha, muito dificilmente os mesmos irão tornar o seu café/restaurante/bar/discoteca um “espaço verde”.
Porque a verdade é que estamos todos habituados a conviver com o fumo. E, quer queiramos quer não, parece estranho, de repente, não se poder fumar no café da esquina, onde vamos tomar o cimbalino da hora de almoço. Porque os fumadores deixariam de lá ir, mas os não-fumadores não passariam a ir lá mais…


Em conclusão: temos uma falha de mercado que, pela escolha economicamente racional (tendo em vista o lucro), nos mantém na situação de partida. Nada muda!
Logo, se o objectivo é proteger os não-fumadores e reduzir o consumo de tabaco da população, não se deve deixar ao critério dos proprietários.

Atenção: não fumo há quase um mês, mas não é por isso que a minha opinião é esta. Na verdade, ainda enquanto fumava um maço ou mais por dia, sempre fui a favor de espaços para não-fumadores ou locais de completa proibição em que o pessoal vem matar o vício cá fora. (e quem me conhece sabe que digo a verdade)
A pergunta que se impõe é: então porque é que continuavas a fumar lá? Resposta: porque podia! Esta parte até pode ser engraçada, mas é também muito verdadeira.

E está cumprida a minha promessa de debitar a minha opinião!

segunda-feira, maio 28, 2007

Não estou mais leve...

...mas os pneus estão no sítio!

Boa notícia: o peso mantém-se!

E a carteira também não está mais leve. Ou seja, ao contrário do ano passado por esta altura, em que tive de trocar os pneus da frente (OK, agora estou a falar do meu carro) e deixei uma pipa de massa, desta vez, apenas tive de trocar uma valvulazita de um pneu de trás e isso é barato barato!

E porque é que estou tão contente? Porque estava a arriscar-me a ter de trocar os dois... sim, os dois!, que os pneus, a serem trocados é como as senhoras a irem às casas de banho: aos pares. Tudo isto por causa de uma fuga na válvula, o que fazia perder ar. E quanto mais se anda com o carro assim, mais o pneu se estraga.

Conclusão: eu mantenho o meu pequeno pneuzito na barriguinha e o carro mantem os seus quatro pneus ainda de boa saúde! E a carteira não se queixou.
Digamos que desta vez o custo foi quase 100 vezes (sim, cem vezes) inferior ao tombo do ano passado, quando um imbecil se lembrou de me furar um pneu do carro e eu só dei conta quando saí dele, após andar na 2ª circular a uma certa e determinada velocidade, achando estranho que o volante guinasse completamente para um dos lados... tenho de admitir que essa foi mesmo de gaja... mas aprendi!

sexta-feira, maio 25, 2007

Ralhete ao São Pedro

Bolas, pá (sim, não penses que é por seres santo que tens tratamento VIP), andas aí a dar amostras de tempo bom, e tal, temperaturas porreiras, noites agradáveis, fins de tarde excelentes para praia ou esplanada... e depois, uma semana in-te-ri-nha com promessa de mais uns dias de tempo de caca? Cumé?

Chuva para o fds? Mas anda tudo parvo, ou quê? Olha que eu tenho marcada a minha primeira aula de condução de mota para este Domingo, oblá! Se estiver a chover... nicles batatóides. Ai mau, mau...

E como é que vou meter sandálias amanhã para a festa do casamento quando... lá fora chove, hum? Vou a correr comprar sapatinho fechado, não? Deves pensar que me saiu o Euromilhões, ó patareco!

Haja pachorra para aturar santos... do pau oco, é o que é!

Notas:
1. JMA, não me esqueci da promessa de post sobre a lei do tabaco em Portugal.
2. Assim que conseguir colocar umas ideias em ordem e arranjar um tempito, irei deixar a terceira e última (talvez... ou não!) história de fazer chorar as pedrinhas da calçada. Creio que tenho veia de argumentista de novela mexicana e quero desenvolvê-la! Assim, um destes dias vou contra um post que aqui deixei há muuuuito tempo atrás e edito um livro a la Margarida Rebelo Pinto, essa grande novelista de trazer por casa.
3. Acrescento excepcional, já que uma vez publicado, apenas volto ao post para corrigir pequenos typing mistakes. E este merece destaque, até:

Mas que raio se passa com metade do mundo? Nunca pensei que:

Ponto primeiro: andasse com tantas visitas; afinal de contas, nunca falei de sexo aqui! Ah, e se continuam a cá vir porque têm essa esperança... peguem num banquinho ou numa cadeirita, cruzem os bracinhos e esperem... sentados. Este foi o ponto para aligeirar, o importante é o próximo.

Ponto segundo: nunca imaginei ter comentários que mais parecem desabafos com sentimentos de identificação em relação às duas histórias que deixei nos posts anteriores. Por favor, digam-me que ainda existe esperança! Começo a pensar se hei-de deixar a 3ª história ou se será melhor guardá-la para mim...

(fim do acrescento)


Bom fim-de-semana, façam de conta que o Sol brilha e está calor! Mas sem ajuda de drogas, ok? São caras, ilegais e fazem mal. Moralista dum raio que saí...
... e vão 25 dias sem uma passinha sequer! E mais 2 kilitos...

quinta-feira, maio 24, 2007

Quando se descobre a verdade tarde demais... e ainda assim, faz mossa

Enquanto assumo que já me perdi completamente no raio da formação que tanto sono me dá e me anda a ajudar na engorda (e não é pouco, não!)... pois... no fundo, é conhecimento já demasiado detalhado para as minhas necessidades profissionais... perdida novamente...
...perco-me cada vez mais nos pensamentos sobre o que poderia estar a fazer... e não estou!

Ainda bem que está mau tempo, pois ir à praia apanhar um solinho seria a ideia de eleição. Sem dúvida que seria.


Entretanto, vou colocando no papel outra história com “e se” e não com “era uma vez”, ainda que nenhuma das duas expressões aqui apareça.


X. é uma jovem cheia de energia, vistosa e com um sentido de humor mordaz, revelador da sua inteligência e rapidez de resposta; raras vezes fica com a cara à banda, sem saber o que dizer. A palavra final é sempre dela.
Por vezes até parece ter uma certa arrogância e fala com todas as certezas, ditando a sequência lógica dos acontecimentos, como se tivesse décadas de experiência.

A ela ninguém engana. Excelente observadora, topa atitudes e personalidades à distância, antecipando os movimentos dos outros e os finais desastrosos.

Ora, isto funciona muito bem... com os outros! Infelizmente, um dia, a batata podre da lotaria da má sorte haveria de lhe calhar. Ainda por cima com uma história rápida e ligeira, que já estava resolvida e ultrapassada. Mas tinha ficado uma boa amizade!

Saber a posteriori o que na realidade deve ter acontecido custa muito. E ainda mais quando se teve um ou outro aviso sério em tempo útil, ou porque veio de alguém de confiança, ou porque uma ou outra situação nos leva a torcer o nariz.

E sempre tudo relacionado com a falta de tempo. Creio que, em certos círculos, falta de tempo deve ser nome de código para indisponibilidade-devido-à-existência-de-uma-vida-paralela*. Resta saber qual das vidas seria a paralela. É que nós queremos sempre que não seja aquela... enfim... aquela que nos mete ao barulho, não é? Até porque tudo gira à volta do nosso umbigo.

* Vida paralela que já devia ter terminado mas sofre do síndrome Duracel: e dura, dura, dura...


E assim se perdem amigos.

Deixa lá, X., chamo a isto “processo de auto-exclusão”. A tua sorte é que és como eu, bola prá frente e siga pra bingo. Mas é chato perder aquilo que se pensava ser uma amizade. Bom, para se perder, é porque não era mesmo, pois não? Mas dói! E como!

sexta-feira, maio 18, 2007

O day after*

Já não é a primeira vez que refiro que adoro o calor, os dias compridos, a boa-disposição que me trazem. Ainda gosto mais quando me lembro que o Verão ainda nem chegou, pois, na verdade, melhor do que a festa em si pode ser a preparação da mesma, o tempo que vai desde o agora até ao depois.

É claro que, com esta minha vontade de fazer tudo e mais alguma coisa, aproveitar o facto de estar viva (parece-me uma desculpa perfeitamente aceitável) para... viver!, a cabeça não tendo muito juízo... ajuda aí, ó Variações... o corpo é que paga!

Como diria Jack, o Estripador, “vamos por partes”...


Parte radical - Kitesurf

Jolly Biafra, não tenho palavras...

Praia excelente, Sol maravilhoso, parecia um dia de férias...

Trocar o fato (ontem tinha mesmo de ir arranjadinha para o trabalho) pelo bikini e curtir o Sol enquanto o vento não levantava... quase que perdia a esperança... mas o vento lá levantou!

Para primeira aula, fui definitivamente longe demais. Ainda por cima embalada pelo nosso amigo (ainda não lhe arranjei um nome de guerra), que ainda é mais louco que nós!

À custa de tanto entusiasmo, tenho duas bolas a servir de joelhos, negras, inchadas como perús. Tudo porque ao segurá-lo fui também eu arrastada pelo vento e aquela areia é cimento! Menos mal que tinha vestidas as calças de treino.

O pôr do Sol foi divinal, o banho final, com roupa e tudo**...

Parte ainda mais divertida – ...sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura”

O que faz uma moça com juízo após isto? Deveria ter ficado em casa, com gelo nos joelhos, a lamentar-me das dores e a jurar nunca mais me meter numa destas... not!

Toca a correr para casa, tratar de me compor minimamente e voltar a sair para ver o Bruno Nogueira a solo no São Luiz.

Como diria o meu grupo de amigos da faculdade: o tipo não tem os mínimos! – se os tivesse, ia aos Olímpicos. É capaz de gozar com tudo o que é tema, sensível ou não, incluíndo a fome em África, a miúda raptada, os L. Casei Imunitass (10 mil milhões, se lambermos a tampinha também), as expressões erradas que os portugueses insistem em dizer, os anões e uma série de trocadilhos com eles... enfim... confesso que por vezes ficava muito séria a pensar como raio é que o tipo iria sair daquela... e o gajo até conseguia safar-se. No fundo, ele divaga sobre uma imensidão de coisas que muitos de nós já pensámos, só que ganha a vida a falar com piada sobre isso. Admito que tenho uma certa inveja... e muitos de nós conseguiríamos escrever da mesma forma. O difícil está no dizer tudo aquilo sem quebras, com a maior das latas e sem se partir a rir que nem um perdido.

Parte dorida – Hoje

Joelhos ainda inchados, mas melhores graças ao Reiki; dores musculares, mas saudáveis; enfim, o fim-de-semana vem aí.

E o Verão ainda nem chegou!

* Não, não me refiro à discoteca em Viseu!

** Melhor que isso só mesmo passear num parque à noite e passar de propósito pela relva que está a ser regada e ficar encharcado... várias vezes... pelo menos não dá dores nos joelhos... mas isso é outro ciclo de cinema!

quinta-feira, maio 17, 2007

Ondas e papagaios

Mais radical do que o casamento! (Que, dizem, é o primeiro passo para o divórcio. Dizem...)
Mais emocionante que uma novela mexicanó-venezuelana (Ai Palomita, mi vida!)
Mais perigoso do que contrariar a minha irmã! (Uiiiii....)
Mais interessante do que espetar facas nas costas! (E espero que doa bem menos)
Mais fixe do que ir ao ginásio (E já vão 2 meses sem entrar lá; Chiiiiii....)
Mais movimentado do que um filme do Manoel de Oliveira (Vénia a esse senhor)
Mais fluido do que um romance do José Saramago (Não me lixem com a do “Ah e tal, foi à conta do Memorial do Convento que ele ganhou o Nobel em 98”. Porque, para mim, foi mesmo pelo Evangelho Segundo Jesus Cristo, esse livro ex-ce-len-te!)
E (espero eu) mais exercitante do que... saltar à corda! (Não era esperado eu colocar aqui uma comparação fácil, pois não? É muito mais giro – e difícil, admito – manter o nível)

Vamos lá aproveitar os 32º de hoje e curtir o final de tarde na praia a aprender isto!

(Primeira aula com o mestre; tenho que me portar bem, para que a primeira aula não se torne também na última)

Como me disse o próprio: primeiro estranha-se; depois, entranha-se!


E depois, ainda querem que eu me case e tenha filhos! Antes disso, ainda quero tirar a carta de mota, saltar de pára-quedas, namorar o Brad Pitt, fazer mais cursos de Reiki, organizar festas para amigos, desenvolver o dom da ubiquidade (esta ainda poderá dar um post... ou não, a ver vamos) e sei lá mais o quê, que desta vez não estou a escrever nenhuma lista!


Nota: estou sem tempo para ver blogs “alheiros”, mas prometo visitas mal possa...

quarta-feira, maio 16, 2007

Sobre o conceito de ruminância

Caro Alho Francês,

Poderia meter-me a dissertar cumó caraças sobre esse conceito, pois ruminei sobre ele; percebi pelos comentários que as interpretações são várias e até se poderia criar um forum sobre isso, pois:
Por muito rica que seja a língua portuguesa...
... por muito bem que sejamos capazes de nos exprimir através da escrita...
... e por mais que escrevamos...
... teremos SEMPRE a limitação das palavras!
Sem a expressãol facial, sem o ler nos olhos dos outros, o acompanhar com os gestos... enfim, sem 90% do interesse.

Assim sendo, vamos lá ao nosso copo de fim de tarde, que o tempo está bom e hoje apetece-me conversar ainda mais do que o habitual.

Vais levar tanto nessa cabeça, pá! Onde é que se viu dizer que ruminância é coisa de gaja? Então olha, fica sabendo que tenho muitas amigas com três pernas!

Mi aguarda!

terça-feira, maio 15, 2007

Ideias sem nexo – I

Eis que após o “Pequenas e grandes pérolas” e o “Anúncios”, começo uma nova rubrica, o “Ideias sem nexo”. A periodicidade é quando eu quiser (lógico) e até pode ser o único (imagine-se!!! Loucura!).

Deixo duas. Aconselho vivamente a leitura apenas e somente da primeira. É que isto de dar títulos soft a assuntos mais que muito sérios, polémicos e na berlinda tem que se lhe diga. E a segunda pode chocar pela minha forma muito crua de ver a situação.

Ideia sem nexo Alfa (para ser original)

Proponho seguir e torcer por jogadores de futebol em vez de ser fã de clubes! (eu avisei que esta é uma ideia sem nexo). Ainda assim, vou argumentar, que isto não é assim tipo “ah, que giro mandar uma posta destas e depois ninguém percebe – quando, muitas vezes, por mais que me explique ninguém me entende... adiante, que se faz tarde”;

Ora nós:
- mudamos de roupa(bom, nem todos, mas desta vez estou a generalizar)/calçado/corte de cabelo
- mudamos de namorado(a)/marido(esposa)/amante/whatever
- mudamos de partido político
- mudamos de curso/emprego
- mudamos de casa/cidade/país
...
E não mudamos de clube de futebol (fora a minha mãe que torce por quem ganha, ao menos assim anda sempre contente, mas no que toca a futebol é uma vendida – também, não liga puto à bola, convenhamos).

E, na verdade, tirando o Jorge Nuno Pinto da Costa, somos os únicos (nós, os adeptos) que se mantêm ali firmes e convictos (não, não é hirtos – barras de ferro não são para aqui chamadas), enquanto que todos os outros se mudam para outros clubes e campeonatos. Bolas, mas que credibilidade é que isto dá?

Eu fiquei cheia de pena quando o Mourinho deixou o meu rico FCP e foi lá para a Bifalândia (termo emprestado da CK, embora os beefs me façam lembrar lagostas cada vez que voltam para a terra deles e se “esqueceram” que o Sol algarvio é forte e não perdoa).

Achei mal quando se decidiu “nacionalizar” o Deco; caramba, o tipo é brasileiro, bolas! (ainda que torne a nossa selecção um pouco mais compostinha, admito).

Vejo jogadores a serem comprados e vendidos (todos temos um preço, a bem da verdade) e a mudarem de camisola (nunca esta expressão fez tanto sentido) a cada 6 meses. Isto é, o clube continua, mas a equipa altera-se completamente. No limite, poderemos ter uma troca inteirinha de jogadores de um clube para o outro e vice-versa. E isto confunde, pá! (ai a minha costeleta de Floribella a vir “ao de cima” e eu que nunca cheguei a ver um episódio inteiro)

Assim por assim, mais vale escolher um jogador, ainda novo (e, de preferência, giro), em início de carreira e segui-lo, torcer por ele, acompanhar a sua ascensão (ou não, caso não vingue). Quando chegar a altura de descalçar as sapatilhas, escolhemos outro. É mais coerente, não é?

Agora que já escrevi muito e não disse nada, garantindo a perda de interesse por parte de quem aqui veio ao engano (ou seja, todos!), cá vai a segunda ideia:


Ideia sem nexo Beta

E tudo isto não teria sido evitado se tivessem arranjado uma baby-sitter?

E aqui, vale a pena argumentar?

segunda-feira, maio 14, 2007

Pequenas e grandes pérolas – V

Pois que... após 2 meses, voltei a passar um fds no Porto. Tinha saudades, confesso. E muitas.

E como isto não é um diário, nem pretende ser, temos pérolas avulso, sem qualquer tipo de ordem (importância ou cronológica, entenda-se).

Pequena pérola

Como boa filha que sou, ofereço-me para cozinhar a janta de Sábado, numa louvável atitude de mimar pai e mãe ao mesmo tempo. Lá vou eu ao hipermercado ao fim da tarde tratar de comprar os pexinhos.

Fim de tarde é quando se apanha, seguramente, a maltosa que lá vai para... ver preços. Eh pá, que ainda se vá ao centro comercial ver montras e jantar em família fatias de pizza da Cabana da Pizza ou um hambúrguer na loja do Donald Escocês (palhaço!)... vá lá, ainda estou como o outro, ainda que me custe a entender; agora, ir para um hipermercado ver preços!, de quê: latas de ervilhas com cenouras? Bolachas Maria? Bifes da vazia? Lexívia com perfume a maresia? Ou será para aproveitar aquelas promoçõezecas a uma marca de comes, em que se dá a provar qualquer coisita e o pessoal faz disso lanche ajantarado? Também pode ser por aí, digo eu.

Pois que lá trato de me dirigir para a caixa que tinha a fila mais pequena. E era, realmente, a fila mais curta das redondezas. Quando estava quase a ser atendida, aparece um casal avantajado (avantajado é soft) e a senhora (com certeza estranhando o pequeno tamanho da fila) pergunta-me:

Senhora Avantajada - Ó menina [acho piada a esta cena da menina; já não gosto quando me chamam senhora], esta caixa está aberta?

Actriz Principal – Sim, está.

Podia ter ficado por aqui. Mas não. Solícita como sou (e parva também), ao reparar que o carrinho do casal deveria ter aí uns 20 itens, não resisti e avisei a senhora:

Actriz Principal – Olhe que esta caixa é daquelas em que só pode pagar até 15 unidades.

E levo loguinho loguinho com a resposta do Senhor Avantajado: “Eu acho que ainda sei contar...”

E pimbas sua camela, embrulha e leva para casa, ninguém te manda dar uma de boa samaritana. O problema é deles. Humpf.

Grandes pérolas

- Ainda estou a limpar a baba que continua a escorrer-me boca abaixo após ter ouvido o elogio do ano vindo do Melões que me disse que estou com muito bom aspecto. É que o moço não costuma abrir os cordões à bolsa de louvores; mais depressa cai um santo do altar...

Começo a deitar as culpas no curso de Reiki, aquilo tinha qualquer coisa...

- Faço novamente parte do mundo dos vivos de acordo com os padrões da minha terra; ou seja, finalmente pus os cotos no Plano B. Curiosamente, estava cheio! Quer dizer, OK, sítio da moda está cheio; mas era noite de Queima, com concerto dos Xutos.
Foi bom re-encontrar quem já não via há... 4 anos?

Recomendo vivamente!

- Os meus amigos do Porto são muito à frente; senão, vejamos: a lógica costuma ser:
1º - despedida de solteiro
2º - cerimónia de casamento
3º - comes e bebes

Not! Desta vez temos:

1º - casamento já foi
2º - despedida de solteiro foi este fds
3º - comes e bebes daqui a duas semanas.

É bem! Para mim tanto melhor, que vou só encher o bandulho, hehe!

- Por falar em casamentos: anunciei aos meus avós que deixei de fumar. Mas, para dar mais impacto à coisa, antes disso entretive-me a confundi-los (não é difícil, confesso) e disse-lhes que me ia casar. De seguida desfiz tudo e anunciei que só já não fumava mais. Teve o efeito desejado: levantaram-se todos para me beijar e dar os parabéns, ainda que não soubessem exactamente porquê. É que sou mázinha...

quinta-feira, maio 10, 2007

Ciclos repetidos e golpes baixos

Não é sobre o ciclo da água que aprendemos na escola primária (sim, eu ainda sou do tempo em que se aprendia isso na 4ª classe, ou coisa parecida – não é como agora, ai não, não! E a professora dava cocinha... ai dava, dava. E ninguém ficou traumatizado por isso.)

Não é sobre o ciclo do carbono, tão na moda que está; afinal de contas, fica sempre giro ter preocupações ambientais. Sei lá, é bem. Mas não é sobre isso.

E ainda menos sobre ciclos viciosos ou virtuosos (Nota: 10º dia sem tocar num cigarro!!!!! E a balança a aumentar... mas só um bocadinho! Afinal de contas, bikini season is on the way...)

É mesmo sobre algo mais terra-a-terra: os meus pés. Ou seja, estes desgraçados que aguentam com o meu flutuante peso, sofrem desgraças e mazelas repetidamente, sendo as mesmas agravadas a cada 6 meses. Porquê? Por causa da mudança de calçado.

Sensíveis como são (mas feios que dói, coitadinhos!) criam as bolhitas da praxe cada vez que volto a calçar ou as botas, ou a linda sandaleca.

Obviamente, acabei de entrar na fase sandália... a minha preferida.

Ainda que possua vários pares que insisto em ter no armário, acabo quase sempre por usar apenas dois ou três. No fim do Verão do ano passado (saldos, entenda-se) ganhei (mãezinha, és linda!!!) um par fabuloso, hiper original, branded – Moschino Cheap and Chic, just for the record – vermelho, tacão de Madeira, altíssimo, fivela no tornozelo, e... tomates e massas na frente, a saber: penne e farfalle. Lindos! São verdadeiras peças de museu, daquelas que conseguem transformar uns pés horríveis, gorduchinhos, redondinhos a la elefantinha (os meus), em uns género diva do cinema (quaiquer outros que não os meus). São os que tenho calçados enquanto escrevo estas linhas.

Contudo, está visto que:

- a usar tacões altos (ontem durante a maior parte do dia e durante a saída nocturna)

- a perder-me em passeios e caminhadas velozes cada vez que me perco nos pensamentos (só ontem, quando dei conta, já estava a chegar ao Saldanha a pé e eu não moro propriamente por aquela zona – mas tinha calçado as sapatilhas, aka sapatos de ténis, para o pessoal do Sul)

- a dançar impiedosamente cada vez que saio (com ou sem tacões)

- a “re-habituar-me” ao calçado de Verão...

... temo que os desgraçados dêm o grito do Ipiranga... e não tarda muito.

Eu ignoro os seus pedidos de clemência, é verdade, mas... meus queridos pezinhos que me levam para todo o lado: fica aqui a promessa que este Sábado irei tratar de vos deixar entregues a uma baby-sitter que vos irá mimar até mais não! Como vós mereceis! E eu também...

quarta-feira, maio 09, 2007

O único adeus que me resta

Ontem vi-te pela última vez... nos olhos do teu irmão. Éreis tão parecidos! Mas os seus olhos estavam vazios de alegria e cheios de sofrimento.
E tu não eras assim!


Não sei se já encontraste o teu caminho de Luz ou se ainda passeias, confuso, por aqui. Afinal, não esperavas por essa.
Nem nós!


Nunca me arrependo do que faço, pois o que sou hoje é o resultado das minhas escolhas. Mas, se eu soubesse... tinha mandado os discursos à fava e escapado contigo naquela tarde para irmos beber uns canecos na esplanada, comer amendoins e tremoços e, pela primeira vez, cumprir a promessa de nos encontramos lá fora.
Foste embora cedo demais!


(Saber que um colega, excelente pessoa,
aos 33 anos é vítima de um acidente de viação
causado por um energúmeno assassino e cobarde, verdadeiramente inqualificável,
deixa-me impotente,
vazia,
faz-me repensar)

segunda-feira, maio 07, 2007

Os desafios, o camandro, o catano… e o caneco

Minha gente, que fique registado que é a primeira e última vez que respondo a desafios deste tipo. E só o faço porque as desafiadoras (CK e Teresa) são boa gente e eu gosto delas. Mas da próxima (que não irá existir) nem que venha o Papa e rebolar desde o Bom Jesus até Fátima, e a fazer o pino até Lisboa… que eu não entro nessa! E tenho dito… escrito, é isso.

Entoum bamu lá…

7 coisas que faço bem: normalmente só faço bem se gosto do que estou a fazer (faço bem => gosto); já o inverso (gosto, logo faço bem) nem sempre acontece e esta é uma das propriedades da lógica. Por exemplo, eu adoro cantar, mas… desgraçadinho de quem estiver à minha beira e não seja completamente surdo!

- Cozinhar: adoro passar horas na cozinha a preparar entradas, sopas, pratos simples, elaborados, por receita ou inventados, doces com frutas pelo meio e achocolatados!

- Beijar: trincar, mordiscar, lamber, saborear, aproximar, fugir, apreciar, desfrutar de uns lábios grossos, sensuais e com muita vontade.

- Mimar: adoro fazer festinhas, dar miminhos, beijinhos à esquimó, abraços, dizer que gosto da pessoa... enfim, sou uma dada do caraças! Hoje em dia, apenas o faço a muito pouca gente (lógico), não vá ser confundida com uma fácil. E porque nem todos merecem.

- Dançar: quer dizer, dizem que danço bem, que tenho um movimento de ancas muito particular. A verdade é que nunca aprendi, sinto o ritmo, fecho os olhos e cá vai disto (e depois não me lembro de nada que tenha acontecido à minha volta, porque não vi!, estava num universo paralelo). Adoro dançar a pares, sentir o movimento da outra pessoa, a adaptação, o acompanhar a ligeira mudança no passo; em situações muito raras, pode ser o verdadeiro sexo na vertical!

- Conversar e desconversar: para mim, vêm em conjunto. Adoro conversas a dois ou com grupos pequenos, é mais íntimo e fluído. As desconversas podem ser muito reveladoras ou divertidas.

- Conduzir: há uns anos atrás, um amigo dizia-me “eh pá, tu, para gaja, conduzes como um homem!”; sou extremamente desenrascada no trânsito, não engonho na estrada e já não tenho “azares” há cerca de 9 anos.

- Partilhar: sem explicação. É o que eu sou e não há nada a fazer. Ponto.


Uma coisita que já fiz muito bem: coçar o umbigo na diagonal (expressão equivalente ao clássico “coçar a micose”). Mas essa já era, agora gosto de ocupar o meu tempo com algo mais produtivo. Mas era mesmo muito boa nisso. Aprendi com um membro da família, mais novo, que ainda hoje tem um ou outro ataque de “preguicite aguda” (a fase crónica foi às urtigas e nunca mais de lá saiu).

7 coisas que não faço ou não sei fazer (podem ser só 5? Oh, vá lá!!!!):

- Mentir: se o fizer é porque se trata de uma mentirinha piedosa e reponho a verdade o mais depressa possível (nem sempre fui assim, mas a beleza da vida está no crescimento enquanto pessoa, certo?); e sou muito má nisso! E detesto que me mintam!

- Estar calada em certas alturas: tenho a coração na boca! Mas estou bem melhor…

- Perder tempo com quem não me interessa (tempo = recurso escasso; meus amigos, tenho mais que fazer na vida).

- Arranjar-me (pés, mãos, cabelo, makeup… tudo o que seja coisa de gaja); graças aos Céus que existem cabeleireiros, esteticistas e afins!

- Juízos de valor: tento não fazer; cada um é que sabe de si.

7 coisas que me atraem no sexo oposto: para mim, é sexo complementar, sff. É que há homens que conseguem fazer-me sentir assim… completa? Preenchida? Mais feliz do que o habitual?

Cheiro, sorriso, toque, sentido de humor, inteligência, olhar, química… muita química! (e muito mais, mas eram só 7, certo?)


Muitas coisas que digo frequentemente: uuuiii, eu sou a moça das expressões! Tenho um rol daqueles; um leque vastíssimo. Algumas ouvi, outras inventei, outras ainda adaptei. A esta altura, já nem sei o que é meu e o que ouvi dizer… quase todas são acompanhadas por uma vincada expressão facial / corporal, tenho uma linguagem não-verbal fortíssima.

- “…ou não!”
- “(dei)xalá isso!” (alternada com o “não te incomodes” ou o “deixa-te estar”)
- “oblá ó murcoum!”
- “daqui até meio da China”
- “é isso tudo!, e mais um par de botas…”
- fazer a cara séria número 56 e dizer “oblá, tu não me falas assim!” e partir-me a rir de seguida, com as expressões de atrapalhação do pessoal;
- “…ou isso!” (quando alguém diz alguma coisa que tem zero a ver com o que eu disse… mas não me apetece continuar a conversa; ou quando dou razão… sem dar muita razão).

E muitas outras… “… já foste!”, “foste de vela… ardeste!”, “não me prejudiques!”, “troca o passo e siga a dança”, “bamulá queu não tenhoodia todo”, “deves pensar que eu sou a Santa Casa da Misericórdia, não?”, “é sentar que já não chove”, “ya, isso é tão fixe quanto espetar facas nas costas”, “és linda, mãezinha!”, "interessa-me tanto quanto o processo de fabrico da manteiga"

…e a clássica “Sempre boa!” quando me perguntam se estou boa.

Uma actriz: Jessica Rabbit (infelizmente, apenas entrou num filme, por falta de visão dos gajos de Hollywood).
(não estavam à espera que a Actriz Principal fosse enumerar actores e actrizes a sério, pois não?)


Neeeext!

1 – Quem admiro? Se tivesse de escolher apenas uma pessoa… não teria a menor dúvida: o meu pai!

2 – O que faço nas horas vagas? Leio, escrevo, viajo, apanho Sol, caminho, conheço pessoas, cozinho, convivo, partilho, aprendo, durmo. As horas deixam de ser vagas para passarem a fazer sentido.

3 – Característica que mais gosto em mim: estou dividida entre a versatilidade e a independência.

4 – Defeito: muitos! Sempre a tentar melhorar; cada dia que passa é um dia de aprendizagem, de melhoria. Talvez o pior seja a intolerância.

5 – O que não suporto nos outros: falta de lealdade; mentira; desfaçatez; falta de visão, não gosto de pessoas que se limitam a si próprias; fatalismo; preconceito.

6 - Medo: de tudo! Encaro-o de frente, em jeito de desafio. Afinal de contas, saí a ganhar a maior parte das vezes. E quase como se não tivesse medo de nada.

7 – Uma lembrança de infância: o dia em a minha irmã nasceu (eu já tinha 7 anos e meio) e eu fui vê-la à maternidade; esqueci a minha mãe e o ramo que tinha na mão para ela. Tudo o que me interessava era a mana.

8 – Uma mania: inventar piadas para quase todas as situações; ajuda a ultrapassar…

9 – Uma viagem inesquecível? Muitas! Moçambique e África do Sul, México, Cuba, Argentina… os 3 anos em Itália, foi uma viagem quase sem retorno.

10 – Um homem bonito: o meu pai.

11 – Uma mulher bonita: a minha mãe.

12 – Livro de cabeceira – muitos e variados. Lista enorme, esqueçam!

13 – Canção da minha vida – são muitas e com estilos variados. Esqueçam esta também!

14 – Sou péssima em… já respondi ali em cima…

15 – Sou boa em… idem aspas…



Não passo o desafio! Se alguém quiser responder, que o faça. Já agora, que me avise, para eu ir cuscar.


E agora, se não se importam, vou um instantinho para aquele canto botar a roupinha novamente. É que, de repente, estou a sentir-me assim um tanto… despida?

domingo, maio 06, 2007

O Reiki, a vida, as escolhas, o passado, o futuro: tudo isso... e mais um par de botas!

Notas (a mania das listas está de volta):

1 - Está prestes a terminar o meu 6º dia sem fumar!
2 - Obrigada pelas mensagens de apoio, as dicas, o voto de confiança... a p%$# da pressão; enfim, é ver-me a mascar pastilhas, comer rebuçados sem açúcar, lamber chupa-chupas, trincar paus de canela, roer maçãs, beber litradas de água. Não optei (pelo menos ainda) pelos adesivos.
3 - A minha sanidade mental continua no mesmo nível (baixinha baixinha...); logo, não será por aí que terei problemas.
4 - Ando com uma fome de leão; e sim, será por aqui que poderei ter problemas!
5 - As respostas aos desafios da CK e da Teresa virão no próximo post, está prometido.


Bom, indo ao que interessa: passei o Sábado a fazer o curso de nível I (Shoden) de Reiki. Estava para o fazer desde Janeiro, mas havia sempre algum acontecimento que estava a impedir... não fui contra os desígnios do Universo... ontem foi o dia, pois então.

Ora, isso quer dizer que, se antes as minhas mãos já irradiavam energia... então agora... ui ui!


Curiosidades:

1 - Éramos 9... mulheres. A minha pergunta é: porquê só gajas?
2 - Quase todas procuravam no Reiki a solução para os seus mais diversos problemas. Sinceramente, achei estranho. Quer dizer, problemas todos temos, mas acredito que a resposta deverá ser encontrada em nós próprios; enfim, cada um faz como entende.
3 - Durante as várias sintonizações, senti... formigueiro na parte da testa onde, teoricamente, se encontra a terceira visão... e um imenso calor a brotar da palma das mãos.
4 - "Evolução
Ama-te mais, conhece-te mais e estarás a acelerar a tua evolução. A melhor forma de evoluir é INvoluindo. tu és um oceano de sabedoria. Sabias?"
Não irei desenvolver este ponto, mas percebi perfeitamente porque me apareceu à frente.

Em suma, foi muito gratificante. E ganhei um certificado! Já sou terapeuta Reiki de 1º grau, oh yeah!


Obviamente, com as energias nos píncaros, eis que fui sair, está-se mesmo a ver.

Noite muito sui generis, altamente reveladora.
Para começar, pela primeira vez na vida, há coisas que não me lembro de terem acontecido; e eu nunca apaguei anteriormente. Nunca!
Depois, não me lembro de ter tido tanto gajo desconhecido à minha volta. Aparentemente, até dei uma chapada (ou duas) num, sem querer, enquanto dançava. Era porque estava perto demais, só pode (danço muito com os olhos fechados, ficando completamente alheia ao que se passa à volta - pelos vistos, há quem saiba contar bem essa, pois ri-me que nem uma perdida com o relato).
Por fim, pelas conclusões que tirei.


Se calhar está na altura de deitar fora o bilhete para a montanha-russa e navegar novamente no mar da tranquilidade.
Se calhar começo a ouvir vezes demais que sou uma pessoa especial e a prestar atenção a isso vezes "de menos".
Se calhar...

quinta-feira, maio 03, 2007

Admito: preciso de ajuda!

É oficial: este é o meu 3º dia sem fumar e estou a subir pelas paredes!

Para além da imensa vontade de descer para ir fumar um cigarrito (só um... não!, não posso entrar nessa!!!).

Sinto-me frágil... vulnerável... rendida...

Preciso de ajuda! Ao fim da tarde irei à farmácia a ver se arranjo qualquer coisa para melhorar esta ansiedade tabagística. Após isso, se, ao passarem pela rua, virem uma gaja com aqueles autocolantes até na testa, provavelmente serei eu.

Agradeço mensagens de apoio! Chamadas telefónicas! SMS! Mails!

Agradeço que me enviem chiclets sem açúcar; testemunhos de pessoal que tenha abandonado o vício sem espetar mais de 4 facas nas costas por dia; sem ganhar os 10 kgs da praxe nos primeiros 2 meses; SOCORRO!!!

A verdade é que seria capaz de sucumbir mais depressa a algo mais fácil de resistir (neste momento qualquer outra coisa é incomparavelmente mais fácil de lhe dizer não... a não ser a comida!!!), só pelo orgulho de manter a promessa que fiz a mim mesma: deixar de fumar a partir de 1 de Maio.