Eu bem disse que tenho azar com os aviões. Senão, vejamos:
Viagem com escala de uma horita em Amesterdão. Aquilo até estava a correr bem. Partimos de Lisboa a horas, aterrámos a horas, embarcámos no voo seguinte a horas e partimos a horas.
O mal de não levar relógio é não fazer ideia de quanto tempo passou. Para além disso, tomei um comprimido para o enjoo, que me deixou K.O. de sono. Quase sem dar conta, o João Pestana já se tinha sentado ao meu lado. Portanto, ao fim de, sei lá, uma hora, o comandante informa que temos um problema numa das portas e que temos de voltar para trás*. Nada de pânico, simplesmente não seria possível corrigir a situação com o avião em andamento. Teríamos de gastar combustível e, pasme-se!, largar algum ao mar! Fiquei para a minha vida! É que ainda são algumas toneladas de gasolina, ou gasóleo, ou lá que raio seria. Isto deve criar um problema ambiental dos grandes, mas seria efectuado como medida de precaução, pois era um Boeing 747 (mesmo muito grande e muito pesado).
O que se seguiu após a aterragem foi uma pouca-vergonha, to say the least. Quem quisesse, saía para a sala de embarque, lá nos deram um sumito de laranja horroroso e uns bolitos holandeses de amêndoa, cada um deles devia ter mais calorias diárias necessárias ao normal funcionamento de uma pessoa mediana. Comi 3 (tinha fome e sono e estava a ver a minha vida a andar paratrás).
O problema seria resolvido depressa. Aparentemente. A realidade foi outra: estamos quase a conseguir; ops, afinal precisamos de outra peça, está a caminho. Se calhar temos de mudar de avião. Mas isso leva cerca de 3 horas. Ah e tal... às 2 e meia da manhã (ao fim de quase 5 horas!!!) lá adiaram o voo para o dia seguinte, às 3 da tarde.
Conclusão: se já ia por pouquíssimo tempo, ainda atrasei mais um dia; em vez de ficar num hotel 5 estrelas em Bangkok fiquei na porcaria do Ibis perto doAeroporto, sem sequer poder aproveitar para visitar as coffee shops (só por curiosidade, que não iria matar esta gata).
* O discurso do capitão explica a correria de TODA a tripulação para o fundo do avião pouco depois de termos descolado. Lembro-me vagamente de ver o pessoal de bordo a correr, de comentar com o meu colega que devia haver algum terrorista no meio dos restantes passageiros, de me ter rido com a minha própria graçola (sou um público fantástico) e de voltar a cair num sono profundo por causa do comprimido para o enjoo.
quarta-feira, dezembro 06, 2006
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4 comentários:
essas merdas poem-me os cabelos em pe... grrrrr... uma vez tambem passei um filme por causa de um voo da twa... nem me quero lembrar!
Fuck! Vai à bruxa!
Aenima - até agora tive sorte...
Florença - não fui à bruxa, fiz melhor do que isso. Mas os motivos eram outros. E tive surpresas extraodinárias!
Oh q grande azar!!!
Mas o retso da viagem correu bem, não foi? :)
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