domingo, janeiro 07, 2007

Lisboa-Dakar para quem queria ir e não pôde

Há padrões que se repetem (ver isto, ó faxavor, para perceber do que estou a escrever).

Ou seja, vai uma gaja jantar ao nepalês a la Paulo Bento (com tranquilidade), apanha com uma conversa daquelas “prá cabeça” dum gajo que até é mesmo muito simpático, mas que está nitidamente a dar uma de intelecutal-acessível-simpático-pseudo.interessante-whatever e eis que fica cansada e decide não acompanhar o resto da malta numa ida ao sítio do costume (Plateau, não confundir com uma conhecida cadeia de supermercados).

Ora então, apanho um táxi.

Tinha uma valente amolgadela na chapa da porta de trás do lado direito. Seria um sinal? Talvez. Mas já tinha feito o sinal (outro, não confundir com o primeiro) para parar, era aborrecido mandá-lo embora, afinal de contas, até sou uma tipa polida.

O senhor condutor percebia, um pouco para o tarde, que os sinais vermelhos não eram decorações de Natal espalhadas e esquecidas nas ruas. Conclusão: confirmo que os travões do bólide são bons; ainda me dói um bocadinho o pescoço, mas isto amanhã já passou, tenho a certeza.

De novo a fazer rali pelo centro da cidade, a ultrapassar outros táxis e a dar 110km/h nos túneis do Campo Grande.

Já percebi: era só deixar-me e o tipo iria a correr para a Praça do Império a ver se ainda o deixam partir para Dakar esta noite (um pouco tarde, mas a esperança é sempre a última a morrer).
Estive quase para lhe desejar boa sorte, mas achei que o taxista não iria perceber a deixa…

2 comentários:

Vivian disse...

Nem me fales... O fogareiro alfacinha é do pior que pode haver...

Mae Frenética disse...

LOLO pra "a la Paulo Bento"!

Tu tens ca um azar com taxistas!