Hoje desejava escrever sobre mais expressões que gosto; graças à Ms D. e ao meu bom amigo-vizinho-motoqueiro-tripeiro (na falta de nome melhor, fica Motard Favorito… para facilitar) juntei mais umas boas.
Gostava igualmente de mandar umas piadas de valente humor negro ao meu colega-amigo (só para o chatear, vai ficar com o nome de Wally – tem o passaporte mais carimbado que o Mário Soares quando era Presidente da República) que, a esta hora, estará a voltar de… Islamabad. Sim, aquela cidadezeca no Paquistão onde aconteceram umas coisas a uma mesquita encarnada… assim, uns fogos de artifício e o catano. Porra, passei dois dias inteiros a enviar-lhe mails só para me certificar que o gajo ainda vivia! É no que dá sentir-me culpada por enviar colegas para estes destinos… exóticos?!
Apreciava conseguir concentrar-me para definir uma estratégia com um mínimo de coerência para algo de importante que irei ter hoje ao fim do dia. Assentar ideias, preparar perguntas.
Queria que o tempo não voasse e me fugisse entre os dedos como tem acontecido nos últimos… tempos? É um paradoxo: teoricamente, quanto mais avanço no tempo, mais certezas deveria ter; na prática, anda tudo a ser adiado. A cada dia que passa, parece que perco qualquer coisa mais; se ainda perdesse o apetite, até nem me importava por aí além… mas infelizmente não é isso.
Não é isso, mas é tudo o resto. Parece que o Grande Teatro Universal se lembrou de me ensinar uma bela lição, fazer-me ver que não controlo rigorosamente nada, recordar-me que sou pequenina e, por vezes, frágil.
Nunca pensei tanto na (minha) vida como nestes últimos tempos. Nunca vivi tão intensamente nem experimentei tantas perspectivas novas como desde que voltei para Portugal. Em altura alguma conheci tantas pessoas ou aprendi e me interessei tanto sobre tantos assuntos como agora.
E quanto mais tento não pensar, mais a pergunta me assalta: mas quem raio sou e que quero eu fazer comigo mesma?
E quanto mais o tempo passa, menos certezas tenho;
E quanto mais vejo, menos sei;
E quanto mais conheço, menos percebo;
E quando acho que bati no fundo do poço… ainda havia um puto de um alçapão, só para me lixar ainda mais! Porra, já chega, não?
Estou a reaprender a cortar todas as amarras e a andar na corda bamba olhando para a frente e nunca para baixo, pois a rede… não está lá.
Tudo o que tento agarrar, tudo pelo qual me interesso… simplesmente escapa-se por entre os meus dedos.
Pois eu… ainda que tenha sido ensinada a jogar pelo seguro, a não trocar o certo pelo incerto… foi quando decidi arriscar que dei os maiores e melhores saltos na minha vida.
Olhando para trás, vejo que tudo foi uma mistura de esforço, fé, luta… e alguma dose de descontracção e estupidez natural, claro está. Porque só sendo um bocado parva e crente é que teria ido pelos caminhos por onde fui. Mas resultou! E a verdade é que houve uma altura em que tinha tudo o que queria, os acontecimentos positivos encadeavam-se com naturalidade, a boa vida fluía.
Sempre tive a maior facilidade – mais do que isso, sempre tive vontade – de começar de novo, por outro caminho; para experimentar, para ver como é; fartava-me com facilidade do que tinha e dava um salto noutro sentido. Ainda hoje adoro estrear cadernos, é o início de uma nova fase. Sempre me senti um camaleão, fui tendo vários grupos de amigos, gostos musicais e literários, formas de ocupar o tempo… até o meu guarda-roupa não segue um padrão. Só este blog é que tem sido mantido, ainda que já tenha pensado fechá-lo e começar outro completamente diferente... várias vezes.
Gostava igualmente de mandar umas piadas de valente humor negro ao meu colega-amigo (só para o chatear, vai ficar com o nome de Wally – tem o passaporte mais carimbado que o Mário Soares quando era Presidente da República) que, a esta hora, estará a voltar de… Islamabad. Sim, aquela cidadezeca no Paquistão onde aconteceram umas coisas a uma mesquita encarnada… assim, uns fogos de artifício e o catano. Porra, passei dois dias inteiros a enviar-lhe mails só para me certificar que o gajo ainda vivia! É no que dá sentir-me culpada por enviar colegas para estes destinos… exóticos?!
Apreciava conseguir concentrar-me para definir uma estratégia com um mínimo de coerência para algo de importante que irei ter hoje ao fim do dia. Assentar ideias, preparar perguntas.
Queria que o tempo não voasse e me fugisse entre os dedos como tem acontecido nos últimos… tempos? É um paradoxo: teoricamente, quanto mais avanço no tempo, mais certezas deveria ter; na prática, anda tudo a ser adiado. A cada dia que passa, parece que perco qualquer coisa mais; se ainda perdesse o apetite, até nem me importava por aí além… mas infelizmente não é isso.
Não é isso, mas é tudo o resto. Parece que o Grande Teatro Universal se lembrou de me ensinar uma bela lição, fazer-me ver que não controlo rigorosamente nada, recordar-me que sou pequenina e, por vezes, frágil.
Nunca pensei tanto na (minha) vida como nestes últimos tempos. Nunca vivi tão intensamente nem experimentei tantas perspectivas novas como desde que voltei para Portugal. Em altura alguma conheci tantas pessoas ou aprendi e me interessei tanto sobre tantos assuntos como agora.
E quanto mais tento não pensar, mais a pergunta me assalta: mas quem raio sou e que quero eu fazer comigo mesma?
E quanto mais o tempo passa, menos certezas tenho;
E quanto mais vejo, menos sei;
E quanto mais conheço, menos percebo;
E quando acho que bati no fundo do poço… ainda havia um puto de um alçapão, só para me lixar ainda mais! Porra, já chega, não?
Estou a reaprender a cortar todas as amarras e a andar na corda bamba olhando para a frente e nunca para baixo, pois a rede… não está lá.
Tudo o que tento agarrar, tudo pelo qual me interesso… simplesmente escapa-se por entre os meus dedos.
Pois eu… ainda que tenha sido ensinada a jogar pelo seguro, a não trocar o certo pelo incerto… foi quando decidi arriscar que dei os maiores e melhores saltos na minha vida.
Olhando para trás, vejo que tudo foi uma mistura de esforço, fé, luta… e alguma dose de descontracção e estupidez natural, claro está. Porque só sendo um bocado parva e crente é que teria ido pelos caminhos por onde fui. Mas resultou! E a verdade é que houve uma altura em que tinha tudo o que queria, os acontecimentos positivos encadeavam-se com naturalidade, a boa vida fluía.
Sempre tive a maior facilidade – mais do que isso, sempre tive vontade – de começar de novo, por outro caminho; para experimentar, para ver como é; fartava-me com facilidade do que tinha e dava um salto noutro sentido. Ainda hoje adoro estrear cadernos, é o início de uma nova fase. Sempre me senti um camaleão, fui tendo vários grupos de amigos, gostos musicais e literários, formas de ocupar o tempo… até o meu guarda-roupa não segue um padrão. Só este blog é que tem sido mantido, ainda que já tenha pensado fechá-lo e começar outro completamente diferente... várias vezes.
Volta e meia sinto que sou várias pessoas numa só, não sabendo ao certo quem sou, apenas que tenho “aqueles” princípios dos quais nunca irei abdicar… o resto é cinzento.
Agora, que queria mais era sopas e descanso, a roda da vida continua a sua marcha e parece não ter percebido que já não é por aí que quero ir!
Por outro lado, se sempre foi assim que funcionou, porque raio é que agora me está a custar tanto desapegar? Provavelmente, é por estar tudo a acontecer ao mesmo tempo.
Se calhar a resposta está em acreditar. Em mim. Ir contra o que, à primeira vista, parece lógico.
E se, até agora, tudo foi acontecendo na altura certa e eu fui conseguindo tirar daí uma lição para a vida, porque não acreditar que há-de continuar assim?
Contudo, a dúvida persiste: onde está a fronteira entre o não ir contra porque o caminho não será por aí, e o simples baixar os braços porque faltam forças para lutar?
Porque parece que tenho todas as possibilidades, porque nada me prende e não estou presa a nada. Esta é a altura em que posso decidir fazer o que realmente quero.
Mas não estou a saber ouvir-me!
(...)
De que serve ter o mapa
Se o fim está traçado,
De que serve a terra à vista
Se o barco está parado,
De que serve ter a chave
Se a porta está aberta,
De que servem as palavras
Se a casa está deserta?
Quem me leva os meus fantasmas,
Quem me salva desta espada,
Quem me diz onde é a estrada?
(Pedro Abrunhosa - Quem me leva os meus fantasmas)
36 comentários:
arf arf arf... caramba moça, ka ganda posta!!
Tens a certeza que essas dúvidas todas não são devidas à tal entrevista que vais ter mais logo?
Parece-me que é tudo ansiedade, mais logo vais ressacar de tto nervoso!
Tu acalma-te!
beijo d'enxofre
DIABBA
Eu estou calma; não será uma entrevista, é algo diferente. A ver se não será mais uma oportunidade que irá fugir... porque depositei alguma fé.
Beijo para ti também.
Hey, este post tá muito fixe. Além disso, começa logo muito muito bem, com uma referência à minha muy nobre pessoa. N podia ter melhor começo. N consegui resistir, tive q deixar um comentário, apesar de isso ferir as minhas ideologias, sou alérgico à internet. :) Guarda este oscar com a tua própria vida, daqui a uns anos vai valer uma fortuna, é uma raridade!
No entanto, um reparo. Eu n sou motoqueiro, muito menos motard. Eu nem gosto assim tanto de motas. ;) Sério! Eu sei q n parece mas é verdade. Ou seja, abrevia lá isso p'ra "bom amigo-vizinho-tripeiro", chega bem. E nada de manos... Muito obrigado :)
Afinal, a tua música preferida n é a 3... ;)
Beijinhos e boa sorte p'ra logo, vai correr tudo bem. :)
Hmmm, imagino o que ira nessa cabecinha - se precisares de alguma coisa, ja sabes e sim, nunca deixes de acreditar
Beijos
"De que serve ter o mapa, se o fim está traçado"
Será que está...?
Tenho aprendido, á custa de muita cabeçada, que nada...mas nada mesmo é previsível.
Quantas vezes decidi mudar de direcção, só pelo simples facto de achar que por ali não havia nada mais a fazer e, mais tarde, constatei que afinal, devia ter continuado a acreditar?
A vida não nos oferece dados adquiridos...e só a nós compete a decisão de querer continuar a acreditar. E quando acreditamos, lutamos. E enquanto lutamos...tudo é possível.
Beijinhos
Este texto teria aqui muito que se lhe diga!
Não estás a saber ouvir-te porque ainda não paraste de racionalizar aquilo que sentes! Vai ao teu peito, escuta o teu coração e ouve o que ele te pede!
Se estás em perda, é porque a vida te está a mostrar claramente que andas no caminho errado, se quando achas que perdeste tudo ainda perdes mais alguma coisa, é porque continuas a resistir à mudança que te está a ser pedida e a insistir em querer continuar a caminhar na direcção errada! E assim continuarás, de alcapão em alçapão enquanto não aceitares mudar, enquanto não aceitares a dor, a perda, a fragilização!
Acreditar em ti, é sem duvida um ponto assente, mas só o conseguirás fazer quando aceitares passar por aquilo que tens que passar, por muito que doa, em vez de fugires da dor, quando acreditares que a dor é alquímica e tudo o que chega no limite vira no contrário, quando acreditares que só atrairás abundância quando aceitares a dor da perda!
A vida está a pedir-te que mudes, só isso...e a tua cabeça insiste em ter medo do desconhecido!
Mas se pensares bem, mais vale chorar e aceitar logo tudo de uma vez, do que morrer um bocadinho cada dia...
Coragem, garanto-te, por experiência própria que vale a pena mudar!
beijinho
"Casa sonotone"
Os tipos têm lá uns aparelhos auditivos muito porreiros!
Amiga, e que tal em vez de parares para pensar, começares a pensar que não podes parar.
O que é que isto quer dizer?
Nada.
Mas não deixa de ser uma maravilhosa construção frásica!
Essas dúvidas, medos ou receios todos temos. Todos julgamos em alguma altura da nossa vida que não conseguimos escutar-nos, perceber-nos, faz parte do processo de amadurecimento, e sabes o que te digo tens de aprender a amadurecer contigo e nunca com as coisas ou pessoas que tens em volta ou que tens por certas, porque a única coisa certa não é o fim, mas sim que vais estar contigo até que ele - o fim - chegue!
BOM AMIGO-VIZINHO-TRIPEIRO
Definitivamente, caiu um santo do altar! Tu NUNCA deixas rasto, tou-pá-minha-bida. (será que a sopa que te dei mudou as tuas ideologias internéticas?)
Adiante, que se faz tarde. Sim, este óscar será guardado com toda a consideração que merece. Agora, vamos aos meus reparos:
- para quem tem 3 motas
- sabe muito bem quando é a concentração de Faro
- conduz com toda a adrenalina...
...dizer que não é motoqueiro/motard... que moral, meu caro, que moral!
Falando nisso, espero que as componentes logísticas estejam tratadas ou em vias de, pois, como tão bem disseste, dormir na praia tendo o capacete como almofada não é opção. Ai não não!
E sim, a 3 é muito bonita, gosto muito. Aliás, o CD é, todo ele, muito fixe, não estava à espera. Obrigada por partilhares ;-)
Beijinho grande
MELÕES MELODIA
Se quiseres ligar-me e cantar para mim... não resolve os meus problemas, mas enche o meu coração. Vozinha mai linda a tua!
Beijo
ANA
Sei bem do que falas. Quantas vezes baixamos os braços porque tudo está contra nós e pouco depois percebemos que era só mais um pouco e estávamos lá!
Chamemos-lhe "síndrome Danoninho"... é que nos faltou um bocadinho assim...
Por vezes não sei se serei persistente ou simplesmente obstinada. O bom é que sei que é uma fase e que melhores dias virão. Uma coisa é certa: sinto-me viva. E muito!
Beijinhos
MARTA
Se fosse masoquista ou até resignada, conseguiria com facilidade desistir, largar.
A verdade é que, se sou quem sou e tenho toda a bagagem que tenho foi porque fui sempre à luta. E digo-te: cair no marasmo é a coisa mais fácil de acontecer. Vais perdendo, vais-te deixando levar, vais acomodando a nova situação, desleixas-te... e entras numa espiral descendente. Como é que pensas que pessoas que tinham uma vida como a nossa acabam sendo sem-abrigo? Estou prestes a descobrir, se calhar é por isso que finalmente fui chamada para estar com eles. Depois conto-te como foi.
Por favor, não leves a mal a minha resposta, aliás, sabes muito bem que não estou a ser mazinha contigo. Simplesmente, não me dobro com tanta facilidade e tenho excelentes exemplos de luta... em casa. E não é fácil aceitar que há coisas que não são para mim, quando fariam todo o sentido que fossem.
Podia dizer-te tanto mais!
Se calhar o meu futuro estará mesmo nos bolos. Vai uma gaja estudar anos a fio... pelo menos teriam uma promoção do c#$#%&"! (desculpa, mas nestas alturas a minha veia vernaculosa salta...)
Beijinho
VITOR
Vou ali tomar buscar um café e já volto para te responder, ok?
Eu não levo nada a mal! Apenas te estava a tentar explicar um caminho, porque eu já estive aí onde tu estás e já saí! E também sei que essa foi a minha melhor escolha!
Mas também sei que tudo na vida tem um tempo certo e todas as pessoas têm o seu tempo, de inteorização, de evolução, de crescimento, de mudança, de consciencialização! Tu terás o teu, tal como eu tive o meu, tal como toda a gente tem o seu, quando tiver que ser!
E eu sei que tu vais conseguir, porque vais descobrir a tua força interior e a grande mulher que tens dentro de ti!
beijinho
E continuo a achar que davas uma optima pasteleira também! :)
VITOR
Casa sono-quê? É que, para além de ouvir mal, também não ando a ver lá muito bem...
Vou resistir à tentação de desconversar, pelo menos desta vez.
Contudo, a única coisa que posso dizer neste momento é que me sinto uma excelente companhia para mim mesma, pois já há bastante tempo que deixei de procurar nos outros as respostas para as minhas perguntas (ok, bombardeio a Marta com questões altamente filosóficas, mas é uma relação... particular). Simplesmente, ao apoiar-me a mim mesma (fechemos os olhos ao pleunasmo) nem sempre sei muito bem por onde ir. Custa-me confiar no meu instinto pois não sei se é ele que me fala ou se será simplesmente aquilo que eu quero ouvir.
E olha, como eventualmente poderás ter reparado, o CD já cá canta.
MARTA
Obrigada por me recordares do que por vezes duvido... isso... de ser uma grande mulher... e boa pasteleira, já agora.
Queria comentar o teu texto - pois revi-me em muito do que escreveste - mas infelizmente (ou felizmente) as palavras não me saem. Acredita em ti e força para a mudança que se avizinha. Beijo.
POLLO DIABLO
Quantas vezes li algo que me fazia pensar "realmente, é por aí, é" e não conseguia deixar uma letrinha que fosse para exprimir concordância.
Compreendo que uses um registo diferente quando escreves... ora, como o meu blog não tem pontinha por onde se lhe pegue, escrevo sobre o que bem me apetece sem restrições, ainda que conheça muito bem muitas pessoas que me lêm, pois fui dando a conhecer este espaço ao pessoal de quem gosto.
Tudo isto para dizer que, se quiseres exprimir seja o que for e tenhas vontade de o partilhar, sabes o que fazer...
Beijo
Olá,
Gostei sobretudo da parte do começar de novo por outro caminho.....
isso aplica-se a namorados? foram vários? muito diferentes?
PORTHOS
Sabes, se o objectivo deste blog fosse relatar a minha vida, não se chamaria Biografia Desastrada, mas sim Querido Diário. É uma questão de perspectiva!
Olá,
Regressado de uma semana de férias (trabalhos forçados!) deparei-me com este post que muito me fez pensar e inúmeras recordações me trouxe à memória. Muitas vezes me perguntei se seria um inconstante por estar sempre a mudar, por sentir esta ânsia de coisas novas e novos horizontes, por querer traçar novos caminhos e aprender coisas novas. Descobri que graças a tudo isso vivi experiências maravilhosa e tenho tido uma vida fascinante. Insatisfeito? sou-o certamente mas é isso que me faz evoluir constantemente e não me domesticar a uma sociedade cada vez mais esclavangista e castradora.
Procure o seu caminho e deixe que o seu instinto seja o seu guia. Umas vezes será bom, outras, talvez, menos bom, mas certamente terá uma vida rica e sentirá que está a viver.
Até breve
Estou com o pollo diablo... faltam as palavras. Gostei muito, revejo-me em muito e desejo-te toda a sorte, coragem e tenacidade para que nunca desistas de ti nem do que queres.
Se o teu blog não tem pontinha que se pegue, que dizer do(s) meu(s). A diferença de registos tem muito a ver com aquilo que escreveste, a existência de várias personas e a necessidade que tenho de, por vezes, pô-las independentemente cá para fora.
Desconversando um pouco, e sendo este afinal no fundo um blog sobre cinema, a cinemateca durante o mês de Julho tem passado vários filmes do Ingmar Bergman, um existencialista e o realizador de um dos filmes da minha vida: Persona.
AFGANE
Como se diz na minha segunda terra: "bentornato"!
O meu comentário ao seu comentário poderia dar um post em si mesmo...
O que verifico é que, cada vez que publico algum texto mais sério e introspectivo, recebo várias mensagens que indiciam algo do tipo "sim, sei do que falas, também me aconteceu"... um sentimento de identificação... empatia.
Uma coisa é certa: cada vez que apanho uma tareia nas fuças, segue-se algo melhor. Pena que que os pontos de viragem me deixem desnorteada. Mas pode ser que já tenha começado a mudar.
Volte quando quiser, é sempre um prazer! (não sei porquê, mas o comentário não apareceu no meu email)
TUXA
Coragem e força é coisa que não falta. Convém é saber em que direcção usá-las. Mas também conseguirei lá chegar!
POLLO DIABLO
Curiosamente, este é provavelmente o único lugar em que eu sou os meus vários eus. Ou seja, conheço muitas pessoas e, ainda que nunca deixe de ser eu mesma com cada uma delas, dou a conhecer uma parte de mim. Aqui, é tudo ao molho e fé em Deus.
Apenas conheço um dos teus blogs. Se quiseres partilhar o(s) outro(s), prometo dar lá uma saltada.
Continuando na tua desconversa e agora num tom mais baixinho (a ver se ninguém nos ouve e isto passa despercebido): eu não percebo nadinha de cinema. Mas nada mesmo! E nem vejo assim tantos filmes quanto isso. Mas fica registada a dica, pode ser que passe por lá. Obrigada!
Já agora, e como retribuição, vai ver o Shrek 3. Do melhor! E sim, não terá nada a ver com existencialismo, mas diverte. E muito!
Ainda não vi este último Shrek, contudo o ogre volta e meia também é atormentado por questões existenciais. Também pudera, com aquela côr horrível quem não seria.
Como não li o teu conselho a tempo e devido a um acesso de saudosismo da minha infância, caí no erro de ir ver o Transformers. Valeu pela aprendizagem de uma nova expressão - peço desde já desculpa pelo palavrão que se aproxima. À saída da sala de cinema, um namorado paciente e atencioso explicava carinhosamente à sua mais que tudo algo sobre o intricado enredo de um filme que é basicamente uma sessão de wrestling entre robots: "Não é nada disso, porra! Misturas sempre alhos com caralhos!"
POLLO DIABLO
Sempre a aprender, não é verdade? Essa expressão poderia ser catalogada na categoria onde entram outras igualmente interessantes, como:
- Toilette zone
- Quem sai aos seus não é de Genebra
- O prometido é de vidro
- Pior a ementa que o cianeto
-... (outras mais que não me recordo agora)
E é sempre enternecedor verificar o esforço que os casais fazem por se complementar culturalmente, não é? Olha, eu continuo a preferir ir lendo o Expresso volta e meia. Enfim, esquisitices...
Momento Malucos do Riso:
Uma típica família portuguesa vai visitar o jardim zoológico. Junto a uma jaula, diz o filho mais novo:
- Olha um "trigue"! Olha um "trigue"!
Corrige o irmão mais velho:
- Não é nada um "trigue", parvalhão. É um "leopoldo"!
A mãe, que estava a ouvir a conversa, comenta desesperada:
- É pior a "amêndoa" que o "cimento"!
O pai, resignado com tanta estupidez, conclui:
- Quem sai aos seus, não é de "Genebra"...
POLLO DIABLO
Malucos do riso? Tu não lês o blog do Markl? Eh pá, esses tipos é que não, bolas! Eu ainda tento manter um pouco de critério neste blog. Pouquinho, pouquinho, mas tento...
Lembrei-me de ti ontem à tarde. Depois explico-te porquê.
Tu não me digas isso! Os Malucos do Riso são os Monty Python portugueses. E o Guilherme Leite é uma espécie de John Cleese mais anafado.
Deixa-me adivinhar: encontraste uma galinha com ar diabólico ou então passaste à frente da cinemateca.
POLLO DIABLO
Por favor, diz-me que estás a brincar! Ó diz-me!
Melhor: segue foto por mail, diz-me se eras tu. É que não tenho a certeza de te ter reconhecido sem o laço...
Está demais :)
Há que viver o momento, desfrutar do prazer que ele nos dá, porque o amanhã ainda vai ser melhor, e seria uma pena chegar ao prato principal sem ter desfrutado da entrada, oh yeah!
Wally Rules :)))
WALLY
Se não fosse pelo comentário do post anterior, ainda ficaria na dúvida... assim sendo, benvindo!
Eu vou desfrutando aqueles chocolates fixes (ai que perdição!) que trouxeste. O resto... a seu tempo meu caro, a seu tempo!
Beijocas
Olá, desculpa a invasão mas estava a fazer uma pesquisa, acabei por descobrir o teu blog e n resisti em comentar.. n posso dizer k tenho muita experiencia de vida mas compreendo perfeitamente aquilo pelo qual estás a passar. Às vezes sinto-me tão hipócrita, parece que estou a enganar toda a gente.. No fundo acho que me conhecem e sabem como eu sou, apenas eu não me conheço. Gostava de dizer algo mais mas.. tenho muito para sentir e pouco para dizer. Acho que simplesmente cada um vive a vida o meu melhor que sabe e que quando estamos infelizes e não nos sentimos realizados temos de reaprender a vivê-la e ir buscar forças em quem realmente é importante e na pessoa que somos. Força tenho a certeza de que um dia irás encontrar o verdadeiro sentido para aquilo que és e para o que fazes, assim komo ainda irás perder o rumo muitas vezes.. faz parte. Não podemos aceitar o que não compreendemos mas ás vezes há coisas k não são para ser compreendidas.. Talvez até nem tenha ajudado em nada mas.. mais uma vez desculpa a invasão e desejo.te tudo de bom.
Oi,
meu Nome é daniel, e estou passando exatamente por esta fase de autoconhecimento devido a um desconhecimento de si próprio revelado por meio de crises de ansiedade....
Entendo tudo racionalmente, porém emocionalmente... quase nada. realmente é como se nada fizesse sentido, nem mesmo a minha pessoa, e a raça humana, o mundo etc..
mas o que tenho percebido mediante análise com meu analista, é que tenho coisas que deixei pra tráse que formaram um Daniel que não existe e o Daniel real quer aparecer finalmente. todas as fantasias criadas pela minha cabeça na forma de dúvidas e medos , são resultado do meu interior querendo se manifestar depois de tanto tempo sendo abdicado por pressoes da sociedade às quais temos sempre que nos adaptar.
Tenho certeza de que tanto eu como vc teremos oportunidade de sairmos bem melhores disso do que quando entramos.
uma amiga minha que é psicóloga disse que passou por isso e me disse um provérbio que nao me esquecerei jamais, ei-lo:
" Nossa vida é como uma piscina...
com o tempo , por não a limparmos, o fundo começa a se encher de sujeira, até o momento em que não se fixando mais ao fundo devido a quantidade, acontece alguma coisa que revolve toda essa sujeira e a água fica turva e cinzenta...
Daí, quando percebemos resolvemos limpá-la e nos deparamos com sujeiras muito antigas que estavam cravadas no fundo, bem no fundo... que chega a ser dolorido e cansativo de limpar...
porém quando limpamos tudo, a piscina fica clara e limpa e sem sujeira no fundo e aprendemos a nunca mais deixarmos acumular sujeira...
Espero ter ajudado,
grande abraço
Qualquer coisa para contato..
Daniel.nadador@gmail.com
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