A minha opinião é: SIM, definitivamente o fim do mundo está ali ao virar da esquina. Mas desde quando é que matemáticos (portugueses, ainda por cima! OK, este é metade romeno) escrevem livros com alguma piada?
Perdi-me a lê-lo, o que me obrigou a roubar horas ao sono, pois os outros compromissos não eram elásticos; enfim, certas manias nunca irão abandonar-me, e perder a noção do tempo e do espaço enquanto me delicio a desfrutar da leitura de um (bom) livro será, seguramente, uma delas. E até posso comer uma peça de fruta ao mesmo tempo, se calhar até me faz melhor...
Sempre gostei de matemática, nas suas várias vertentes. Correndo o risco de ser internada após escrever isto, aqui confesso que adorei estudar para a prova de aferição e para a específica de matemática, no longínquo ano de 1994. Tinha um livro cheio de exercícios e testes para estudar e treinar. Nessa altura, em vez de fazer um intervalo de hora a hora, descontraía entretendo-me a fazer uns testes de entrada para umas universidades que não menciono aqui, pois não me fica bem... adiante, que se faz tarde!
Tive igual prazer em 2002, quando mergulhei no maravilhoso mundo do GMAT, ainda que, neste caso, apenas 40% do exame teria a ver com matemática.
Voltando ao livro: gostei. E muito!
Explica de uma forma acessível uma data de raciocínios, mostra aplicações práticas (e, já agora, úteis) desse monstro de 7 cabeças que a maior parte dos putos (e não só) se orgulha em dizer que detesta.
Responde a perguntas, deixa outras no ar.
Fala de génios (sem lâmpada) vivos e de referências que já cá não estão; junta algumas intrigas e diz-que-disse, dando um ar humano (tipo, mulher do soalheiro... ou dona da padaria) à coisa.
Aproveita até para espetar (ainda mais!!!) a lança no estado do ensino em Portugal...
Peca por se repetir volta e meia. Acredito igualmente que o Jorge Buescu goste muito de futebol, já que, também ele, tem um pouco a mania de se referir a si mesmo* na terceira pessoa (o autor destas linhas aqui... o autor destas linhas ali...).
Resta esperar que os outros dois livros (este e este – pai, clica naqueles estes, se faz favor), apareçam milagrosamente lá em casa. (Percebeste, pai querido?)
Ah, e sim, a pergunta sobre o fim do mundo é respondida...
*- Ó Teresa: “se referir a si mesmo” é um pleonasmo de primeira espécie inventadinho por esta mente retorcida (a saber: a minha) ou é assim mesmo que se escreve? “Obrigadinhus”
E a música, não é fabulosa? E aquela parte do obrigado?
18 comentários:
Eu não digo que detesto matemática, como posso detestar algo que não percebo, mas até acho piada pq obedece a uma lógica irrefutável?
Mas não, não percebo nadinha, nadinha, nadinha, mas até gostava de perceber! (dando enfase com as mãos e olhos esbugalhados)
Gostar de matemática requer os professores certos, tive um fantástico até ao 7º ano, a partir daí foi a desgraça...
Até ao 7º ano, pensava dedicar-me a matemática "quando fosse grande", a partir do 8º acabou-se o sonho!
Achas que esse livro pode ser lido por quem nada (MESMO) percebe de mat??
Oh papá da famosa, espero que tenha percebido a directa!! (aquilo de indirecta não tem nada, oh gaja)
beijos d'enxofre
tenho uma mente um pouco virada prá matematica, lógica e afins mas gosto de coisas automatizadas e o excel para mim é um desafio enorme!
quem sabe aproveite a tua dica?
E feitas as contas, o fim do mundo é para quando? :)
DIABBA
Estou a imaginar-te de olhos esbugalhados, e a visão é bastante cómica...
Olha, acredito que a matemática seja necessária até aí no Inferno. Senão, nem sabes a quantas andas! Como é que consegues gerir a entrada de almas novas? Considerando a taxa de entrada de almas, com a expansão do Inferno e a temperatura média que este deverá ter, será necessário equacionar tudo de forma a saber a quantidade de lenha a meter nas caldeiras! E tem mais: conseguirás infernizar a vida (ou morte) de muita gente, obrigando-as a resolver uma simples equação de primeiro grau! Pior ainda: obrigando-as a inventar progressões aritméticas de geração de números primos! Isto para não falar noutros ramos, como a geometria...
Sim, acho que mesmo para quem não vê muito à frente sobre o assunto, será possível entender o que lá está explicado.
Na prática, concordo contigo: o gosto pela disciplina (e isto é válido não apenas para a matemática, mas também para outras como o português, inglês, história, ciências, etc.) está muito relacionado com os professores que temos a sorte (ou o azar) de encontrar pela frente. Infelizmente, nem todos explicam bem, são preocupados ou suficientemente motivados...
Beijinhos!
VÍCIO
Não sei se leste o Freakonomics ou O Economista Disfarçado. Digamos que este livro é um pouco do género, mas virado para a matemática. Esta será talvez a melhor comparação que posso fazer...
Olha, lê e depois diz o que achaste, ok?
MARTA
E eu gosto lá de estragar surpresas?
Beijos
Vou aproveitar a tua dica e na próxima vez que fôr à livraria, darei uma vista de olhos neste livro. Gostei particularmente da peça de fruta a acompanhar a leitura. Sem dúvida, uma excelente companhia para qualquer ocasião.
BERNARDO BANANA
Benvindo!
Graças à tua visita, aprendi que também eu sou fruticionista... e não sabia!
Infalivel!
É aquilo que me apetece dizer depois de ler este teu texto (que já li ontem mas que só hoje comento).
Infalivel porque o teu blog funciona assim como uma especie de terapia, mas ao contrário.
Eu tenho esta coisa de pensar que sou estranho, é uma coisa que me começou a dar quando tinha uma idade mental de 12 anos - isto é, o ano passado - e por vezes sinto-me sozinho nessa demanda, quer-se dezer, acho que eu sou o único tipo estranho a quem acontecem cenas estranhas, tais como bater com a cabeça no armário. Mas não!
E o teu blog é infalivel por isso. Quando me sinto uma ave rara, assim uma especie de metade Peter Pan, metade Transformer e outra metade Soldado da Fortuna (3 metades? Eu não disse que era um tipo estranho?), venho até cá e penso;
E pá afinal ainda há gente estranha como eu que consegue escrever coisas ainda mais estranhas que eu!
E pronto, lá volto ao meu trabalho a pensar que querer que as coisas sejam bem feitas, não é assim uma coisa tão esquisita!
VITOR
Eu já tinha percebido que costumas cá vir umas vezitas. Como sabes, serás sempre bem recebido, é bom ter-te por cá. Alturas houve em que pensei que seria por causa da banda sonora (sim, porque ninguém, no seu perfeito juízo, deverá dar muito crédito às linhas que aqui vou deixando).
Afinal, confessas que é mesmo por o meu blog ser estranho, assim... como a artista que o escreve! (olha, o síndrome do jogador de futebol apanha-se mais facilmente do que pensava, viste?)
Estranho estranho, é ler o teu post de hoje e quase jurar que já o tinha lido antes. Embora ambos saibamos que isso não aconteceu!
Não te fica bem essa imodéstia de dizeres que, no ano passado, tinhas uma idade mental de 12 anos; fazendo bem as contas (já que o post mete matemática pelo meio), terias aí uns 14 - 15 anitos, quase um homenzinho, portanto ;-)
Bom, vou guardar as minhas ideias tontas para os projectos novos que se avizinham...
Volta quando quiseres, ó ave rara!
Estou petrificado!
Ainda a semana passada a minha mãe me dizia que eu tinha 12 (quase, quase, quase 13) anos de idade mental!
E depois despedes-te de mim num "ó ave rara" quase doce!
Ando a perder qualidades!
Um dia ainda me acham fofinho assim, com umas bochechas apeteciveis!
Vou fazer uma reciclagem de maldade!
Mas estou petrificado!
VITOR
Petrificado? Cuidado, ainda podes ser confundido com uma estátua! Estátua... pombos... credo! Que horror!!!!!!!
A minha mãe consegue dizer coisas mais estranhas do que a tua. Não acreditas? Pois olha que a minha contou-me que, uma vez por semana, costuma vir aqui ao blog ler-me (é no que dá o meu pai ter este endereço nos favoritos do computador...). Disse-me ainda que, como escrevo muito (sim, isso do escrever muito pode ser relativo, tá?), lê os posts na diagonal. Mais ainda: que escrevo muito bem e que devia escrever um livro! Viste? Ai, amor mais ceguinho e incondicional que o amor da MINHA mãe...
Se calhar, os meus posts, quando lidos na diagonal, fazem sentido, levando-me a concluir que é uma questão de perspectiva. Será?
Deixa-te estar petrificado e vais ver-me a procurar uns seixos redondinhos... não és o único maldoso daqui da favela, não!
Olá: Bem depois de ler o teu comentário sobre o livro lido (O Pai vai desculpar. Partilhar um livro é um acto de amor), vou ter de começar a inventariar a minha vida.
A lógica nas nossas vidas quase sempre é uma batata, mas já jeito para algumas situações. Viva a Matemática!
Gostei do teu espaço e vou voltar, "sure"!
Jorge madureira
Jorge Madureira
Benvindo!
A lógica é um dos ramos da matemática que tenho como favorito, ainda que demasiadas vezes ande à margem da mesma...
Volta quando quiseres!
Tenho que ler melhor o que escreve e assimilar, ou não, para comentar, destaco o bom gosto musical, para já. *****
Até breve, cara senhora.
Julieta
Julieta,
Benvinda!
Obrigada, também eu gosto muito desta música.
Acho piada ao umaportodosporuma. Na verdade, eu é mais cadaumporsietodospormim... (em boa verdade, até sou mais altruista do que isso...)
Eu sempre detestei a matemática, talvez porque as bases que deviam de ter sido bem ensinadas e aprendidas não o foram e o resultado foram anos de "Zeros" literalmente. Um dia, já no 4º ano do liceu tive um professor já velhote que iniciou o ano deste modo: "Meus amigos estamos aqui para aprender matemática, quem quiser aprender eu ensino, quem não quiser saia por aquela porta, hoje e o resto do ano que eu não marco falta.!" após esta introdução pegou num canudo e retirou de lá um papel enrolado dizendo: "Este é o meu canudo, é em papiro e tirei-o na Universidade de Alexandria..." depois pegou numa folha de papel em branco acrescentando "...esta folha representa o começo daquilo que vocês quiserem obter. Trabalhem para escrever nela alguma coisa..." foi o melhor professor que já tive até hoje, aprendi muito com ele, apesar das minhas lacunas.
Até breve
AFGANE
Ora aí está um exemplo que representa aquilo que penso em relação à sorte que podemos ter (ou não) com os professores!
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