Estive a ler o post deste blog, cujo link me foi enviado por mail hoje, lá para o meio-dia. Como já tinha saído para almoçar, li a seguir ao péssimo repasto que tenho o desprazer de degustar na cantina (ora aí está uma antítese, porque degustar é sinónimo de saborear e aquela comida é pouco gostosa).
Voltando ao assunto: não quero aqui gerar grande controvérsia sobre o Miguel Sousa Tavares, até porque nutro uma considerável admiração por ele enquanto escritor. Acredito que para escrever sobre personagens que não serão propriamente personagens, porque efectivamente existiram (passaram pelo planeta em certa altura, foram pessoas de carne e osso), seja necessário colar alguma informação retirada de algum outro registo. Mas realmente, parece um bocadinho demais! Ainda assim, adorei o Equador, que devorei enquanto o Diabo esfregava um olho (pudera, com tanta chama no Inferno, devem ser só faúlhas a entrar nas vistas).
É por essas e por outras que não creio que alguma vez eu publique um livro. É que já existe uma Margarida Rebelo Pinto (também essa acusada de auto-plágio – estaremos a entrar numa crise de imaginação em Portugal? Sinceramente não me parece, estou mortinha por ler o último do José Rodrigues dos Santos) e acho que o livro que escreveria seria um tudo-nada parecido. Semelhante. Quase, quase igual. A qual, perguntam vocês? A qualquer um deles, respondo eu. Convenhamos que os temas não mudam muito, embora eu só tenha lido dois “folhetins”. Ou seriam três?
Ora, como não há aqui factor diferenciador, não há mercado, logo, não há livro da Actriz Principal… o que é uma pena, porque:
1. Título já tem
2. Dedicatória também
3. Os agradecimentos são sentidos
4. A frase (que fica sempre bem) tem tudo a ver comigo
5. A introdução é um mimo
6. Até prólogo tem!
Só faltava escrevê-lo e dar-lhe um toque de novidade. Mas não sou jornalista nem figura pública…
Nota 1: isto de criar hyperlinks é giro!
Nota 2: sim senhora, a wikipedia está mesmo actualizada! Ainda no domingo o livro A Fórmula de Deus foi publicado e já é mencionado no site. Estou impressionada!
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3 comentários:
Eu ainda tenho o Equador na lista de espera... mas se ambos os livros falam sobre personagens que existem na realidade (ou existiram) e ambos tem datas de publicacoes tao proximas (convenhamos que nao eh em 6 meses que se escrevem umas poucas centenas de paginas, mesmo copiando), nao sera que se basearam os autores de ambos os livros na mesma fonte de informacao?
Eh porque como esta citado no tal outro blog, os espacos "(...)" no meio das frases e dos paragrafos de um e outro podem ser muito longos...
Eh pah.. fui ler uns comentarios e ja sei que o livro original ja tinha sido escrito ha muito tempo.
Mas caramba... em tanta pagina haver alguns paragrafos em que falam nas mesmas personagens (que sao veridicas)muito parecidos, eh uma coisa... que o homem ate tenha exagerado ao contar a historia de forma demasiado parecida... ok, pronto... foi mau profissional... mas dai a isso constituir plagio... eh suficiente?
Quem acusa tem o onus a prova, nao eh? tenho ideia que eh o acusador que eh obrigado a provar, mas posso estar a confundir os direitos todos. Que levem isto a ser discutido minuciosamente e num tribunal e ou num ambiente legal, com estudo do caso e bem poderadas todas as afirmacoes de um lado e do outro... Agora por tudo em praca publica com meia duzia de frases para "incendiar" a opiniao publica, que normalmente eh pouco informada, parece-me um exagero.
Eu confesso q fiquei mto chocada.
Não gosto nem desgosto do MST, nunca perdi mais do q 1 segundo a pensar nesse senhor (talvez uma vez no Norteshopping, em q a mulher dele andava às compras e só Por ser mulher de escritor teve direito a 20% de desconto nos livros q comprou e eu paguei os meus por inteiro... mas enfim) mas gostei do Equador.
Se for de facto verdade, o q eu tenho pena é q Portugal não consiga ter gente a escrever bem e honestamente... pq é q temos de copiar? Prefiro 1000 Margaridas R. Pinto honestinhas do q 1 MST nestes modos...
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