Fico-me pelas principais pérolas.
Pequenas pérolas
- A entrada na igreja – a noiva de braço dado com o pai, ambos nervosos até mais não poder. Chegam ao altar, beijam-se, e o pai tem de ser avisado que faltava felicitar o noivo. Ai os nervos!!! E mais não vi, que entrei na capela para ver a noiva entrar; ora, sabendo que ia ser sermão e missa cantada, coisa para hora e meia, e com tanta gente que não conseguia entrar, decidimos dar uma de altruístas e ceder os nossos lugares, passando directamente ao café mais próximo pôr a letra em dia.
- A sessão de fotos – hoje em dia, os noivos tiram uma foto com a família, outra com os padrinhos, uma com as senhoras e outra com os senhores. Punto, basta! Aqui não, fila de duas horas, uma infinidade de fotos. Os desgraçados dos noivos ficaram com uma paralisia facial de tanto terem de sorrir para a lente.
- As sanefas ambulantes! Era cada vestido...
- As mesas – ora então, para 250 pessoas, tudo bem arranjado, com todos os copos, pratos, talheres, guardanapos... e o famoso palito, colocado estrategicamente ao lado da colher de sobremesa. Discreto, mas estava lá.
- As garrafas vinham para a mesa, ao jeito de self-service. A salada também. Ainda mordi os lábios para não pedir a conta e uma facturinha...
- Conjunto musical, ele cantava bem, ela tinha uma rica voz para escrever à máquina. Diga-se em abono da verdade que até se aguentaram heroicamente e que o reportório era vasto. O que não fazia sentido era a volume do som ser tão alto nem o pessoal ter de bater palmas cada vez que acabava uma música (ainda durante a refeição). Afinal de contas, não estávamos no casino.
- O bailarico – o pessoal sabe dançar música de baile, ai sabem, sabem! Então o irmão da noiva, sim senhor (o meu priminho entrou directamente para o TOP 10 dos meus pares de dança favoritos)! Como sempre acontece nestas festas, quem não tem cão, caça com gato, e vi belos pares de senhoras já entradotas a dançar a valsa, o tango francês, as rumbas e afins. Confesso que também eu cedi à tentação... para dançar com a minha mana linda, com quem acertaria sempre, pois dançamos exactamente da mesma forma, isto deve ser de família (nota: dessa vez não fomos para a pista, fomos mais discretas).
- O típico “então e tu, quando casas?”. Trigo limpo, farinha amparo, que é como quem diz, chuva em Novembro... Natal em Dezembro.
Grandes pérolas
- A alegria de poder reunir com a família. A felicidade do meu avô por poder encontrar-se com as duas manas que ainda se encontram entre nós! O sentimento de união que reinou naquela festa é indescritível. Adoro a minha família materna! Gente pura, humilde, simpática, honesta, sempre pronta a ajudar. Enfim, uma cambada de bem-dispostos!
- A bebedeira de metade do pessoal. Tive de puxar dos galões de prima mais velha da minha geração e arrancar um primito 10 anos mais novo das garras de 3 ou 4 tipos que eu não conheço de lado nenhum, que estavam a ver se o embebedavam ainda mais. Ainda mandaram uma boca quando perceberam que o estava a tirar de lá, mas levaram com um “este senhôre bem cumigo agora e aie de quem tentar bir atrás, queu sou prima dele e num tou pra me chatear, carago!” (tenho tendência para acentuar a pronúncia quando preciso de meter o pessoal na linha).
- O rei do baile: o meu avô! Era vê-lo a dançar com as netas, as filhas, a esposa, as sobrinhas, as sobrinhas-netas, a noiva, a afilhada, as cunhadas, acho que ninguém da família escapou.
- Acho que estes primos irão entrar pela madeira adentro novamente dentro de pouco tempo. É que a namorada do irmão da noiva apanhou o ramo...
ADORO CASAMENTOS!!!
7 comentários:
oh mulher... isto nao tem jeitinho nenhum... 15 minutos para ler cada frase! Parto-me a rir com as tuas metaforas pah... ainda me doi a barriga so me imaginar a voz de escrever ah maquina a esperar palmas das sanefas!
aenima - imagina o forro crepe, colado ao corpo. Depois, junta-lhe umas rendas pretas por cima, a cair tipo godés, todo assimétrico. Acrescenta-lhe o penteado armado, daqueles que resistem a tufões e a tempestades tropicais. Ora bem, era mais ou menos isso.
Assim sim, também adoro casamentos.
Tenho tendência a não achar piada aos ditos cujos (depende sempre de quem casa..) mas com esta disposição venha, mais.
E gostei da "rica voz para escrever à maquina"
scarlett - pois eu gosto cada vez mais de festas, casamentos incluídos.
A da rica voz para escrever à máquina é uma das muitas expressões que eu gosto de usar. Contudo, deve ser mais conhecida que o tremoço, pois ainda no outro dia disseram isso... acerca da minha!
Cara actriz principal,
As vezes vejo deitar um olhinho ao teu blog, mas hoje nao resisto a comentar.
A tua desricao de um casamento de provincia, e perfeita. Ate parece que eu me estava a teletransportar para casamentos de familia... Este Verao aguarda-me um de 400 PESSOAS. VAI SER LINDO!! Ate porque todo o bom casamento precisa de familiares emigrantes... so nunca pensei que esse papel me tocasse a mim...
Grunffff (cuspinhando enxofre)
Que pena não termos ido ao mesmo casamento, ou seja eu não ter ido ao mesmo casamento que tu!!
Nunca estive num casamento tão "morto" como o de sábado... cruzes credo canhoto!
Alegria? Gente gira? Conversa? Nada!! grunfff... é o que dá a mãe da noiva achar que é a Duquesa de Alguidares d'Baixo e ter achado que assim é k era "fino"!!
Tou toda invejosa!!!
beijos enxofrados
chiqui - entre 2003 e 2005, fui a 5 casamentos de amigos... na qualidade de emigrante, o que é óptimo, pois aproveitei para ver os amigalhaços todos de uma vez. E os outros emigrantes também aproveitam para vir passar férias à terra nessa altura.
diabba - o que vale é que os meus primos não têm a mania que são os condes de Freixo de Espada à Cinta!
Olha que a inveja é um sentimento muito feio, já dizia o Boss AC, o manda chuva yo! (muito gosto eu daquela música!).
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